Foi uma manhã agitada, na verdade. Os domingos costumavam ser preguiçosos, mas Wooyoung corria para atender os clientes e Mingi corria para preparar as bebidas, a harmonia perfeita do trabalho, apenas palavras necessárias sendo trocadas. Eles podiam ser um pouco desleixados às vezes, conversando demais quando haviam poucos clientes, mas se tinha uma coisa que faziam com excelência, era trabalhar em equipe quando necessário.
— Caramba, que correria foi essa? A cidade inteira resolveu tomar café da manhã aqui hoje. – Murmurou Mingi, cansado, se apoiando no balcão e fingindo enxugar o suor inexistente na testa. Wooyoung concordou com a cabeça, uma expressão falsamente sofrida, olhando para todas as mesas do estabelecimento, que agora se encontravam cheias.
— Bem, então agora acho que é o momento crucial de fazer a pergunta mais importante do seu encontro com Yunho. – Disse em um tom baixo o loiro, fazendo o Song revirar os olhos e rir, embora estivesse levemente apreensivo. – Tinha hidromassagem?
— Wooyoung!
— É uma pergunta séria! Eu nunca fui num motel. – O Jung cruzou os braços desafiadoramente na frente do peito, arqueando uma de suas sobrancelhas na direção do outro.
— ... – Mingi o analisou quietamente, suspirando fundo. – Tinha. Com aromatizadores e tudo o mais.
Wooyoung fez uma cena dramática digna de um Oscar de atuação, que arrancou do ruivo risadas envergonhadas. Felizmente, depois da loucura inicial, o ritmo de pessoas se normalizando e permitindo que os dois amigos conversassem um pouco mais enquanto seus turnos de trabalho não acabavam, e o loiro sentia que tinha alguma coisa errada, no fundo, mas não sabia o que.
Descobriu quando San não apareceu, nem ligou, e não deu nenhum sinal de vida. Tentou ir até a sua casa, mas estava trancada, e sua chave não girava na maçaneta. O Jung se afastou, confuso, os lábios apertados numa linha fina de preocupação. Conteve toda a sua força de vontade para não quebrar um daqueles vidros da janela e entrar mesmo assim, mas acabou respirando fundo e dando as costas para seguir o caminho de volta.
[14:14:42] Woo-ie: San?
[15:28:50] Woo-ie: Sannie? Está tudo bem?
[15:29:32] Woo-ie: Você não apareceu hoje..
[17:47:18] Woo-ie: Aconteceu alguma coisa?
[19:00:37] Woo-ie: ... Sannie?
[22:07:55] Woo-ie: Por favor, me ligue, estou preocupado. :(
Se Wooyoung soubesse, teria interferido no que estava acontecendo. Imediatamente. Se tivesse desconfiado de como tudo parecia calmo demais, se tivesse prestado um pouco mais de atenção. Não tinha.
Esse foi seu maior erro.
Silenciosa e desesperadamente, Choi San pedia socorro.
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woosan; 「casa 77 」
أدب الهواةAchtung - O cachorro negro e a metáfora que cabia perfeitamente no que a vida de Choi San tinha se tornado. depressive!san | +18