You belong to me

Obrigada por tudo

Após aquela conversa nada convencional, os nossos pedidos chegam e começamos a comer, tudo estava divinamente maravilhoso. Sebastian voltou a nossa mesa pelo menos por duas vezes e eu senti que Harry tinha se sentido afetado novamente, Sebastian era uma das únicas pessoas que abalavam Harry e aquilo era facilmente perceptível, resolvo não tocar no assunto novamente para não poder estragar o nosso almoço. Terminamos de comer e pedimos nossa sobremesa, eu peço uma torta de nozes com ganache de chocolate e Harry pediu um petit gâteau de chocolate com sorvete e calda de chocolate, em menos de 20 minutos nossas sobremesas já estavam na nossa mesa e era por isso que eu gostava muito desse restaurante, a rapidez deles era maravilhosa.
- Está gostando do nosso almoço, Matthew?
- Claro Harry, está tudo maravilhoso e a companhia ajuda também.
- Que bom que gostou, quero que você guarde muito bem esse dia, até por que é a última vez que você vira nesse restaurante.
- Como assim?
- Eu não quero você mais perto do Sebastian.
- Harry, você não acha isso exagerado?
- Claro que não, você não conhece o Sebastian e espero que continue assim.
- Você está com ciúmes?
- Eu não sinto ciúmes.
- Você tá com ciúmes, está agindo como se estivesse.
- Eu nunca sinto ciúmes, isso não é... Que horas é o velório do Isaiah mesmo?
- Nem pense que terminamos com esse assunto tá, e sobre o velório é melhor nós já irmos até por que Katherine com certeza vai estar disposta a encher meu saco.
- Não fala assim da minha ruivinha, ela nem é tão chata Matthew é você que não está disposto a se enturmar com ela.
- Ela chegou ontem e já tá querendo saber de nós dois. Se é que existe alguma coisa entre nós.
- Katherine é cheia dessas, se eu fosse você começava a se acostumar com ela. Agora, vamos para o velório? Maggie deve estar precisando do seu apoio.
- Vamos, por favor.
Harry pede a conta e então o garçom trás, graças a Deus não nos encontramos com Sebastian e eu agradecia infinitamente por aquilo, quanto menos Sebastian irritava Harry mais ele ficava de bom humor e isso me favorecia. Fomos para o velório de Isaiah e quando chegamos lá, vimos Maggie perto do caixão do seu marido. Ela usava um vestido preto que era longo e na barra dele havia uma renda super delicada, Maggie optou por uma rasteirinha branquinha até por que ela estava de resguardo e não podia usar aqueles saltos super exagerados dela, quando nos aproximamos mais, Maggie nos vê e vem nos cumprimentar. Ela como sempre me cumprimenta com um daqueles abraços apertados e gostosos que eu já tinha até me acostumado, olhando para Harry ela fica sem jeito, mas, ele mesmo toma iniciativa e da um abraço nela e deseja as condolências para ela e toda família.
- As circunstâncias são horríveis, mas é bom ver vocês por aqui.
- Não podia deixar de vir Maggie, você sabe que pode contar comigo para o que precisar.
- Obrigada por tudo o que você fez por nós Matt. Obrigada por estar por aqui também senhor Shum, confesso que não espera o senhor por aqui.
- Disponha Maggie.
- Gata, se quiser ir pra lá pode ficar a vontade tá bom? Sabemos como funciona isso e que é preciso dar atenção a todos, então vamos compreender.
- Eu já disse que te amo garoto?
- Não precisa dizer, eu sei do seu infinito amor por mim gata, eu também te amo.
- Agora eu vou lá, prometo que eu volto.
Então lá foi Maggie, ela parecia estar bem, mas, para quem a conhecia sabia que ela não estava, ela estava era se fazendo de forte para todos nós.
- Vocês parecem irmãos, não de aparência, mas, sim de comportamento.
- Como assim? - Digo e fico com um sorriso duvidoso no rosto.
- Os dois são muito fortes, Maggie é uma mulher e tanto.
- Ela é o meu orgulho, eu tenho certeza de que ela será uma ótima mãe e que o Charlie vai se tornar um homem maravilhoso.
- Disso eu não tenho dúvida, ainda mais com um padrinho desses.
- Eu não tenho nada de mais Harry.
- Eu poderia passar a tarde toda listando suas qualidades.
- Você nem me conhece direito, como já sabe minhas qualidades?
- Me dá mais um mês com você que eu vou te conhecer como a palma da minha mão.
- Não sei se eu vou te aturar mais um mês Harry, você é bem complicado.
- Eu? Complicado?
- Eu sou bem mais compreensível do que você Harry e você pode admitir isso.
- Talvez eu seja.
Ficamos em silêncio por um bom tempo e então Harry começou a sorrir aleatoriamente e era até estranho ver aquele homem tão sério sorrir, e eu admito que aquele era um dos sorrisos mais lindos que eu já tinha visto na minha vida.
- Tá rindo do que Harry?
- Eu lembrei de uma coisa que aconteceu esses dias.
- Posso saber o que foi?
- Uma situação com a minha avó.
- Vai me contar?
- Ela estava falando de você para mim, dizendo o quanto você era dedicado, atencioso com ela, me contou da vez que você foi com ela no supermercado para ajudá-la com as compras.
- Espera aí. Sua vó é a dona Rose?
- Sim.
- Então você era o neto que estava chegando da Inglaterra. Como eu sou lerdo. - Coloco a mão na minha testa e dou uma risadinha sem graça.
- Até demais. Ela falou pra mim que iria me apresentar pra você qualquer dia desses.
- Se você quiser, podemos fazer o mesmo joguinho que fizemos com a minha mãe. Falando nisso, ela sabia que nós já nos conhecíamos e ela sabe que nós transamos.
- Matthew, como assim? Você fica falando sobre sua vida sexual com a sua mãe?
- Ela me ameaçou, ou eu contava ou ela começava a chorar no restaurante aonde nós jantamos ontem, eu preferi contar do que passar vergonha.
- Já que estamos nos confessando, Katherine também já sabe e antes que você me pergunte, ela viu na câmera que tem na sala de reuniões e infelizmente eu não pude evitar isso.
- Aí que vergonha. Por isso que ela estava me interrogando hoje?
- Deve ser por isso, mas, pelo menos ela só ficou na parte dos beijos, quando ela viu que as coisas começaram a esquentar ela já apagou a fita toda.
- Mesmo assim eu estou morrendo de vergonha. - Escondo o meu rosto no peito de Harry e depois percebendo o que eu estava fazendo saio daquela posição.
- Matthew, eu posso te fazer uma pergunta?
- Pode sim mas não garanto que irei te responder.
- Você namoraria comigo?