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Simon Alvarez.


- Quero que vocês sentem ao lado do seu companheiro de trabalho. – O Professor Luiz manda.

Levanto meus olhos apenas para ver Âmbar vindo em minha direção. O nosso trabalho anterior tinha sido um desastre na realização mais um sucesso na nota. Ela puxa a carteira, agora vazia, de Matteo e encosta na minha.

- Espero que não seja nenhuma missão impossível. – Ela fala após se sentar. – Estou cheia de idéias para o meu novo livro e preciso trabalhar nelas. Fora os jantares com o vovô.

- Você gosta mesmo de ir nesses jantares. – Falo abrindo meu caderno e começando a copiar as informações que estão na lousa.

- Gosto. – Ela faz o mesmo do que eu. – Eu como e bebo de graça e ainda passo um tempo com meu avô. Isso é o tipo de coisa que você acharia ruim.

- Eu vou ignorar essa ultima frase. – Respondo.

- Tente.

Âmbar e eu ficamos em silencio enquanto terminávamos de copiar nossas lições. O trabalho era simples mais exigia que trabalhássemos juntos do começo ate o fim. Precisavamos elaborar uma apresentação do livro que ele já tinha passado anteriormente para nossos colegas. A aula termina e Âmbar se levanta para voltar para o seu lugar. Seguro seu braço gentilmente e ela me olha.

- Pode ir lá em casa para fazermos o trabalho? – Pergunto e ela sorri.

- Claro. Vou em casa trocar de roupa e pegar meu computador e vou para lá. – Ela sai andando mais volta no meio do caminho. – É melhor ter comida.

Eu rio sozinho enquanto Âmbar se senta em seu lugar. O resto das aula passaram voando e logo eu estava a caminho de casa. Quando chego, desmarco o ensaio com os meninos e vou na cozinha verificar o que posso fazer para eu e Âmbar comermos.

A campainha toca enquanto eu estou no banho e eu saio apenas de toalha para abrir a porta.

- Quando eu falei que era pra ter comida, era comida mesmo e não uma mensagem subliminar dizendo que eu queria fazer sexo. – Âmbar diz quando abro a porta e ela me vê de toalha.

- Hahaha, Palhaça. – Largo a porta e saio andando escada acima. – Volto assim que terminar meu banho. Vai se ajeitando. – Ela sobe atrás de mim.

- Okay. – Ela vai em direção ao meu quarto enquanto eu entro no banheiro. – Não demore. Posso ficar imaginando você tomar banho e ficar tentada a ir te tirar de lá.

Algo que eu gostava em Âmbar era o fato dela não ter pudor nenhum. Ela fazia piada sexuais e flertava comigo sem ficar fazendo cu doce. Além de que, se eu me aproximasse para beijá-la, ela iria me beijar e se eu pegasse em sua bunda, ela arfaria.

Termino de tomar meu banho e coloco a roupa que eu já tinha deixado no banheiro, além de passar desodorante e um perfume para loira que está no meu quarto. Quando entro em meu quarto é que reparo em como Âmbar está gostosa. Ela usa um shorts jeans escuro e curto, uma camiseta de Dragon Ball, seus allstar estão largados no meio do quarto, seus cabelos estão soltos e ela está sentada na minha cama, olhando para o seu computador com, pasmem, um par de óculos que só servem para que eu tenha fantasias impróprias.

- Por que está me olhando feito um pervertido? – Ela diz sem tirar os olhos do computador. – Antes que pergunte como eu sei que você está ai, seu perfume chegou aqui antes de você e ele provavelmente vai me dar uma crise de espirros. – Ela levanta os olhos para mim. – Mais enfim, por que está me olhando feito um pervertido?

- Porque você é provavelmente a garota mais sexy que eu já vi. – Falo indo ate a minha cama e me sentando ao lado dela. – Você está com uma camiseta do melhor anime do mundo, allstars e óculos.

- Agora o modelo nerd é sexy? – Ela revira os olhos. – Tão machista. Serio, Alvarez, esperava mais de você.

- Desculpe. – Peço me levantando e indo ate a porta. – Vou ir pegar nosso almoço.

Desço correndo e pego os hambúrgueres com batata frita que tinha feito alem de duas latas de refrigerante. Subo pensando em como eu fui completamente um babaca e decidido a pedir desculpas. Quando entro, Âmbar está espirrando e seus óculos estão largados na cama.

- Ta tudo bem? – Eu pergunto e ela assente assim que dá o ultimo espirro. – Aqui. – Entrego um prato para ela e me sento ao seu lado. – Eu não queria dizer aquele negocio machista.

- Eu sei. – Ela come uma batata. – Eu entendo que as vezes isso é algo que sai naturalmente.

- Eu prometo dar o meu melhor para isso não se repetir. – Prometo.

- Quem me vê a primeira vista acha que por conta do meu cabelo, que é naturalmente loiro, eu sou burra mais pelo contrario, sou a garota mais inteligente que eu conheço. – Ela ri e eu a acompanho. – Eu não sei aonde quero chegar com isso mais eu to tentando dizer que é ser feio ter atitudes machistas e não fazer nada para mudar isso.

- Eu te entendo, Peixinha. – Beijo sua têmpora. – Só fiquei meio excitado e meio empolgado com a visão que tive quando cheguei aqui.

- Eu também fiquei quando você abriu a porta só de toalha mais eu não disse nada. – Ela me olha. – Vamos trocar de assunto. Não quero brigar com você e ter que te chamar de Senhor Alvarez.

- Okay. – Comemos o resto do almoço em silencio. Âmbar de vez em quando ria com seus próprios pensamentos.

Fazemos o trabalho rapidamente e, ao fim, decido fazer uma surpresa para Âmbar. Desço ate a cozinha e trago brownie com sorvete para nós além de colocar no meu episodio favorito de Dragon Ball Z.

- O que é isso? – Ela me pergunta desconfiada.

- É apenas eu e você relaxando depois de fazer um trabalho escolar chato.

- Assistindo Dragon Ball Z e comendo brownie com sorvete? – Ela ri. – Você tem idéias diferentes de relaxamento das minhas mais eu ate gostei.

Coloco o episodio para rodar e nós assistimos comendo. Antes do fim do episodio, eu não vejo mais nada devido ao fato de a minha boca estar mais interessada em beijar a boca de Âmbar. A trago para o meu colo e a aperto contra o meu corpo. Beijo seu pescoço e sinto suas mãos levantarem e acariciarem minha barriga e minhas costas. Quando ela rebola em meu colo e percebe o quão excitado estou, ela para.

- Preciso ir. – Ela tenta se levantar mais eu a puxo de volta.

- O que houve? – A encaro.

- Nada. – Ela diz e eu continuo a encará-la. – Eu só acho que estamos indo rápido demais nessa amizade. Não quero que nem eu e nem você façamos coisas de que vamos nos arrepender depois.

- Eu não me arrependeria de transar com você. Você se arrependeria? – Eu pergunto serio

- Não é isso, Simon. – Ela bufa. – Somos amigos, não deveríamos estar cogitando sexo.

- Por que não? – Pergunto. – Eu te excito, você me excita então por que não deveríamos cogitar sexo?

- Porque eu não quero ser apenas uma foda usual Simon. – Ela me diz irritada e começa a recolher suas coisas. – Se você quer sexo fácil, procure outra garota. – Ela calça seus tênis. – Não vou ser apenas um buraco negro pra você enterrar seu pinto.

- Ótimo! – Falo irritado pela constatação absurda dela. – Vou procurar outra porra de vagina pra foder! – Âmbar me fuzila com o olhar e pega sua mochila indo ate a porta do meu quarto.

- Passar bem, Senhor Alvarez. – Ela sai batendo a minha porta com força e faz o mesmo com a porta da frente de casa.

Eu estraguei tudo de novo.

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