Cavalgando

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Âmbar Smith

Quando entro no meu quarto e me deito em minha cama, eu apago quase que imediatamente. Quando acordo, o sol já está iluminando tudo e Yam e Emilia já levantaram. Olho o grande campo pela janela e Luna entra correndo no meu quarto.

- Âmbs estamos indo na cachoeira. Você vem? – Ela me pergunta e eu nego.

- Vou dar uma volta com Max.

- Okay. – Luna sorri. – Simon vai ficar também. Devemos passar o dia lá e voltar só no final da noite.

- Fica tranqüila que eu e ele não vamos nos matar. – Sorrio. – Eu resolvi dar uma chance para ele ser meu amigo.

- Ele já sabe disso? – Luna pergunta rindo.

- Já. – Eu rio junto dela e ela vem ate mim e me abraça.

- Estou indo. Cuidado com Max. – Luna beija minha bochecha. – Amo você Âmbs.

- Amo você Lun.

Luna sai do quarto e eu começo a juntar minhas coisas para sair. Vou para o chuveiro e tomo um banho de cabeça e tudo. Lavo meu cabelo e, conforme passo sabonete, juro que posso sentir os lábios de Simon me beijando. Espanto os pensamentos e lembranças da ultima noite e termino meu banho. Coloco a legging preta junto da regata justa e preta e as botas de montaria. Penteio meus cabelos e os deixo molhado mesmo pois sei que o vento irá secá-los. Passo protetor solar no meu rosto e uma camada de lip balm para proteger minha boca e uma leve água de colônia. Sorrio satisfeita com meu reflexo no espelho e saio do quarto quase correndo de tão animada que eu estava para ver Max. Como um pedaço do bolo que ainda está na mesa e tomo uma xícara de café rapidamente. Pego algumas maçãs e saio pela porta da frente escutando Simon dedilhar seu violão.

- Dia. – Falo conforme me aproximo.

- Bom dia Peixinha. – Ele sorri e olha para mim. – Para onde vai?

- Vou dar uma volta com Max. – Digo enquanto desço o primeiro degrau da escadinha da frente.

- Quem é Max? – Ele me pergunta se levantando e começando a me seguir.

- Um velho amigo. – Respondo sorrindo. – Volte para o seu violão Simon e me deixe em paz.

- E se esse Max tentar te matar? – Ele me pergunta e eu me viro para ele.

- Impossivel Max fazer isso. Sabe por que? – Ele nega. – Max é o meu cavalo.

A cara de paspalho de Simon é maravilhosa. Dou risada e saio correndo ate o estábulo aonde encontro Maximus em sua baia. Ele era um alazão branco que adorava maçãs e eu dei esse nome porque ele lembrava do cavalo do meu filme favorito. Meu pai me deu ele no meu aniversário de nove anos quando ele ainda era um potro. Ele relincha feliz ao me ver e eu acaricio a crina dele.

- Tambem senti sua falta Max. – Beijo sua testa. – Espero que esteja pronto para correr comigo.

Ele relincha em resposta e eu lhe dou uma maçã. Selo Max e monto nele saindo do estábulo e ganhando velocidade conforme avançamos pelos campos. Passo perto da cachoeira e posso ouvir Pedro gritando incentivos. O vento no meu cabelo e a velocidade de Max fazem com que eu me sinta livre. Eu tive uma sensação parecida quando andei de moto com Simon, só que com Max era tudo mais intenso. Quando voltei próximo da casa, pude ver Simon escorado na cerca que dividia o espaço e me aproximo dele.

- Desistiu de ficar tocando? – Pergunto enquanto desço de Max.

- Ele é lindo. – Simon tenta se aproximar de Max mais Max relincha e se afasta dele

Prove You WrongOnde histórias criam vida. Descubra agora