Chegamos a 1,2k. Sem palavras para tudo isso, nunca imaginei chegar a esse número. Para uns é pouco, para mim é gratificante.
Como alegria de escritor dura pouco, apaguei esse capítulo sem querer mas refiz ele para não deixar vocês na mão. Espero do fundo do coração que gostem.
Ps: deixei a música aí em cima, com o decorrer do capítulo vocês iram entender...
***
Uma forte luz me deixava totalmente cega ao amanhecer. Notei que tinha deixado as persianas abertas.
Eu odiava acordar sem minha vontade, como meu sono era leve eu acordava com qualquer barulho ou iluminação muito forte.
Me levantei com a força do ódio quando olhei para o celular que marcava 09h horas.
Desci as escadas com muita preguiça e vi que minha tia já tinha saído. Nada de estranho já que era bem tarde. Não estava com disposição nenhuma para ir a escola, mas, não poderia faltar.
Tomei um café reforçado, e fiquei no sofá esperando dar a hora de eu ir me arrumar para enfrentar mais um dia. Sim. Enfrentar. Eu não tinha disposição para sair de casa, na verdade nunca tive. Amo ficar em casa.
Decidi continuar o filme da noite passada já que sai na metade dele.
Com o decorrer do filme, eu conseguia ver o amor de duas pessoas, e me questionava o tempo todo qual motivo das pessoas odiarem isso. O amor.
Depois de uns longos minutos finalmente terminei. Queria que meu final fosse semelhante ao dele, já que as garotas se amavam sem julgamentos e sem medo do que os outros iriam pensar. Mas tô na vida real, infelizmente. O final seria acabar isolada ou até mesmo morta por agressão. Hoje em dia já temos a lei para esse tipo de crime, mas eu só seria mais um número em uma estatística.
Fui pegar minha toalha para tomar banho quando meu celular me interrompeu com seu toque e tive que atendê-lo.
– oi Felipe.
– oi amor, vamos a escola juntos?
Eu não tava curtindo muito esse apego todo. Mesmo que estivéssemos namorando não era obrigatório andarmos sempre juntos. Mas deve ser temporário, já que estava no começo do relacionamento.
– claro, vamos sim. – minha voz saiu não muito empolgada.
– eu passo aí e te pego. – disse Felipe.
Desliguei sem questionar. Espero que com o tempo mude. Eu acho que eu estava sendo injusta com ele, mas era meu jeito.
Com meu banho tomado e quase pronta. Coloquei um batom da cor nude e escutei a campainha tocar.
Com certeza era Felipe. Pensei já descendo às escadas e pegando minha mochila.
Não fazia ideia que ao abrir a porta eu iria ver ele, Zaia e Bruno.
– tão de brincadeira, vocês combinaram? – ri fechando a porta.
– ué, que mal tem em irmos todos juntos para a escola? – Zaia disse amarrando seus cadarços.
Eu me sentia mais confortável assim, todos juntos. E não só eu e Felipe.
Vi quando Bruno pegou na mão de Zaia no caminho e imaginei que certamente era isso que os casais faziam. Decidi pegar na mão de Felipe também.
– que ironia hein, só de imaginar que Zaia não queria deixar sentarmos juntos com vocês duas no shopping, e hoje está namorando com meu melhor amigo. – Felipe falou sorrindo e com total intenção de implicar com Zaia.
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Não foi uma escolha
Novela JuvenilNo auge da adolescência, Leslie se vê encurralada em vários conflitos, essa história aborda de forma explícita o amadurecimento da menina de 17 anos, diante da sua orientação sexual.