Do inferno ao céu - I

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Por Noah Cooper

Ter minha princesa em meus braços de novo e tão entregue foi como ganhar de presente de natal o que voce esperou o ano todo para ganhar. Sentir sua entrega, seus gemidos foi delicioso, minha gatinha manhosa que eu adorava mimar.

Ela goza bem gostoso gemendo meu nome e eu nao me seguro, indo junto com ela, numa explosao de sensacoes que amoleceu todo meu corpo. Enquanto ajeito seus cabelos, converso com ela carinhosamente.

- Voce tem noção do quanto me enfeitica sua bruxinha? Consegue mensurar o quanto eu te amo?

- Tenho uma vaga ideia soldado, mas acredito que o senhor possa me ajudar a refrescar minha memoria.

- O que fizemos agora não foi suficiente mocinha?

- Receio que não meu senhor. Preciso de mais, muito mais...

- Cooper!!! Acorda cara, estou te chamando uma cara e voce nao responde, fica ai parado com essa cara de bobo.

- Vai a merda Alex, me deixa em paz!!

Depois do meu encontro com Nina no armario, dormimos a primeira noite juntos, mas ela foi pro alojamento da equipe medica e eu nao tinha acesso, portanto estou aqui feito um bobo apaixonado sonhando com ela acordado, mas nos falamos todos os dias, ela tem skype  estamos sempre em contato, o que nao e a mesmo coisa que sentir a  pele dela, o cheiro dela,  meu corpo anseia por ela como nunca desejei alguem em toda minha vida. MInha bonequinha ruiva, por ela faria qualquer coisa. Mas agora, depois de 15 dias longe dela, nao resisti. Saio para uma volta, pois de qualquer jeito eu verei minha pequena hoje. Alex vem comigo como sempre, cobrindo minha retaguarda. Chegamos ao consultorio e esta lotado de pessoas aguardando atendimento, antes que ela me veja, eu a encontro. Esta atendendo uma criança e sorrindo, meu sorriso favorito no mundo inteiro. Mas a cena a seguir me faz ir ao inferno e voltar mil vezes, Nina distraida atendendo a criança, um idiota chega ate ela e coloca as mãos em sua cintura, dando um beijo em sua bochecha em seguida.

Desse momento em diante não vejo mais nada, só parei quando sentir os braços fortes de Alex em meu pescoço tentando me tirar de cima do idiota que se atreveu a tocar minha mulher que agora me olhava bastante assustada.

- Me solta porra!

- Não vou te soltar enquanto voce agir como idiota.

- Pode me largar, estou tranquilo, não vou fazer besteira cara.

Ele me solta relutante, dou um passo em direção a Nina que da um passo para trás, me destroi ver em seu olhar o medo de se aproximar de mim. Ela se afasta e vai ajudar o cara que ainda esta caido ao chão, me deixo levar por Alex que me arrasta para voltarmos a base. Entramos no carro e ele da partida, pode parecer muito gay, mas não seguro as lagrimas que descem descontroladas, mas silenciosas, mal nos afastamos uns 300 metros e escutamos a explosao bem no predio do consultorio, onde deixei minha pequena.

Explosões, gritaria e fogo por todo lado, volto com Alex e ele chama reforços. O caos domina o lugar, não consigo reconhecer nada e ninguem, sei que fui preparado para situações como essa, mas porra, é minha mulher que esta la dentro e nem sei se ela esta viva, preciso dela agora comigo.

Um grupo do que eu acredito, ser de medicos sai do predio carregando pessoas e equipamentos, tento desesperado encontra-la na multidão, mas não consigo, procuro como um louco e nada. Então no momento em que minhas esperanças se desvaiam e eu relutante me entregava a minha dor, ela aparece com seus cabelos vermelhos cobertos de cinzas, a roupa rasgada e com uma criança nos braços, não me segurei, corri ate ela e a segurei em meus braços, como se assim eu pudesse protegê-la de qualquer perigo.

Resgatamos todos do local e levamos para base, Nina não esta ferida, so assustada. Carrego ela ate meu alojamento, depois que ela toma um banho entrego um copo de leite para ela relaxar. A deito em minha cama e me aconchego a seu lado. Depois que ela dorme, me levanto e vou até Alex verificar alguma informação.

- Noah, voce precisa manter o foco cara, acho que nao sera legal ter Nina tao perto de voce assim.

- Do que voce esta falando?

- Do seu descontrole, por duas vezes seguidas. Voce tem que manter a cabeca no lugar irmao, por voce e por ela tambem.

Nao quero ouvir essa baboseira, saio em direcao a meu quarto, onde deixei minha princesa dormindo, mas noto uma movimentação estranha e vou verificar, Alex chega logo depois de mim.

- Capitao, esse ataque foi planejado ha tempos, nos avisamos ao chefe da missão medica, como eles mesmo dizem, não acreditam serem alvo de ataques, uma vez que sao medicos e nao militares como nos.

Nesse momento chego ate eles e os cumprimento.

- Oi pessoal, coronel.

- Cooper, soube que sua garota esta na base. Fico feliz que ela esteja bem.

- Obrigado senhor.

Vou a meu dormitorio verificar se ela esta bem, mas não a encontro. Quando estou falando com uma enfermeira sobre Nina, chega um rapaz gritando e falando coisas desconexas. Vou ate ele e peço que se acalme e diga o que ele sabe.

- Calma rapaz, agora diga o que houve.

- A doutora, ela, ela esta em perigo, ela foi aju...

- Que doutora? Anda fala logo.

- A doutora Carvalho, nos fomos informados de um soldado ferido por uma mina num campo aqui perto, saimos para ajuda-lo e quando chegamos la, o lugar...

Seguro ele pelo colarinho ja fora de mim, so pensando no pior, não pode ser verdade, não posso perde-la...

- ONDE ELA ESTA?

Grito com ele e saio o puxando para que me leve ate minha mulher. Alex vem atras de mim, me gritando sem entender o que esta acontecendo.

- Alex, a Nina esta em perigo preciso ir ate la, se voce nao vier comigo, por favor não me impeça e cuide da minha irma ok?

Entro no carro com o soldado a meu lado e Alex entra logo em seguida, olho para ele e so acenamos com a cabeça. Estou tão fora de mim que não consigo pensar em nada, so preciso que ela esteja bem.



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