Capitulo IV-Memórias e Medo Parte II

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Psyck estrala os dedos e lá estavam elas. Um lugar do espaço onde tudo parecia ter parado no tempo. Lá, pilares de mármore e ilhas flutuantes de pedra vagavam sem rumo em direção ao infinito. De traz de um desses pilares, saiu um garotinho de cabelos ainda mais verdes que Psyck, mas a pele num tom alaranjado mais suave que o dela que usava um terno verde-água e tinha asinhas de pardal. Ele mantinha os olhos fechados, mostrando a pintura verde-claro em suas pálpebras.

-Kaleb! –Psyck abraça o pequenino deus da terra e da primavera.

-Hehe. Oi Psyck! –Kaleb tateia o rosto da deusa com um ar infantil.

-E aí baixinho? Dessa vez eu não demorei! –Nexo acaricia os cabelos do menino.

-Certeza?

Era uma voz linda como a sinfonia dos sinos ao vento. A deusa das asas de plumas e quimono de realeza quem falava. Era Aki, a deusa do vento e do outono e apesar do tom de derrota, ela mantinha sua aparecia angelical e adorável. Um filete de sangue escorria de sua boca.

-A-Aki! –Nexo foi até ela, desesperada.

Aki acaricia os cabelos roxos de Nexo, seus olhos de turquesas a olham com carinho.

-Tá tudo bem Nexo. Só tivemos um contratempo. –Aki tenta abrir um sorriso, mas cai nos braços da amiga, sentindo uma dor intensa.

Aquele era o "Resort dos deuses exilados". O lugar para onde Nexo e Psyck iriam se não tivessem fugido. Lá estavam presos todos os deuses elementais e pouquíssimas pessoas sabiam como entrar naquela área isolada. Nexo e Psyck descobriram na sorte, mas naquele momento, desejaram não ter visto aquilo.

Tirando Kaleb, todos os outros deuses ali haviam sido abatidos. Afu e Inas, os gêmeos de fogo e do verão, estavam com as chamas das asas muitíssimo fracas e Voda, o calado deus da água e do inverno, tinha que usar o próprio machado para se levantar. Nexo já tinha uma noção do que ocorreu.

-O que ele falou pra vocês? É difícil de ver e escutar as coisas que acontecem aqui. –ela pergunta inconscientemente.

-O maldito veio perguntar daquela corda velha, você já deve tá ligada. Se fosse só isso, eu teria ficado de boa, mas ele começou a ameaçar a minha mãe e... Eu explodi. –explica Voda, rangendo os dentes de dor.

-A gente até tentou segurar os dois, mas bem... Acabamos desse jeito! –Apesar de tudo, Inas tentava ser engraçadinha, abraçada no irmão.

-Já não dá mais pra sentir o Raito lá dentro, Nexo. Se sobrou alguma coisa dele ali, isso impediu-o de fazer picadinho do Kaleb. –comenta Afu, acariciando os cabelos de labaretas da irmã.

Kaleb se esconde atrás de Psyck, com medo. Nexo o acolhe em seus braços, acalmando-o.

O garotinho parecia um bebezinho fofo no colo de Nexo. O grupinho de deuses então fez uma rodinha porque, querendo ou não, eles queriam saber do que estava acontecendo e de onde Shisama havia tirado aquela corda. Nexo e Psyck dispararam sobre tudo que aconteceu depois da ultima visita que fizeram (Preciso lembrar pra ler o outro livro^^?), o que incluiu o que elas chamaram de "A proposta do apocalipse".

-Suas meninas são iguaizinhas à você, Nexo: Maluquinhas e cheias de querer mudar as coisas. –comenta Voda, abrindo um sorriso que tentava ser animado, mas parecia sarcástico.

-E você é idêntico à sua mãe: Não tem pupilas, as asas são mais furadas que pano velho e são super temperamentais. –retruca Nexo

-Ai, ai. Eu só estou triste que o mundo que criamos com tanto carinho está tão vazio deste. –Aki se divertia em ver seus pequeninos redemoinhos se esvaírem na imensidão do espaço.

Nexo-...Forever LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora