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Eu resolvi tentar alguma coisa com Felipe, abraçar uma nova oportunidade de ser feliz, ou tentar. Ele já me demonstrou interesse várias vezes, possa ser que quando eu me relacionar com ele eu mude, mude de opinião mude de orientação. Se é que isso é possível.
Eu não vou perder nada com isso, creio que ele também não. Se caso não der certo, somos jovens e como todo mundo sabe: a maioria dos relacionamentos nunca duram muito tempo.
Pensei em ligar para ele perguntando se ele estava afim de sair. Decidi não comentar nada com Zaia agora, ela iria me impedir com certeza.
– Felipe? Está afim de tomar um sorvete? – indaguei enquanto mordia meus lábios, não de forma sexy mas sim de insegurança.
– opa, vamos sim! Pode ser em uma lanchonete perto da praça? Manda sua localização! – falou ele do outro lado da linha.
Eu demorei uns minutos para responder pensando se eu estava fazendo a coisa certa.
– Ok. Estou esperando. – falei de pressa.
Fiquei ali sentada no sofá esperando ele com uma ansiedade enorme. Odiava ficar aflita e com dúvidas, eu sempre era bem resolvida quando o assunto era tomar decisões, mas hoje, logo hoje eu simplesmente estava deixando às coisas fluírem. Enquanto eu olhava para o nada, minha barriga começou a triturar por dentro e fazer uns barulhos estranhos. Nervosismo? Talvez! Eu não queria ser... sei lá, um prognóstico sobre a relação.
Depois de uns 45 minutos ele chega batendo em minha porta, chamando meu nome a cada batida na porta.
– Leslie? Alguém em casa? – perguntou batendo devagar dessa vez.
– oi, vamos! – falei em baixo tom já com a porta aberta.
– e sua tia, não está? – Felipe indagou com seu olhar desviando da minha cabeça e olhando para dentro da minha casa.
– não, ela tá trabalhando. – conclui fechando a porta.
Enquanto andávamos ele foi encostando sua mão perto da minha até ficarmos com elas coladas uma na outra, e eu não fiz nada para evitar isso. Sua mão estava gelada e suada ao mesmo tempo, parecia que ele estava receoso de estarmos com as mãos grudadas uma na outra
Avistamos uma lanchonete e resolvemos ir até ela, até porque era a mais perto.
Ele puxou sua cadeira que estava embaixo da mesa, e antes que eu puxasse a minha ele fez isso por mim. Estávamos centralizados embaixo de uma enorme árvore que havia na lanchonete. Ele pediu um açaí e eu meu sorvete de flocos. Sempre foi o meu favorito.
– mas, e aí. Por que resolveu me convidar para tomar um sorvete? – Felipe perguntou colocando uma colher de sorvete em sua boca.
Se eu respondesse a verdade eu falaria que eu queria deixar de ser lésbica. Mas resolvi respondê-lo de forma menos sincera e dolorosa.
– quero te conhecer melhor, quero ter algo mais sério com você. – respondi enquanto passava um pouco de sorvete em seu nariz, ele deu um sorriso e um olhar meigo.
– sério? Meu Deus tô muito feliz, isso é um pedido de namoro? – ele perguntou e deu uma pausa. –bem, eu não me incomodo de você ter sido a primeira a tomar a iniciativa.
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Não foi uma escolha
Fiksi RemajaNo auge da adolescência, Leslie se vê encurralada em vários conflitos, essa história aborda de forma explícita o amadurecimento da menina de 17 anos, diante da sua orientação sexual.