O plano

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No dia seguinte, eu, Pepper e Tony descemos os inúmeros andares do prédio da Stark Industries para irmos até o restaurante encontrar o Aldrich Killian.
Assim que chegamos, presenciei uma cena muito engraçada:
— Oi Aldrich! — Pepper abriu um sorriso malicioso e cumprimentou o homem loiro e esbelto.
—Olá, senhorita Potts! — o homem pega na cintura da loira para abraçá-la fazendo Tony revirar os olhos.
—Esses são meus amigos Tony e Scott. —ela apontou para nós dois e eu acenei, ao contrário do Tony, que colocou as mãos nos bolsos e tirou o momento para ser desagradável:
— Que desprazer em revê-lo, Killian!
—Tony, pelo amor de Deus, aqui não! — cochichei no ouvido dele para tentar amenizar a situação que, provavelmente, ficaria difícil de ver.
—Olha só se não é o Anthony Stark, o homem mais arrogante e insuportável que já pisou em Havard! — o homem respondeu fazendo eu ter a certeza de que ele também não era santo.
—Gente, vamos nos sentar e esquecer que vocês já se conhecem? — Pepper quebra o clima pesado que havia se instalado e aponta para a mesa atrás de Aldrich.
—Então, esse é o amigo o qual havia falado que precisa de ajuda com alguns relatos de um diário. — a loira começa a conversa sem fazer rodeios.
—Sim, claro! Sr Scott, você ainda tem o diário em mãos?
—Não, ele ficou com um amigo nosso que é detetive da polícia de NY, mas acho que ele não vai colocar prioridade nesse caso, por isso pedi sua ajuda. Mas não se preocupe, anotei algumas informações relevantes. —expliquei tirando o pequeno papel do bolso.
—Certo. —Aldrich analisa os tópicos — Mas do que exatamente se trata, Scott?
—No diário contém vários relatos de agressões, insultos e de uma vida infeliz de uma mulher que eu não conheço. Quando encontrei o diário e comecei a lê-lo senti a necessidade de achar essa mulher, porque agressões podem levar a morte! —disse com um certo tom de desespero na voz.
—Ok, ok, muita calma nessa hora! Felizmente você anotou boas pistas, por isso já temos por onde começar! — disse o homem analisando novamente o papel em suas mãos.
—O que podemos começar a fazer? Vamos agir juntos para encontrarmos respostas mais rápido!
—Sim, vamos começar indo aos lugares que ela já foi. Você pode ir na sorveteria buscar informações, mas muito cuidado: não faça perguntas demais! Todo mundo pode desconfiar! Me passe o seu número que eu te mando um roteiro de perguntas que você vai poder fazer na hora. O mesmo para todos.
—Achei que você era pago para trabalhar sozinho, superman! —Tony solta o comentário fazendo o clima voltar a ficar pesado.
—Tony, para! —Pepper o repreende.
—Não sei se você percebeu, mas o seu amigo tem uma certa pressa, então acho que mais de uma cabeça pensando vai trazer agilidade ao caso, apesar de eu achar que a presença da sua cabeça pensante não vai fazer tanta diferença assim.
—Gente, qual é, vamos focar aqui!!! —poderia continuar vendo os dois trocando farpas, mas precisava resolver esse assunto logo.
—Tudo bem. Scott, vamos criar um grupo pra gente se comunicar. Não esqueça de ir à sorveteria. Pepper, você pode vim comigo ao Central Park para procurar essa moça, podemos dar sorte de ir no momento em que ela estiver lá. —quando Aldrich terminou sua frase, Tony revirou os olhos e bufou:
—Qual é, Pepper, você tá saindo mesmo com essa cara? Por que não a chama logo para sair ao invés de inventar essa desculpa de Central Park pra fingirem que estão investigando algo? —Tony pergunta para Aldrich com um tom de tédio. —Você é tão previsível...escolher o lugar mais romântico da lista pra ir "investigar" com a Pepper. Dá um tempo!
—Tony...—Pepper não tinha mais o que falar, ja estava envergonhada o suficiente.
—Tá, parei! Não falo mais nada! Só quero saber se o loirinho aí vai me dar alguma tarefa. — o moreno disse olhando com os olhos cheio de raiva para Aldrich. Era nítida a sua crise de ciúmes.
—Claro, Sr Stark...quero que você vá nos bares de Manhatan para tentar puxar alguma informação. Acredito que não seja tão difícil pra você já que é um bêbado. —revirei os olhos assim que o loiro soltou o comentário. Aquela troca de farpas não iria acabar até irmos embora e ele estava adorando aquela situação.
—Não, Aldrich! Na verdade você me deu a tarefa mais difícil, porque o gênio não percebeu  que não temos praticamente nenhuma informação física da dona do diário.
—Mas eu ainda não disse o que você vai fazer lá. —Aldrich retrucou— Scott, o nome da vítima foi citado no diário?
—Não. —respondi cabisbaixo.
—Tudo bem! Então Tony, pergunte nos bares pelos nomes que foram citados no diário. Pergunte também se perceberam alguma movimentação estranha de alguém com um diário ou uma mulher triste ou com marcas no rosto. Podemos começar aí. —Tony assentiu.
—Enquanto procuramos pela cidade, vou investigar alguma coisa sobre essas pessoas citadas na internet, deve haver alguma pista. Aguardem as outras instruções por mensagem. —Aldrich informou e todos nós assentimos.
Resolvemos mais alguns detalhes e nos despedimos. Saí do restaurante com a ideia de ir à sorveteria no mesmo dia. Era o início do fim de tantas dúvidas.

Relatos de um crime(CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora