Night Shadow |Peter Parker|

Capítulo 4

Apesar de parecer ter se esforçado muito, a tia de Peter não era uma das melhores cozinheiras. A carne estava um tanto salgada demais e o arroz meio queimado, mas consegui disfarçar bem. Eu sou uma ótima atriz. Peter parecia já ter se acostumado com a falta de dotes culinários da tia pois quase não o vi fazer caretas.

- Obrigada May. Sua comida estava maravilhosa. - falo indo em direção a porta.

- Nada querida. Foi um prazer conhecer você. Espero que apareça mais vezes. - ela se despede de mim e volta para a cozinha.

- Eu te levo em casa, já está tarde e esse bairro é um pouco perigoso a noite. - Peter diz mas eu recuso.

- Não precisa. Como você sabe, eu sei me defender. - falo já fora do apartamento.

- Mesmo assim eu pref-

- Já disse que não. - digo mais firmemente e saio andando.

Desci pelas escadas e sai do prédio, já estava escuro mas eu não tinha medo. Apertei o casaco quando passou um vento frio e comecei a caminhar, entrei em um beco para cortar caminho mas no meio dele dois homens apareceram, olhei para trás e tinha mais dois também. Continuei andando olhando para o chão, talvez fosse apenas coincidência. Nem todo mundo quer te matar Núbia, digo para mim mesma.

- Hey garota! Não está um pouco tarde pra uma princesa como você ficar andando por aí sozinha. - ouço mas ignoro. Apenas siga em frente Núbia.

- Ei gatinha, vem cá, vamos nos divertir um pouco. - acabei sendo encurralada pelos quatro, fechei as mãos em punho.

- Olha idiotas eu não quero machucar vocês então me deixem em paz. - eles riram e dois avançaram na minha direção.

Foi fácil derrubar os dois primeiros apesar de serem enormes não sabiam nem dar um soco descente, os outros dois avançaram na minha direção peguei um cabo de vassoura que achei no chão e girei acertando um, o outro me agarrou por trás e como fiz com Peter eu o joguei no chão chutando seu rosto. Olhei o terceiro que ainda estava tentando se recuperar da paulada na cabeça.

- Com você eu vou brincar mais um pouco. - sorri, a cada chute e soco que eu dava uma sensação familiar me atingia.

Ouvi o barulho de uma arma e logo um baque, olhei pra trás e tinha um cara com uma fantasia esquisita esmagando a mão de um dos caras que quase atirou em mim.

- Desgraçado. - pego o pau e bato nele de novo e de novo. Eu estava possessa. - Ia atirar em mim pelas costas.

-Chega. - o fantasiado diz me segurando. - Calma, ele já está inconsciente. - respirei fundo me acalmando.

- Me solta. - o empurro e saio andando. Eu só queria chegar em casa em paz.

- Você não devia andar por aqui sozinha é muito perigoso. - o fantasiado diz me seguindo.

- É mesmo? Então porque você não vai salva alguém que realmente precisa e me deixa em paz. - o olho irritada. Eu sabia me defender não precisava de nenhum maluco fantasiado.

- Eu salvei sua vida. - ele se gaba.

- E eu devia agradecer por isso? - falo debochada. - E que merda de roupa é essa que você está usando? Ta vindo de uma festa fantasia por acaso?

- Isso não é fantasia. - ele diz aborrecido.

O ignoro e continuo andando, ele joga alguma coisa no prédio e se pendura naquilo. Essa foi a coisa mais esquisita que eu já vi na vida. Reparei que ele continuava me observando mesmo de cima dos prédios. Que babaca.

Assim que cheguei em casa fui direto para o meu quarto apenas passando rapidamente pelo quarto de Richard e Christopher avisando que já havia chego. Tomei um banho tirando todo sangue de minhas mãos vendo que minha articulações estavam machucadas. Droga se meus pais vissem isso eu estaria ferrada.