Capítulo 4:

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Música: The Sixties - I'm Sorry.

***

Pedir perdão pelos nossos erros é difícil

admitir que erramos, é ainda mais difícil.

É ruim descobrir que mesmo com todo amor, fomos capazes

de ferir a quem mais amamos e admitir que causei dor a mulher da minha vida

é doloroso, acredite em mim, você não sabe como me arrependo de como agi

com você.

Saber que causei seu sofrimento acaba comigo, ficar sem você é a pior punição...

Perdão amor! Perdoe-me! Eu juro que se voltar para mim, farei de tudo para

que sejas feliz ao meu lado, passarei o resto dos meus dias me redimindo, 

apenas imploro por outra chance!

Eu amo você desesperadamente!

(Victor Sanders)



Victor saiu da cabana dela com aquelas palavras martelando sua cabeça, sim sempre suspeitava de que nunca teria o amor da esposa novamente, mas mesmo assim ouvir de sua boca, assim tão direto, friamente, doeu, doeu fundo em seu coração. O que queria na verdade com essa proposta era uma última chance de fazer o certo, de tratá-la com carinho, de tentar conquistá-la, daria esses seis meses para essa tentativa, se não conseguisse nada, aí sim deixaria ela partir, com dor no coração, mas deixaria.

Sabia que ela havia-o visto com Kate, depois que se deu conta de que ela havia ido embora, ele encontrou um bilhete que ela lhe deixara, ainda o guardava como que para se penitenciar por não ter conseguido segurar a única mulher que amara em toda a vida, tudo porque fora por demais relapso, indigno dela, sim, era exatamente assim que se sentia, indigno de tê-la.

Não sabia como, nem de que maneira, muito menos se acontecera algo entre ele e Kate, que era sua secretária na época, tudo o que sabia era que chegara no escritório nervoso por mais uma vez ter brigado com Fernanda, estava cansado de tudo isso, dissera coisas duras a ela, sabia que a magoara, que fora um estúpido, bruto, afinal, tudo o que ela lhe pedia era que a levasse junto na viagem, não lhe custava nada realizar seu desejo, nos primeiros dias realmente não teria como lhe dar atenção, mas após terminar as negociações nada o impediria de lhe mostrar a cidade de Sidney, de passearem juntos, de mãos dadas, namorar como um casal normal.

Acordara no sofá, nu com Kate em cima dele, tudo o que se recordava era que tomara um copo de uísque, depois disso, tudo ficara nublado em sua mente. Exigira explicações de Kate, mas ela tentara enrolá-lo e se tinha uma coisa que detestava, era que tentassem lhe fazer de idiota, tinha certeza de que caíra no truque mais antigo e sujo, fora vítima do famoso "boa noite Cinderela", mas como fazer para provar a Fernanda que não tinha culpa, que era inocente, ela não acreditaria, nem mesmo ele, como toda sua experiência não acreditava que havia caído em um truque tão antigo e sujo.

Quando Kate lhe disse que ele lhe agarrara e que ele mesmo a beijara, que tirara sua roupa, mesmo estando drogado, sabia que não tinha feito nada disso, dera-lhe a última oportunidade de contar-lhe a verdade, por Deus que nunca batera em uma mulher, mas sua vontade naquele momento era a de arrebentar a cara daquela ordinária. Despedira-a naquele momento, ou do contrário não se responsabilizaria do que seria capaz de fazer, quando chegou em casa e descobriu que Fernanda havia ido embora porque vira aquela cena, teve esperanças de que ela tivesse sentido ciúme dele.

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