Haru

6.2K 741 480
                                    

[...] 

Hashirama: ─ Tobirama, cheguei! ─ Corri e me joguei no sofá. 

Tobirama: ─ Que cara é essa? Você parece que correu pela Konoha inteira. 

Hashirama: ─ Ah, eu tô muito cansado. Foi quase isso, mas ao invés de correr, andei. Ah! Você achou ele? 

Tobirama: ─ É, você estava certo. 

Hashirama: ─ Eu não disse? 

Tobirama: ─ Mas onde foi que esse cachorro achou o despertador para estraçalhar ele todo? 

Hashirama: ─ Sei lá. Não duvide mais de mim quando eu disser que o cachorro comeu o meu despertador. Agora vou tomar um banho, até daqui a pouco. 

Tobirama: ─ Espera! 

Hashirama: ─ O que foi? 

Tobirama: ─ Eu percebi, tá? 

Hashirama: ─ O quê? 

Tobirama: ─ Você não acha que é muita coincidência? Escolher uma casa de andar que dá para ser vista da sala do Hokage, ainda mais com o Madara por perto? 

Hashirama: ─ O que está insinuando? Nós precisamos ficar perto dela, já que somos as únicas pessoas que ela conhece em Konoha. Por isso que aquela casa foi escolhida em um ponto estratégico. 

Tobirama: ─ Se você diz. 

Hashirama: ─ Bem, é isso. E agora vou tomar o meu banho. 

Os dias se passaram e nós três sempre que podíamos, fazíamos companhia para s/n. Ela ficava mais com Madara e Tobirama, eu quase não tinha tempo para ir visitá-la. Felizmente, ela não adoeceu por estar em outro país, ela até que conseguiu se adaptar bem. 

Bom, nada de novo aconteceu, era sempre a mesma rotina: Eu com muito trabalho, Tobirama me ajudava com alguns favores e o Madara, sempre que podia, tentava flertar disfarçadamente com a s/n. Confesso que sei disso porque, às vezes, eu ficava olhando da janela do escritório. A janela do quarto dela sempre ficava aberta, então, dava para saber o que acontecia lá dentro.

Dediquei a semana toda no trabalho para conseguir um dia "livre". Não totalmente livre, se tivesse alguma emergência, eu teria que voltar imediatamente para o escritório. Mas, hoje, é o dia que a s/n vai poder sair daquela cama. 

Era 08:00 da manhã quando peguei o Haru-chan e fui dar uma volta com ele. Ontem, Tobirama, Madara e eu, marcamos de nos encontrarmos na casa dela no mesmo horário, às 09:30 AM. Nesse meio tempo, fui até o armazém de armas ninjas. Ele fica um pouco distante da Vila, por isso que fui mais cedo.

Acabei perdendo a hora e nem deu tempo de deixar o Haru em casa, tive que levá-lo. Deixei-o amarrado na área de serviço e entrei. Tobirama e Madara já estavam me esperando na sala.

Tobirama: ─ Até que enfim, hein? Achei que tinha desistido de vir. 

Hashirama: ─ Foi mal ae, gente. Vamos subir? 

Madara: ─ Vamos. ─ Quando entrei no quarto, a s/n veio correndo para me abraçar e o impacto foi tão forte, que me desequilibrei e nós dois fomos parar no chão. 

Hashirama: ─ O que você tem que está toda elétrica? ─ Ela estava por cima de mim, os nossos rostos ficaram bem próximos e eu já estava ficando nervoso com aquela situação. Ela ficou surpresa e tratou de se levantar.

S/n: ─ Desculpa, Shodaime-sama. É que eu estou muito feliz em poder andar. ─ Ela estendeu a mão e me ajudou a levantar ─ Já não aguentava mais aquela cama. E Você nunca mais veio aqui e...

Tobirama: ─ Não vai me derrubar, né? ─ Falou em tom de brincadeira. 

S/n: ─ Claro que vou! Tô brincando ─ Sorriu ─ Bom dia, Tobirama-sama! ─ Ela o abraçou e deu um beijo no rosto dele, depois fez a mesma coisa com Madara. 

Tobirama: ─ S/n, como você faz uma coisa dessa comigo? Tem que me tratar com um pouco mais de formalidade. ─ É isso aí, mano, está certíssimo. 

S/n: ─ Desculpa, Tobi. Isso não vai mais se repetir, é que eu estou muito animada. 

Tobirama: ─ "Tobi"? 

S/n: ─ Eu quis dizer, Tobiii… rama-sama. 

Tobirama: ─ Agora sim, melhorou. 

Madara: ─ S/n, eu não senti direito, pode fazer de novo? 

S/n: ─ Claro! Hoje estou muito boazinha. 

Hashirama: ─ S/n, trouxe algo para você. 

S/n: ─ Ah, o que é? ─ Ela já estava próxima do Madara, quando desistiu e voltou para ver o que eu tinha trazido. Vi a cara de decepção dele quando o fiz perder um beijo dela.

Hashirama: ─ Aqui está ─ Entreguei as duas armas na mão dela. 

S/n: ─ Isso é… 

Hashirama: ─ Isso mesmo, uma kusarigama e uma katana. 

S/n: ─ Elas são lindas, mas… eu não posso aceitar. 

Hashirama: ─ E por que não? 

S/n: ─ Hokage-sama, você já gastou demais e, isso parece ter sido bem caro. Obrigada, mas eu não posso aceitar. 

Tobirama: ─ S/n, isso é para te motivar a seguir com o seu sonho. Você não quer que ele volte lá e devolva tudo, quer? E além do mais, seria uma desfeita comigo também, pois eu ajudei com dinheiro. Por favor, aceite. 

S/n: ─ Só se eu puder pagar por elas depois. 

Hashirama: ─ Combinado. 

Tobirama: ─ Aqui, você pode usar a kusarigama e a katana para treinar. Ninguém vai te impedir. 

S/n: ─ Muito obrigada, vou treinar bastante. 

Madara: ─ Pega leve, você acabou de voltar a sua rotina normal. 

S/n: ─ Sim, senhor. 

Madara: ─ Mas que sonho é esse que vocês estão falando? 

Hashirama: ─ Ela quer ser a melhor samurai. 

Madara: ─ Mas não existe mulheres samurais. 

Hashirama: ─ Ela vai mudar isso, não vai, s/n? 

S/n: ─ Claro que vou! Gente, me ajudam com o meu treinamento, quero estrear as armas. 

Tobirama: ─ Agora não dá, vou ter que sair daqui a pouco. Só vim para ver como você estava. 

Madara: ─ Eu queria muito, mas também não posso. 

S/n: ─ Vamos Hashirama-sama, eles não querem vir com a gente. ─ Ela pegou no meu braço e saiu me puxando. Depois se escondeu atrás de mim quando viu o Haru-chan. 

Hashirama: ─ O que foi? Você tem medo de cachorro? 

S/n: ─ Isso é um cachorro? 

Hashirama: ─ Você nunca viu um? 

S/n: ─ Não. Em Tetsu no Kuni não existem desse tipo, eles não aguentariam o frio. 

Hashirama: ─ Você pode estar confundindo com um outro tipo de animal. Pode vir, ele não morde. 

S/n: ─ Tá, eu vou tentar. ─ Aos poucos, ela foi se aproximando. Agachei e comecei a fazer carinho nele. A s/n queria fazer a mesma coisa, peguei na mão dela fazendo com que ela chegasse um pouco mais perto do Haru. No mesmo instante, senti algo parecido como um choque percorrer pelo meu corpo. Ignorei isso e voltei a minha atenção para o cachorro. 

Hashirama: ─ Viu, s/n? Não precisava ter medo, ele não faz mal para ninguém. 

S/n: ─ Realmente. Ah, ele é muito fofo! Não é Haru-chan? ─ O cachorro soltou um latido como se confirmasse algo. 

Hashirama: ─ Acho que ele gostou de você. 

S/n: ─ Eu também gostei muito dele. 

Um Amor Quase Inatingível 《Hashirama》Onde histórias criam vida. Descubra agora