Apaixonados

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Simon Alvarez.


Quando o fim de semana chega, eu me sinto todo animado para ir no tal baile que minha mãe foi convidada já que é a oportunidade perfeita para ficar algumas horas com Âmbar sem ter agüentar piadinhas dos nossos amigos.

Me admiro no espelho e capricho no perfume. Meu terno cinza feito sob medida fazia conjunto com a camisa azul marinho que eu usava. Meus cabelos estavam bagunçados porque Âmbar tinha dito que gostava deles assim e a opinião dela era uma das coisas mais importante para mim.

Desço e minha mãe já está me esperando junto do meu pai e ambos sorriem ao me ver.

- Está lindo. – Minha mãe me diz. – As garotas vão cair em cima!

- Ele já tem uma mente. – Meu pai me olha sorrindo. – Simon não se arrumaria tanto se não fosse encontrar alguma garota por qual está apaixonado.

- Acertou pai. – Falo sorrindo.

- Oh Filho. – Minha mãe me abraça. – Sabia que você deixaria toda a história com a Emma para trás. Espero que vocês sejam felizes.

- Ainda não estamos juntos mais eu planejo em breve corrigir isso. – Falo e caminho ate a porta.

- Por falar em breve, - Meu pai se lembra de algo. – passaremos as férias de inverno na Grécia.

- Sim! – Minha mãe concorda. – Nós quatro teremos férias em família. Vinte dias em um paraíso grego.

Se fosse outros tempos, eu ficaria eufórico mais, agora, só de pensar em passar vinte dias longe de Âmbar, me faz ficar enjoado.

- Vamos, se não vamos nos atrasar. – Minha mãe nos chama a atenção.

Vamos para o lugar do baile que é elegante e fino. Assim que entramos, somos servidos com taças de champanhe e eu posso ver Alfredo, sozinho, conversando com algumas pessoas. Meus pais caminham ate ele que sorri e logo dispensa a conversa anterior.

- Rose e Thiago. – Ele abraça meus pais.

- Está sozinho essa noite? – Meu pai pergunta olhando ao redor.

- Não, - Alfredo sorri. – Âmbar está no bar pegando uma bebida para ela. – Simon, como está. – Alfredo pega a minha mão e a aperta firme.

- Vou bem. – Falo sorrindo. – Se não se importam, vou me juntar a Âmbar na busca de uma bebida.

- Vai lá, Querido. – Minha mãe beija a minha bochecha e eu saio em direção ao bar localizado do outro lado do grande salão.

Antes de chegar perto, eu vejo Âmbar escorada no balcão com um barman bonitão dando encima dela. Minha garota está linda em um vestido rodado vinho e cheio de flores pelo comprimento que vai ate a altura dos joelhos. Seus fios dourados estão presos com uma linda presinha em um rabo de cavalo baixo e ela usa saltos altos pretos.

Me aproximo por de trás dela e seguro em sua cintura.

- Uma gin Tonica, por gentileza. – Peço para o barman que está dando encima de Âmbar e ele concorda resmungando. – Oi minha Peixinha.

- Você com ciúmes ate que fica fofo. – Âmbar diz se virando para mim. – Você ta lindo demais.

- Tudo pra você. – Respondo e o barman volta deixando a minha bebida ao lado da de Âmbar.

- Obrigada Ryan. – Ela agradece sorrindo e volta a me olhar. – Eu estou bonita?

- Âmbar, você está perfeita. – Sorrio todo bobo para ela. – Você está tão linda que me deixa sem fôlego. – Ela sorri e me dá um selinho.

- Obrigada meu Amor. – Vocês tem noção da cambalhota que meu coração dá quando ela me chama de "Meu Amor"?

- Do que você me chamou? – Pergunto fingindo que não ouvi.

- De Simon. – Ela sorri sapeca e eu a puxo pela cintura e a beijo. Ela se afasta rapidamente. – Meu avô.

- Ele ta ocupado demais conversando com meus pais. Além de que ele sabe que estamos aqui. – Falo e volto a beija-la. Âmbar passa seus braços pelo meu pescoço e eu me sinto o homem mais sortudo do mundo apenas por ter ela como dona do meu coração.

Eu e Âmbar ficamos um bom tempo ali, juntos e, quando voltamos para a nossa mesa, ela cumprimenta gentilmente meus pais e eles rasgam elogios para ela. Tenho que me segurar para não falar para eles "Sua futura nora é maravilhosa demais né?" mais creio que a minha cara de bobo apaixonado deve ter me entregado porque eu pego meu pai me dando um sorrisinho suspeito.

- Âmbar, o que vai fazer nas férias inverno? – Minha mãe pergunta.

- Trabalho voluntário no orfanato. – Ela responde e eu posso ver como ela não está nem um pouco empolgada com isso.

- Nós iremos para Grécia. – Minha mãe fala toda contente. Conhecer a Grécia era um sonho antigo da minha mãe.

- Que sonho! – Âmbar suspira. – A Grécia é um paraíso. Espero que um dia eu tenha a oportunidade de conhecer.

- Tenho certeza que terá. – Minha mãe fala toda otimista. Olho para Âmbar que sorri pouco antes de tomar um pouco de sua gin tonica.

- Peixinha, vamos dançar? – Pergunto e Alfredo me olha curioso.

- Peixinha? – Ele me pergunta.

- É o apelido que eu dei para ela. – Falo meio sem graça. – Já que ela gosta muito de nadar.

- Isso você tem razão. – Alfredo diz rindo e eu me levanto, pegando a mão de Âmbar e a guiando ate o centro da pista de dança.

Dançamos lentamente Photograph do Ed Sheeran. Âmbar me olha seria e eu sorrio para ela.

- Você não ta brava por que eu vou para a Grécia não né? – Pergunto sorrindo.

- Não. – Ela fala irônica. – Você só vai passar férias com as belíssimas gregas e nem vai lembrar da minha existência aqui na Argentina.

- Eu não vou te esquecer, sabe por que? – Pergunto e ela nega. – Porque só você é a minha Peixinha.

- Eu gostaria de ir. – Ela suspira.

- Eu gostaria que você fosse. – Comento.

- Não sou muito fã de fazer trabalho voluntário. – Ela confessa. – Minha mãe impôs como um castigo para mim depois que eu respondi ela grosseiramente. Ela diz que é pra eu sempre lembrar da vida que eu deveria ter levado se ela não tivesse me adotado. – Eu reviro os olhos.

- Eu só espero que você tenha algum tempo antes das aulas voltarem para ficar comigo. – Eu dou um selinho nela.

- Eu terei cinco dias no final das férias. – Ela sorri. – Serei toda sua. Podemos fazer o que quisermos.

- Ah Âmbar. – Eu sorrio para ela. – Você falando assim me deixa cada vez mais apaixonado.

- Meu, só meu, Amor. – Âmbar diz sorrindo antes de me beijar do jeito mais apaixonado do mundo.

- Gosto quando me chama assim. – Confesso. – Sinto que pertenço a alguém.

- Gosto de quando me chama de Peixinha. – Ela sorri travessa. – Sinto que sou sua.

- Ainda somos amigos coloridos? – Pergunto e Âmbar me olha pensativa.

- Acho que não. – Ela suspira. – Acho que já passamos do nível da amizade colorida.

- Então somos o que? – Pergunto e Âmbar sorri e dá de ombros.

- Ficantes. – Ela responde.

- Eu prefiro o termo Apaixonados. – Falo para ela que sorri e revira os olhos. Eu adoro quando ela faz isso.

- Então somos Apaixonados. – Ela me responde voltando a me beijar.

Sinceramente, se não for para ser da Âmbar, eu não quero ser de mais ninguém. Ela chegou quebrando tudo de errado que eu pensava dela e ocupando minha mente e, aos pouco, meu coração. 

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