- Não. Meus casos já estão todos encaminhados e pedi a secretária para não aceitar mais nenhum, encaminhe para a nova estagiária eu senti potencial nela. Eu sei! Eu sei! EU SEI, JULIANO! Parece até que é a primeira vez que estou indo ver o papai, certo eu me cuido e mando notícias. Dê lembranças você já que ficou amiguinho dele.
Julia falava com o irmão ao telefone, eles estavam acertando os últimos detalhes já que ela iria viajar e ficaria distante fisicamente dos casos e todas as coisas, ligou mais uma vez para o hospital para saber sobre o Pedrinho e seguiu para o apartamento do vizinho.
- Tudo certo? – ela falou olhando para a pequena mala dele – Acho que vai precisar de mais roupa.
- Vou não, sou uma pessoa econômica – ele disse desligando o celular – Acho que tô pronto. Desliguei o celular, não aguento mais minha mãe ligar perguntando se esqueci algo, sabia que essa é minha primeira pausa desde que abri a empresa?
- Sério? Nossa estou me sentindo importante – ela brincou – Então, acho que é minha vez de perguntar: Pronto para encarar a fera?
- Se você estiver comigo... – ele disse estendendo a mão para que ela pegasse. Ela amava quando ele fazia isso.
Entraram no elevador e quase não conseguiram fechar de tantas malas que Julia levava, ela, diferente dele, sabia o que esperar então estava preparada para todos os possíveis cenários. Entraram no carro e começaram a viajem, com um desejo mutuo de que tudo desse certo.
- Existe alguma coisa que eu preciso saber antes de chegar na casa do sogrão? – ele falou tempos depois.
- Em primeiro lugar, nunca chame ele de sogrão – ela falou rindo – Meu pai se chama Maximiliano então nada de caçoar do nome dele como fez com o Max.
- Puta que pariu! Sabia que tinha que ter vindo de algum lugar – ele começou a gargalhar – Me diz mais.
- Ele é super a moda antiga e machista então nada de pensamentos inovadores e deboches. Também não podemos falar na mamãe nem na Ana, elas se tornaram intocáveis naquela casa e por último e não menos importante: Não contrarie ele, Deus sabe o quanto já sofri por fazer isso – ela disse tentando não lembrar tudo que veio à mente.
- Nossa! Agora fiquei com medo – ele admitiu – Mas como é lá? Estou vendo que estamos entrando em uma área cheia de fazendas e plantações.
- Pode esperar mais disso, minha família está no ramo da agricultura e pecuária há várias décadas, a maior parte do que você vai ver aqui é nosso.
- Então eu posso esperar você de chapéu de couro, com roupa xadrez e uma palhinha na boca? – ele zombou já prevendo a reação dela.
- Não, seu besta! – ela bateu no braço dele, mas também riu.
- Eu posso sonhar! Ter uma namorada caipira, imagine? Acho sexy! – ele continuou e ela riu mais ainda – Mas sério, se vamos ser namorados temos que ser de verdade. Quero ter certeza que se te beijar você não irá subir num cavalo e sair galopando por ai.
- Não se preocupe, eu não sei o que deu em mim, aquela atitude não vai mais se repetir – ela respondeu um pouco desconfortável. Do nada começou a tocar uma música que Julia adorava e ela aproveitou para cantar o mais alto que conseguia mudando assim todo o clima da situação.
Tiago começou a rir, ela era incrível, desinibida, divertida e não tinha vergonha de desafinar na frente dele. Passaram as próximas horas entre cantorias e vagas histórias de quando ela era pequena, quanto mais se aproximavam mais ela ficava nostálgica. A viagem foi longa, mas longe de ser cansativa ou chata, eles iam percebendo cada vez mais como era bom estarem juntos, mesmo sem querer admitir que nitriam um sentimento que era tudo, menos falso. Já estava anoitecendo quando eles finalmente chegaram em um grande portão que dava acesso a propriedade onde havia uma placa enorme escrito "Fazenda Nossa senhora da Assunção". Eles saíram do carro e entraram na enorme casa onde Julia nasceu e cresceu.
- Boa noite, Carlota! – ela disse assim que entraram na casa e deram de cara com a governanta.
- Boa noite, senhorita Julia! Seu pai me alertou da sua chegada e está tudo pronto e esperando as suas ordem.
- Nossa que foda! Você tem governanta – Tiago estava achando tudo um máximo.
- Você poderia colocar o jantar, eu vou tomar um banho e já desço – ela puxou Tiago até uma enorme escadaria – Os quartos estão prontos?
- Seu quarto está da mesma forma que a senhorita deixou, fizemos apenas uma breve faxina, mas só fui informada sobre a arrumação de um quarto – ela disse e seguiu para a cozinha.
- Só um quarto? – ela perguntou assustada.
- Encontrei vocês quase sem roupa, para quê dois quartos? A honra passou longe dessa casa há muito tempo – Max disse surgindo de outro cômodo.
- Como você... – Tiago ia em direção dele, mas Julia o segurou.
- Deixa, Tiago. Não vale a pena – ela falou revirando os olhos – O papai ainda não voltou?
- Volta amanhã cedo, espero que não piore a situação, Julia. O papai está bem debilitado.
- Não tem nenhuma fralda babada pra lavar não? – Ela pegou novamente a mão de Tiago e seguiram as escadas carregando as malas de mão, as outras já haviam sido levadas para cima.
Andaram pelo corredor e ao abrir a porta se depararam com uma enorme cama com lençóis coloridos a sua espera. Entraram totalmente sem jeito e começaram a se organizar, Julia estava com os pensamentos a mil, havia pensado em todas as possibilidades menos em ter que passar a noite na mesma cama que ele.
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OI, amores!!!
Como vocês estão? S2
Pense no capítulo difícil de escrever kkkk Mas era necessário para... sei lá, eu tentei não escrever e eles ficaram gritando na minha cabeça (Não, não sou louca kkkkk) ai escrevi kkkkkk
Próximo capítulo finalmente temos a chegada do Maximiliano pai e de mais um pedaço da vida da Julia. E "vamo que vamo" que esse livro acaba em Dezembro kkkkkk
Votem, compartilhem, comentemmmmmmmmmmm S2
Xero e até sábado! S2
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De Repente Vizinhos - Livro 2
Romance"Jovem, arquiteto e um filho ingrato por não dar netos a sua mãe" Essa é a definição que temos de Tiago, mas ele vai muito além disso. É companheiro, protetor, amigo, faz tudo para ver as pessoas ao seu redor bem e após ver a linda história de amor...