Epílogo - Always

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A Herdeira de Hécate

And I will love you baby alwaysAnd I'll be there forever and a day alwaysI'll be there till the stars don't shineTill the heavens burst and the words don't rhymeAnd I know when I die you'll be on my mindAnd I'll love you always

Epílogo – Always (Bon Jovi)

- Aqui está, obrigada. – agradeceu Nico, entregando o dinheiro ao taxista.

Ele ficou meio desconfiado quando pedimos para ele parar no meio do nada, mas logo deu de ombros e seguiu seu rumo. Nova-iorquinos eram mesmo assim. Assim que o taxi já estava fora de vista, começamos a seguir em direção à Colina Meio-Sangue, onde já podíamos ver o dragão guardando a árvore de Thalia.

- Uau! – Chad ainda parecia impressionado com a nossa história. – Quer dizer que você realmente tentou se matar? E que o papai foi um idiota quando ignorou o primeiro beijo de vocês?

Eu ri de seu comentário, enquanto Nico corou – eu já não sabia se era de raiva ou de vergonha.

- Olha, filho, não foi bem assim. – resmungou Nico.

- Mas foi quase. – eu resmunguei de volta, e Chad riu alto ao ouvir-nos.

- Eu gostei da história, quero ouvir ela mais vezes! – Chad exclamou, virando-se para nós com os olhos vermelhos brilhando.

Eu abri um sorriso para meu filho. – Pode deixar que irem contar sempre que quiser.

Chad abriu um sorriso imenso. Mais alguns passos e passamos pela fronteira de proteção do Acampamento. Tudo continuava igual. A casa enorme de três andares e azul. O Pavilhão, o Anfiteatro, a Arena, a Forja, a parede de escalada, o lago, a quadra de vôlei, a floresta, o estábulo, a área dos Chalés. Até mesmo o cheiro dos morangos no ar. Um sentimento de volta ao lar me inundou. O Acampamento Meio-Sangue é e sempre será um dos meus lares mais queridos.

- Posso ir, mamãe? – Chad me perguntou, e eu sabia que assim que eu permitisse, ele sairia correndo pelo Acampamento atrás de Clark e Lindsey.

Olhei para Nico e ele assentiu. Então não vi problema nenhum.

- Só me entrega sua mochila. Vamos deixar no Chalé 20. – eu disse a Chad.

Ele logo me entregou a mochilas, às pressas, e correu colina abaixo em direção à área comum entre os Chalés. Às vezes eu ficava preocupada de deixá-lo perdido por aí, mas Chad era responsável e não sairia das fronteiras sem nós. Enquanto descia a colina calmamente, senti Nico envolvendo minha cintura com um braço e me abraçando de lado.

- Não se preocupe tanto. – ele disse, levando o polegar até meu cenho franzido. – Ele sabe se cuidar.

- Eu sei que sabe. – eu respondi, abrindo um sorriso torto. – Mas eu sou mãe, acabo me preocupando.

Fomos em direção ao Chalé de Hécate. Abri a porta de metal roxo e entrei naquele ambiente que se tornara tão comum para mim. Tudo também continuava igual. As paredes e o teto feitos para reproduzir o céu à noite, com todas as estrelas e a Lua negra brilhando logo onde deveria ser a lâmpada. Quatro camas comuns de solteiro deixavam uma espécie de cruz no centro do Chalé estava representado a divindade das encruzilhadas.

Uma estante que ia do chão ao teto, cheia de livros, frascos abertos e outros fechados com alguns ingredientes exóticos dentro. Ao lado da estante estava um pequeno caldeirão e eu sabia que ali eu poderia fazer as poções que eu quisesse. Onde deveria ser a janela, havia um grande vão arroxeado. Havia um painel com o desenho de um cão com três cabeças logo acima da cama que ficava em frente à porta, onde se via escrito as palavras lunar, infernal e marinha, com três diferentes caligrafias.

A Herdeira de HécateOnde histórias criam vida. Descubra agora