A MENTIRA MAIS VERDADEIRA - (Romance Gay) * Mpreg

🔥 ______ AMIGOS? AINDA NÃO... ______ 🔥

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Suspiro longamente, tomando um pouco do meu chocolate quente enquanto passava a página do livro de 500 páginas, estudando minuciosamente a matéria passada na primeira aula de hoje. Eu odiava atrasar matéria, então, o intervalo também aproveitava para ir a fundo na matéria, até mais do que o próprio professor explica no dia. Assim, fica muito mais fácil quando iniciar a próxima aula.

—  Você é a única pessoa que vejo estudando no intervalo. — Melaine e Blaine apareceram, ambos sentando nas cadeiras vagas. Apenas dou um sorriso fraco, realmente não querendo esse tipo de conversa. Gosto de estudar e aprender. Não há nada de errado nisso. Pronto. Acabou!

— Mel, vamos embora. Você está atrapalhando ele. — O sensato Blaine falou, com um tom entediado.

— Você é um pouco fechado. Não te vejo acompanhado de amigos... — Mel ignorou Blaine, soltando seu comentário, que certamente me incomodou, mas não disse nada. Tentei manter meu foco na matéria. — Tem um namorado gato, mas é o único que eu vejo ao seu lado. — Disse, em um tom pensativo. Aquilo definitivamente me incomodou. E me fez lembrar que Castiel só estava comigo por conta da minha herança. Apenas por aparências. Caso contrário, eu jamais teria o conhecido. Eu não deveria ter deixado aquilo acontecer entre nós. Eu o deixei me tocar, chegar perto demais e isso é perigoso. Perigoso para mim. Ele deve estar acostumado com relações assim, que são passageiras, mas eu não. Não entendo nada disso, e para a minha própria segurança, é melhor não seguir em frente.

— Não preciso de ninguém. — É a única coisa que falo, talvez tentando convencer mais a mim mesmo do que para ela. Os amigos de verdade que eu tive foram os meus pais, minha única família, mas agora eles não estão mais aqui e tudo que me restou foram pessoas ignorantes, interesseiras e preconceituosas. E se o problema fosse somente a minha avó, estava tudo bem. Mas não é só ela, é a família inteira. Todos me odeiam, todos querem o meu mal. E por mais que eu tente ignorar, isso machuca. Querendo ou não, é sangue do meu sangue. Pessoas que deviam me apoiar, me amar, talvez, mas não. Elas querem me destruir, talvez até desejando a minha morte, como minha própria avó já falou com todas as letras quando comecei a usar roupas femininas, e quando finalmente me assumi gay.

— Não concordo. Todo mundo precisa de alguém. — Melaine rebateu, cruzando os braços. Suspiro, fechando o notebook e meus livros, jogando tudo na bolsa, me levantando e olhando ela.

— Eu não sou todo mundo. —  Sigo para a sala de aula, me sentando em meu lugar, abrindo um livro e iniciando minha leitura enquanto a próxima aula não começava.

— Ler é importante. — Um homem adentrou a sala, carregando uma pasta preta.

— Não incomodar os outros também é. — Rebato, seco. Ele riu, assentindo.

— Certo. Vou lembrar disso no dia da sua nota. — Disse, o que chamou minha atenção. O olho rapidamente, o vendo se acomodar à mesa do professor. Inferno! Não me avisaram que iam trocar o professor na segunda aula!

Porém, sou orgulhoso demais para pedir desculpas, então apenas retornei à minha leitura enquanto a aula não iniciava.

No fim, saí da sala após todos saírem primeiro. Minha turma parece um bando de loucos para fugirem da faculdade.

Já ia saindo da sala, quando o professor Alessandro colocou um livro particularmente grande em cima dos cadernos que eu carregava.

— O que...?

— Já que gosta tanto de ler sem ser incomodado, então não vai se incomodar de me trazer uma Resenha Acadêmica Crítica para amanhã do livro completo. — Disse, o que me deixou sem reação.

— O quê? Por que só eu?! Isso não é justo. Deve ter umas 300 páginas nesse livro. — Falo, irritado. Ele me lançou um sorriso com uma falsa inocência.

— Seu tempo é tão curto quanto esse teu vestido. Boa sorte. — Disse, saindo da sala. Respirei fundo, me segurando para não arremessar o livro na cabeça dele. Minha pontaria é ótima para certas ocasiões.

Saio da faculdade, xingando mentalmente o professor de todas as formas possíveis.

— Oi. — Castiel me recebeu, me roubando um selinho, na qual me trouxe de volta para a realidade.

— Oi...

— Está tudo bem? Você parede um pouco... chateado. — Comentou, me observando.

— Odeio essa gente daqui! — Resmungo, entrando no carro. Castiel foi parado por três meninas, que começaram a puxar assunto com ele. Afundei no banco do passageiro, bufando de tanta impaciência.

Depois de alguns minutos ele finalmente entrou no carro, ocupando o banco do motorista.

— Desculpe, elas me encheram de perguntas e... telefones. — Disse, jogando vários papéis, fazendo uma careta.

— Você faz programas com mulheres também? — Questiono, mantendo meu olhar na janela.

— Às vezes. É meio difícil mulheres irem na BOYxBOYs, mas quando acontece, sim, eu não tenho problema nenhum. — Respondeu, naturalmente. Assenti, molhando meus lábios com a língua.

— Hm... — Murmurei, passando o resto do caminho em silêncio.

Eu não preciso de ninguém...

Eu só preciso aprender isso...

E então ficarei bem...

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Atrasei também. Desculpem-me ❤
Mas as atualizações são todas as quartas.
É só eu me organizar e talvez próxima semana tudo volte ao normal.

Eu espero...