Escolhas.
A vida é feita de escolhas. Escolhas boas como, por exemplo, escolher não ir em uma festa e ficar em casa para estudar para a prova que terá no outro dia ou escolher passar protetor solar antes de ir para a praia pois sabe que ao final do dia estará extremamente ardida. Mas, também, há as escolhas ruins. Escolher usar um salto apertado mesmo sabendo que passará horas em pé ou escolher não levar um guarda-chuva mesmo sabendo que irá chuver, essas podem ser consideradas escolhas ruins. Eu já tive que fazer muitas escolhas, escolhas que poderiam custar minha vida, portanto, deviam ser muito bem pensadas antes de serem tomadas. Geralmente meus instintos me ajudavam nessas horas, me guiando para a melhor opção. Mas, hoje não.
Minhas escolhas me trouxeram até aqui. Mas, onde eu estava? Bom, eu me encontrava jogada no chão após uma bomba explodir próxima a mim. Meu corpo doía e sangrava, meus ouvidos pareciam que iriam explodir e isso me deixa desorientada, a fumaça embaçava meus olhos e tudo parecia girar.
- O que aconteceu? - uma voz sussurrou longe mas não consegui identificar de onde veio. Me arrastei pelo chão me segurando nas paredes para conseguir levantar, o sangue escorrendo pela lateral do meu rosto.
- Onde está a Núbia? - alguém perguntou e eu me curvei quando senti uma pontada em minha costela, era difícil respirar.
- Eu vou entrar. - me arrastei segurando pelas paredes tentando manter-me em pé. A missão ainda não tinha acabado. E eu nunca deixo uma missão incompleta.
Aos poucos minha audição voltava ao normal e puxei minha arma pronta para qualquer um que viesse. Os corredores pareciam um labirinto, porém, eu os conhecia muito bem. Soldados passaram correndo e eu me escondi, silenciosa como me ensinaram a ser.
Era difícil dizer qual parte de meu corpo doía mais, visto que, cada pedacinho doía. E pela dor aguda quando eu respiro certamente algumas costelas estavam quebradas, provavelmente por causa da explosão.
E novamente eu precisava fazer uma escolha, esperar e me juntar a Steve e Natasha ou seguir sozinha e tentar encontrar Bucky. Porém, como hoje não era o dia das boas escolhas decidi seguir sozinha. Se houver consequências eu teria que lidar com elas.
O barulho de tiros parecia vir do andar de cima e a todo momento o chão tremia com novas explosões. Misturando-me com as sombras avancei pelos corredores indo para onde provavelmente Bucky estaria.
Segui silenciosamente até que cheguei onde queria, no final do corredor dois homens faziam guarda da porta e isso só confirmou minha hipótese de Barnes estar ali. Respirei fundo, as possibilidades de futuros cenários passando por minha cabeça, todas as escolhas pareciam ter o mesmo final e isso não me agradava.
- Foda-se. - e com a decisão tomada sai de trás da parede, os guardas perceberam minha presença ali mas ja era tarde de mais, antes que pudessem fazer qualquer coisa uma bala já atravessava suas cabeças.
Ainda caminhando conferi quantas balas ainda me restava e sem hesitar entrei na sala, rolei pelo chão desviando das bala. Fiz alguns disparos certeiros e com uma rasteira derrubei mais um atirando em seu peito em seguida. Porém, uma mão de metal agarrou-me pelo pescoço e aqueles olhos azuis mortais me encararam fazendo cada pelo do meu corpo se arrepiar.
- Bucky...- minha voz saiu esganiçada, bati em seu braço tentando me soltar mas não adiantou, então, chutei seu peito fazendo nós dois cairmos.
Tossi quando o ar entrou com violência em meus pulmões, a dor em minha costela mais aguda que nunca. Ouvi seus passos se aproximando e reuindo minhas forças rolei pra o lado a tempo de desviar de um soco seu que rachou o concreto do chão. Chutei seu rosto e avancei com uma sequencia de socos, mas ele bloqueou meu chute e me jogou longe.
- Vamos lá, Bucky, colabora comigo. - digo me levantando limpando o sangue que escorria da minha boca.
Seus socos eram potentes, entretanto, não era a primeira vez que lutavamos mas a primeira vez que eu não queria mata-lo. Meu chute o jogou na parede e na sequência meu joelho acertou seu estômago tirando seu ar, entretanto, mesmo assim seu soco foi doloroso em minhas costelas já quebradas, o outro foi em meu rosto e mais um e mais um.
Meu rosto estava encharcado de sangue e eu não sabia exatamente de onde vinha o sangramento, provavelmnte de mais de um ponto. Com um golpe imobilizei seu braço e fomos ao chão, eu não queria fazer aquilo mas eu teria, com toda força que me restava torci seu braço até que ouvi o som de seu osso se quebrando e seu grito de dor se espalhou pela sala. Entretanto, em seguida, foi o meu grito que preencheu o local. Uma faca perfurava minha coxa, a dor foi escruciante, por descuido Bucky conseguiu se soltar e novamente sua mão foi de encontro ao meu pescoço, apertando, me enforcando. Seus olhos sem emoção alguma me encarando enquanto meu pulmão lutava para conseguir oxigênio.
Por um momento eu me senti novamente como aquela garotinha de 10 anos, em uma sala fria de treino, lutando até minha última gota de consciência. Porém, dessa vez, não teria ninguém para para-lo. Ele me mataria.
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Curtinho mas espero que gostem.
Eu to desde ontem tentando postar tive ate q desinstalar o wpp
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Night Shadow |Peter Parker|
FanfictionA vida de Núbia nunca foi fácil, na verdade, ela nem sabia o significado desta palavra. Treinada para ser uma arma, ela só queria ter a vida comum de uma adolescente e fará de tudo para conseguir. Núbia só não sabia que se apaixonar também vinha no...