Capítulo 14

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Música: Air Supply - I Can Wait Forever.

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"Eu posso esperar eternamente...

Se você disser que vai esperar também..."

(Air Supply)


Estavam todos satisfeitos com o coquetel que se desenrolava na nova mansão de Victor Sanders. Como era recém adquirida, muitos de seus amigos ainda não a conheciam, mesmo Edward, não havia ido lá até hoje, Marina, mãe de Edward e sua irmã Julianne é quem haviam decorado a mansão, por isso sabia que era de excelente bom gosto.

Estava feliz pelo amigo ter finalmente se rendido ao amor que sentia pela esposa, por muitas vezes o aconselhara a procura-la. Fora ele quem o encontrara prostrado em seu apartamento, após Fernanda ter ido embora, a empregada chegara no dia seguinte e se assustara em encontrar o patrão naquela posição, sentado no chão, a cabeça entre os joelhos, chamara o médico amigo do patrão, não encontrara a patroa e ao ver que as roupas não estavam no armário, imaginara que ela havia ido embora, notara que as coisas entre seus patrões não iam muito bem.

Edward chegara e o encontrara na mesma posição, demorara em fazê-lo contar o que havia acontecido, que ele fracassara como marido e a esposa o abandonara, nunca vira o amigo arrasado daquele jeito, Victor chorara para valer, depois disso, tornara-se obstinado.

Agora ela estava de volta e de longe se notava que a relação deles estava diferente, Fernanda mesmo era outra mulher, mais madura, ainda mais linda, aparentava saber o que queria, os olhares de Victor para ela revelavam sua adoração, só um cego não via isso.

Notou-o afastado a um canto, a expressão séria, acompanhou seu olhar e viu Fernanda conversando amigavelmente com um dos convidados, era o secretário do tal sheik, amigo de Victor, conhecia aquele olhar, era ciúme, o amigo estava morrendo de ciúme da atenção que a esposa recebia do tal cavalheiro.

Olhando-a, Edward notou que ela voltara a usar a aliança, as joias que ele lhe dera por ocasião do casamento, eram coisas que sabia que o irmão de criação gostava de ver na esposa, ela direcionou seu olhar para ele, um leve levantar de sobrancelha revelara que ela percebera que o esposo não estava muito contente com as atenções por ela recebidas, porém, ergueu o queixo e continuou a conversar com o convidado, ela mostrava que sabia bem o que queria, não era mais submissa ao marido e ele teria que aceitá-la como ela era, se a quisesse.

Marina se aproximou do filho de criação, estava tudo tão perfeitamente organizado que precisaria parabenizar Fernanda.

— Victor! – ela o chamou.

Notou que os olhos dele estavam na bela mulher logo mais à frente.

— Oi, está tudo perfeito! – ela elogiou.

Ele sorriu concordando, sim, Fernanda fizera um excelente trabalho, estava orgulhoso dela.

— Sim, está tudo impecável, Fernanda trabalhou bastante. – ele constatou.

— Ela está muito mudada, mais madura, mais segura de si, ainda mais bela do que me lembrava. – Marina comentou.

— É verdade, ela é outra mulher, a minha Fernanda, mas agora, mais experiente.

— Você a ama muito, ainda, não? – ela perguntou.

— Sempre a amei e acho que nunca vou conseguir deixar de amá-la. – ele afirmou convicto.

— Então faça as coisas certas dessa vez, meu querido, não a deixe partir novamente, não quero ver você sofrendo daquela maneira. Diga a ela que a ama, mas antes, conquiste a confiança dela, faça-a ver que você também está mudado! Victor, você é um homem lindo, maravilhoso, qualquer mulher se apaixonaria perdidamente por você e dá para ver nos olhos dela que ela o ama também, não a faça sofrer, não cometa o mesmo erro, por favor!

— Você está certa, é esse o meu plano, não vou perdê-la novamente, pedi a ela seis meses inicialmente, mas quando chegamos eu pedi a ela uma chance de recomeçar do zero, como se houvéssemos acabado de nos casar, dessa vez farei tudo diferente.

— Sim, mas eu notei um olhar mortal de ciúme para o seu convidado de honra, ela é sua esposa e deve saber o quão importante é para você esse negócio com o sheik.

— É verdade, eu estou mesmo enciumado, melhor, morrendo de ciúmes, acho que ele não precisava quase devorá-la com os olhos.

— Sim, mas ela sabe manter a postura, é firme e decidida, sabe se portar como uma esposa decente. Aprenda a confiar nela.

Victor reparou no que a mulher que fez o papel de mãe para ele, disse, e realmente, Fernanda mantinha uma postura de frieza, mesmo sendo educada, ela sabia manter uma distância do homem, estava orgulhoso dela, não tinha como negar.

Novamente ela o olhou, seus olhos se encontraram, os de Victor continham uma quentura sensual, uma apreciação que ela conhecia bem, engoliu em seco entendendo o recado, sentiu seu corpo esquentar, sua vulva se apertar, como podia se excitar apenas com o olhar dele? Passou a língua pelos lábios em uma tentativa de aplacar a sede que começava a queimar sua garganta, Victor notou o gesto lhe deu um sorriso de canto, desejava-a e se não estivessem com convidados, com certeza a carregaria imediatamente para a cama.

Com um andar sensual de felino, ele se aproximou dela, estendeu-lhe a mão em um convite mudo para uma dança, ela aceitou de pronto. Era um bolero sensual, onde seus corpos se enroscavam com sensualidade, as mãos dele despertavam sua libido de tal maneira que estava difícil se segurar, achava que todos os convidados podiam perceber a eletricidade em torno do casal.

Victor depositou um beijo quente em seu pescoço, gesto esse que a fez se arrepiar toda, estava mole nos braços do marido, um desejo insano tomava conta de seu ser, eram intensos na cama, mas não sabia o motivo de nessa noite em especial estar ainda mais necessitada de senti-lo, de ser sua.

Victor sentia-se da mesma maneira, era uma necessidade urgente de tê-la para si, de marcar aquele corpo com seu cheiro, com sua essência.

— Eu preciso de você Fernanda, estou louco de tesão, sinta só. – ele disse, sua voz enrouquecida pelo desejo insano.

Apertou-a de encontro a sua ereção, estava numa situação constrangedora, Fernanda riu baixinho, sentia-se poderosa. Apertou-se ainda mais nele, sentiu que sua excitação escorria por suas coxas.

— Está fazendo de propósito, senhora Sanders? – ele questionou ao pé de seu ouvido.

Ela estremeceu, mas mesmo assim, sorriu para ele, seu olhar revelava que estava louca para senti-lo.

— Vai fazer algo quanto a isso, senhor Sanders? Saiba que estou toda molhada para você, somente, para você. – ela sussurrou, também junto ao seu ouvido.

Sentiu as mãos dele apertando-a.

Victor nunca antes a imaginara assim, tinha que confessar que estava adorando esse lado safado dela.

Disfarçadamente, levou-a para a garagem, havia um banheiro ali, abriu a porta e acendeu a luz, segurou o rosto dela entre as mãos e tomou-lhe os lábios entre os seus, sugando-o, mordiscando-o. Logo suas mãos percorreram seu corpo, até encontrar a fenda do vestido, abrindo-o, seus dedos alcançaram seu destino, sentindo o quão excitada ela estava, percebeu que ela não usava calcinha e isso o enlouqueceu ainda mais, ergueu seu vestido até seu quadril, abriu o cinto e o zíper de sua calça, abaixando-a juntamente com sua cueca, seu membro estava ereto, pronto para se encaixar naquela gruta quente e molhada, os dois gemeram um na boca do outro quando ele a penetrou, ia fundo dentro dela, estavam ensandecidos, cada estocada ele conseguia ir ainda mais fundo.

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Sonho ou RealidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora