XIV

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Wooyoung soltou o ar pela boca com força quando sentiu as costas baterem na parede do lado de dentro da casa.

— Desculpe. – Sussurrou San afobado, recebendo uma negativa breve com a cabeça.

— Não se preocupe. – Respondeu, puxando o moreno de volta pra perto e o abraçando apertado, deixando um breve selar em seus lábios antes de descer pelo seu pescoço, o beijando e mordiscando, às vezes chupando a pele sem força.

E San por um momento era todo suspiros e carícias pelo corpo a sua frente, até tomar seus lábios de novo, o puxando com pressa em direção ao quarto, onde o Jung fez questão de empurrar San para se sentar na cama e logo se sentar em seu colo. Um sorriso mínimo foi trocado antes de Wooyoung se afastar um pouco para puxar a própria camisa e retirá-la, seu tronco nu sendo ocupado pelas mãos curiosas que passaram a acariciar e apertar sua pele como podia. Como queria. E voltaram a se beijar, ofegos pesados escapando vez ou outra, as mãos pesadas na bunda de Wooyoung, que respondia ao puxar os fios pretos e platinados.

Foi quando o loiro começou a tirar a sua camisa, na verdade. Não parecia um problema, San até mesmo começou a ajudá-lo, mas travou no meio do caminho, as mãos começando a tremer, os olhos ardendo.

— Sannie? O que tem de errado? – Perguntou Wooyoung, o tom suave, erguendo a mão para acariciar a sua bochecha com o polegar.

Imagine qual foi a sua surpresa quando San arregalou os olhos e se afastou do toque, as lágrimas agora escorrendo pelo rosto bonito. E ele parecia não saber o que fazer com seu próprio corpo a medida que ficava sem ar. Wooyoung se levantou do seu colo para se sentar ao seu lado; viu San desviar o olhar e apertar os dentes no lábio inferior, incerto.

— Está tudo bem se você quiser parar, você sabe. Eu não vou pedir pra continuar se não se sentir confortável. – Murmurou, recebendo um arquear de sobrancelhas confuso do moreno.

— E você não vai ficar com raiva..?

Wooyoung ponderou sobre a situação. Então, ali estava o motivo dele ter parado, afinal de contas. Sorriu de leve, negando com a cabeça.

— Claro que não, San. Isso tem que ser bom pra nós dois. Eu não posso ser egoísta e pensar só no que eu vou sentir. – O loiro tentou se aproximar mais uma vez. Agora, o Choi deixou com que ele se aproximasse, mesmo um pouco relutante. Se encolheu com a carícia em suas costas, mas não se afastou.

— Eu sinto muito, Woo.

— Não, ei. Uma coisa de cada vez, certo? Nós vamos com calma.

— Eu quero fazer isso com você. – San respirou fundo, passando as mãos pelo rosto. Wooyoung voltou a pensar no que tinha dado errado.

Então, deslizou seus dedos até segurar a mão do Choi, se afastando na cama e o puxando junto, o trazendo calmamente para que pudessem se deitar, o corpo de San por cima de Wooyoung, que o acolheu carinhosamente entre as pernas. O moreno soltou um riso abafado.

— Isso muda as coisas, não é? Estar sob controle. – Disse o loiro baixinho, se apoiando num dos cotovelos para encostar os lábios no canto da boca de San, que assentiu veemente.

— Isso definitivamente muda as coisas.. – Respondeu no mesmo tom, fechando os olhos quando os dedos do Jung se entrelaçaram aos fios platinados, e suas bocas estavam juntas novamente, por um curto período de tempo, porque logo a camisa do moreno foi esquecida.

Wooyoung usou toda a sua força de vontade para deixar que San descobrisse seu corpo no próprio ritmo, mas no final, não poderia ter tomado outra decisão melhor, porque, por Deus, a boca de San entre as suas pernas era tudo em que ele conseguia pensar dez ou quinze minutos depois, enquanto se revirava na cama, os dedos firmes nos cabelos pretos e pratas. San achava que seria ruim nisso por não ter experiência; mas Wooyoung não parecia querer reclamar, com o corpo suando e os lábios vermelhos entreabertos, deixando escapar seus gemidos baixinhos, enquanto mantinha seus olhos fechados com força.

woosan; 「casa 77 」Onde histórias criam vida. Descubra agora