ANOITECER: os caçadores de lobisomens (1° Versão - Rascunho)

7- borboletas no píer

  Acordei e fui direto fazer minha arrumação para a escola.

  Quando fui tomar café percebi que Catelyn já tinha saído. Ela está se esforçando junto aos​ outros caçadores para descobrir quem é o lobo mutante por trás dos assassinatos para eu não precisar sair para outra missão na floresta. Isso é adorável, minha irmã tentando me proteger, mas e a proteção dela?

  Tranquei a porta e desci os pequenos degraus. Coloquei meus fones de ouvido e comecei meu trajeto até​ a Long Beach​ High School.

  No caminho eu vi pessoas caminhando para o trabalho, indo levar suas crianças para a escola e abrindo seus estabelecimentos comerciais.
Eu não posso deixar essas pessoas em perigo, eu não conheço nenhuma delas, mas não quero aquela coisa gigante destroçando tudo e acabando com a paz de Long Beach.

  Preciso encontrar o monstro grandalhão, meus pais iriam querer isso.
Mudei minha rota e fui em direção a floresta. Peguei a minha adaga que Catelyn me deu para casos de emergência.

  Todos irão pensar que eu sou uma imprudente se descobrirem disso, que eu fui procurar um lobisomem sozinha. Mas é isso que os caçadores de Sangue faz, caçam à qualquer hora.

  Adentrei nas altas árvores, deixei minha mochila embaixo de uma delas.
Procurei rastros maiores que o normal e não foi difícil de encontrar, eles estão por todo lado.

— que bagunça você está fazendo— murmurei baixo, observando uma árvore caída.

  Escutei um barulho estrondoso e levantei meu rosto tentando encontrar o dono.
Vi a vegetação agitada a alguns metros e foi o que eu precisava.

  Eu deixei meu medo de lado e corri com minha adaga pronta para duas coisas: abater meu inimigo ou talvez... morrer.

...

— Lorenzo.

  Alec conseguiu abocanhar a perna do gigante, o grito grotesco dele foi o pior que eu já escutei em toda a minha vida.

  A pelagem acinzentada de Vanessa está manchada de vermelho.
Não imaginamos que o gigante podia se transformar de dia, só percebemos quando sentimos o cheiro dele perto de casa.

— cuidado, Van!— Alec bradou. Vanessa se safou das garras do gigante.

Estamos indo bem, ele não é tão forte de dia. Sem a influência da lua ele tem a força de um lobo normal.

  O gigante começou a inspirar o ar calmo da manhã. Ele virou seu rosto e começou a fitar algo atrás de mim.
Virei para ver o que era, ou melhor, quem era.

— droga!— esbravejei ao ver a figura de Katherine.

— Enzo, o gigante!— Alec gritou e eu voltei a olhar para o monstro.

  Quando vi já era tarde.
O gigante pulou na direção de Katherine, ele ia atingir o corpo dela em cheio, mas uma coisa conseguiu impedir que a pancada fosse tão forte.

  Vanessa grudou no pescoço do gigante rasgando a pele dele com as presas.
O gigante conseguiu se livrar dela e fugir.

  Voltamos a nossa aparência humana. Nos aproximamos de Katherine, ela está desacordada. O gigante fez um ferimento com as garras no pequeno ombro dela.

— precisamos ajudá-la— falei abaixando perto dela.

— procura o celular dela e manda uma mensagem para alguém. É que o podemos fazer— Vanessa disse com desgosto.

  Procurei o celular de Katherine e achei no seu bolso.

  Comecei a procurar na lista de contatos dela alguém para mandar a mensagem.