🔥 ______ A INTERNET NÃO PERDOA ______ 🔥

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— Como assim você namora um prostituto? — Mel questionou, me olhando incrédula. Suspiro em desistência.

— Eu... não posso explicar tudo para vocês. É pessoal demais. Mas... é verdade que ele trabalha nisso... — Murmuro, cabisbaixo.

— Ah, não! Não fica triste, se não eu também fico. — Mel choramingou, se sentando ao meu lado e me abraçando. Mas acabei ficando enjoado também com seu perfume. Mas que merda é essa?!

— Nossa, Mel... não me leva a mal, mas seu perfume está me deixando enjoado. — Falo, cobrindo o nariz e sentindo uma leve tontura me atingir. Eu não posso adoecer agora!

— Meu perfume? Ué, eu sempre passo tão pouquinho... — Murmurou, cheirando o próprio corpo.

— Eu... — Não consigo terminar de falar, sinto todo o meu café da manhã subir e eu corro para o banheiro mais próximo, entrando em um box vazio e vomitando todo o meu café da manhã. Ótimo! Uma desgraça nunca vem sozinha!

— Flynn! — Blaine e Mel invadiram o banheiro, me olhando com preocupação. — Céus, você está de salto mas corre pra caramba! — Mel comentou, ofegante.

— Mel, aqui é o banheiro masculino. — Blaine avisou. Lavo minha boca, me encostando na pia e esperando a tontura passar.

— Qual o problema? Eu não me importo... — Comentou, olhando em volta e enviando um sorrisinhos para os garotos que entravam e saíam do banheiro, alguns com roupa de banho, outros só com toalha. Os garotos do time de futebol eram os que mais ficavam aqui, especialmente após os jogos.

— Certo. Se estiver melhor, vamos sair logo daqui antes que eu tenha que pagar uma de corno voyeur. — Blaine falou, olhando para mim. Eu ri, assentindo. Me levanto, sendo ajudado por Blaine, que checou minha temperatura e me olhou preocupado. — Você está um pouco quente. Não quer ir ao hospital?

— Odeio hospitais. — Resmungo, não gostando de pensar nessa possibilidade.

— Se você fosse mulher, sugeria comprar um teste de gravidez. — Mel comentou, o que fez Blaine e eu encará-la com espanto.

— Gravidez?! — Blaine e eu falamos juntos.

— Aii, homens! Sim. São sintomas de uma gravidez. Enjoo, às vezes febre, tontura... gente, não é óbvio?

— Sim, mas eu não posso engravidar. — Falo, tentando ser convicto, mas lembro vagamente de minha mãe falar alguma coisa sobre o assunto quando eu era mais jovem. Porém, eu não gostava de falar do assunto, pois eu era muito novo e tinha vergonha. Acabou que não lembro o que ela havia dito. Mas era já havia me assumido, por que ela falaria de gravidez comigo?

— Existe casos de homens trans engravidar... — Mel comentou, pensativa.

— Sim, mas eu não sou trans! — Exclamo, mas gemo ao sentir a tontura vir mais forte. Blaine me segurou antes que eu caísse, abanando meu rosto com as mãos.

— Ai, gente... coitado do Castiel... Ele está sendo muito atacado nas redes sociais. — Mel comentou, olhando seu celular.

— Eu preciso falar com ele... — Murmuro, tentando esquecer a tontura.

— Você precisa de um hospital! — Blaine exclamou. — Mel, você dirige ou eu? — questionou e Mel logo sorriu.

— Óbvio que eu dirijo. Assim eu garanto a nossa chegada em segurança. — Brincou, fazendo Blaine bufar, revirando os olhos. Mas ninguém questionou. Avisamos ao diretor e logo saímos da faculdade, entrando no carro da Mel. Mas ao invés de irmos ao hospital, ela parou em frente a uma farmácia.

— Mel? Você é cega ou o quê?! — Blaine resmungou. Ela apenas o olhou, retirando o cinto de segurança e saindo do carro.

— Fiquem aqui. — Ordenou, sacudindo os cabelos e seguindo para dentro da farmácia, parecendo uma modelo enquanto caminhava, chamando atenção.

— Essa mulher ainda me mata. — Blaine lamentou, suspirando.

— Estão juntos há muito tempo? — Questiono, em uma tentativa de ignorar qualquer enjoo que possa surgir.

— 4 anos. Crescemos juntos, praticamente. Éramos melhores amigos e não demorou para nos apaixonarmos. Mas ela é tão louca! — Resmungou, porém, sorrindo.

— E eu arrisco dizer que é isso que você ama nela. — Falo, vendo ele me olhar com um sorriso genuíno.

— Eu faço qualquer coisa por essa mulher. Mesmo que a gente brigue, ou pare de se falar por dias, sempre voltamos a ficar juntos. A gente sabe quando é destinado, entende? — Sorri ao ouví-lo.

— Isso é muito bonito. — Murmuro.

— Eu tenho certeza que você e seu noivo também vão se redimir. — Sorri fraco, negando.

— Ele não é meu noivo. Nem começamos a namorar para começo de conversa. — Ele me encarou mais atentamente.

— Como não?

— É complicado. Mas, em resumo, meus problemas pessoais o envolveram e a mídia ajudou. Bem, agora não mais. Não estamos juntos de verdade.

— Tem certeza? — Questionou, e eu o olho, confuso. — Vocês podem não ter oficializado nada, mas estavam juntos de certa forma, e... ao que parece, se envolveram intimamente, não? — Assenti, envergonhado. — Então? Vocês criaram uma certa relação, e nem todo relacionamento precisa ser formado com todas as palavras, como pedir em namoro ou em casamento. Nenhuma relação é igual, Flynn. Não rebaixe o que vocês tiveram só porque não agiram com as palavras. — Aconselhou, me fazendo sorri.

— Obrigado, Blaine...

— Amigos são para isso, certo? — Ditou, pousando a mão em meu ombro. Sorri, assentindo.

— Cheguei! — Mel exclamou, entrando no carro e jogando uma sacola em meu colo.

— O que é tudo isso? — Questiono.

— Abre. — Ditou, pondo o cinto de segurança e dando partida. Abro a sacola me assustando ao ver três testes de gravidez e remédios para enjoo.

— Mel... não tem como eu estar grávido. — Falo, mas não tendo tanta certeza das minhas palavras.

— Então qual o problema em fazer o teste? — Rebateu, posicionando o espelhinho do carro.

— Justamente pelo fato de que não posso engravidar! — Exclamo, e ela apenas sorri, me olhando pelo espelho.

— Eu conheço uma gravidez de longe. E aposto meu carro que você está sim esperando uma coisinha pequena e futuramente irritante.

— Espero que goste de andar de pés! — Rebato, impaciente. Ela ri, me ignorando.

— Me passa o endereço da sua casa. — Pediu. Eu passei, no automático. Eu não poderia estar grávido. É loucura, não é?

Ou...

Eu deveria ter escutado o que minha mãe falou sobre isso... Merda!

A MENTIRA MAIS VERDADEIRA - (Romance Gay) * MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora