Capítulo 3:

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Música: Roupa Nova - Volta pra mim.

***

Despedida:

Meu amor...

Essa carta é a última carta que eu escrevo

Já não tenho mais esperanças de tê-la outra vez...

Por isso, essa carta é de adeus, é de despedida...

Comigo, ficam as lembranças do que fomos um dia...

Aquela nossa primeira noite, a nossa música, o nosso

primeiro beijo, aquele abraço apertado...

Mas o que importa tudo isso hoje?

Se o nosso amor está desfeito, se tudo está acabado?

E não por mim, por você!

Cada um segue um caminho agora...

Eu compreendi... você não me quer mais...

Você não me ama mais...

Tudo o que eu podia fazer eu fiz...

Comigo agora, só a saudade... uma grande saudade...

E doces recordações. Lembranças daqueles momentos

que para mim são inesquecíveis... Mas confesso!

No fundo, no fundo, eu tenho um sonho, quem sabe você

ao ler esta carta, até resolva voltar e se você voltar eu serei

a pessoa mais feliz do mundo. Porque eu te amo!

E te amo muito! E te amo demais! Saudade! Muita Saudade!

Quanta saudade de você, meu amor! Que saudade, de você!

(Alves Júnior, não sei se a autoria é dele)


—Algumas coisas não mudam mesmo não é Fernanda? Você ainda estremece de paixão em meus braços. – ele constatou jocosamente, não havia como negar, ele tinha razão.

—Sexo não é amor Victor, não posso negar que o desejo, afinal, você foi e continua sendo um homem atraente.

—Está dizendo que sentiria a mesma coisa se outro a tocasse?

—Entenda como quiser.

—Sua vagabunda, mas ao menos confessa que gostou.

—Não Victor, não gostei, nenhuma mulher gosta de se sentir usada, de ser humilhada todo o tempo, de ser subjugada, tardiamente eu aprendi a distinguir castigo de prazer, o que você acabou de fazer foi um castigo, tentou se utilizar de seu poder de sedução mais uma vez, só que agora, eu não vou mais me deixar levar, vou usar da mesma maneira que eu for usada.

—Sei que quer demais esse divórcio Fernanda, eu prometo que lhe deixarei livre se voltar comigo por esse tempo. Se preferir posso dar minha palavra, você sabe que sempre cumpro minhas promessas.

—Tudo bem Victor, eu aceito sua proposta, mas, com a condição de que me conceda o divórcio assim que conseguir o que quer.

—Não vai exigir uma segunda condição? A de que permaneça longe de sua cama?

—Não, porque eu ainda me lembro do que me disse, que a única maneira de partilhar da sua cama era pedir de joelhos, acontece que nunca irei lhe implorar nada, mesmo que estivesse morrendo não lhe pediria nem mesmo um copo de água. Vou voltar a morar com você, até mesmo partilharei sua cama, mas não pretendo voltar a ser sua mulher. Nunca mais.

Sonho ou RealidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora