2 - Amiga perfeita

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Vocês podem ir se baseando na amizade da Sam e Carly, a conexão entre a Zaia e a Leslie terá a mesma sintonia.

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Tomando meu café vejo minha tia de soslaio. Ela vestia um vestido branco todo florido e um tênis preto.

– já acordada, querida. – ela disse e foi pegar sua bolsa que estava em cima da mesa.

– tia, a senhora sabe que sempre acordo às 8h.

– ah, verdade.

Me deu um beijo na testa como de costume e foi em direção a porta. Eu queria falar algo mais não sabia como começar, as palavras travavam e quando estavam saindo, elas se recuavam e eu continuava na mesma.

– tiazinha linda? – finalmente criei coragem para falar.

– diz logo o que quer, tô com pressa.

– posso chamar Zaia para ficar aqui até dar a hora de irmos para a escola?

Em outros tempos eu não convidaria ninguém para minha casa, mas ela é diferente.

– Zaia? – ela indagou.

– sim, uma amiga que conheci na escola.

– ok, mas cuidado, quando sair feche tudo.

Terminei meu café, lavei a louça e subi para meu quarto à procura do meu celular.

Peguei seu número que estava rabiscado em um pedaço de folha no meu caderno e fui teclando número por número.

– alô, Zaia?

– ooi Lê.

Estranhei o Lê, mas continuei.

– vem passar o dia aqui, já pedi permissão a minha tia.

– vou só me ajeitar e já dou um pulinho aí, me passa a localização pelo whatsapp, sei seu bairro mas não sua casa.

Achei estranho ela não ter que pedir permissão a ninguém, mas isso não era da minha conta.

Depois de uns 40 minutos escutei alguém apertando a campainha e fui espiar pelo buraquinho da porta com vista para fora.

– Zaia? – perguntei já com a mão na maçaneta da porta.

– não é a Xuxa, minha nave tá aqui fora.

Eu ri muito e notei sua ironia.

– entra palhaça. – falei ainda rindo.

Notei a surpresa da mesma ao ver minha casa, sua boca aberta a entregava.

– que casa linda e enorme, e organizada. – falando tudo em sintonia, quase gaguejando.

Eu fiquei olhando para ela com um olhar tímido, não esperava ouvir aquilo. Logo em seguida ela pediu para ver todos os cômodos da casa e eu assenti.

Com a tour por cada parte da minha casa fui preparar algo para almoçarmos.

– como você faz esse negócio? É muito bom! – ela falou com a boca cheia e melada de molho.

Continuei comendo e não respondi sua pergunta, o por quê eu não sei.

– já é 11 horas, vamos tomar banho. – falei para ela que estava observando um porta retrato dos meus pais, em um centro na sala.

– são seus pais? Por que você não mora com eles?

Fiquei triste, mas não tinha comentado com ela sobre o falecimento de ambos.

Não foi uma escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora