Mau presságio?

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Voltando para casa, o coelhinho se assustou com um latido e pulou dos meus braços. Até eu me assustei quando vi o tamanho do cachorro que estava em pé no portão. Corri atrás do coelho que nem uma louca e até esbarrei em algumas pessoas, mas o coelho é minha prioridade, vou atrás dele aonde estiver.

De longe, vi Madara. Ele voltava no sentido contrário e pegou o animalzinho que já estava rente aos seus pés.  

Madara: ─ É seu, s/n? ─ Dizia se aproximando de mim. 

S/n: ─ É sim Mada-sama, obrigado por ter pegado ele. 

Madara: ─ Desde quando você tem um coelho?  

S/n: ─ Desde hoje ─ Sorri ─ Vai ser o meu animalzinho de estimação. A propósito, sabe o que ele come? 

Madara: ─ Sei. Vamos até um comerciante, vou lhe mostrar tudo o que ele come. 

S/n: ─ Você não estava indo no sentido oposto, você não ia a um outro lugar? 

Madara: ─ Posso ir mais tarde. Venha, também vou te levar até uma agropecuária, acho que o Hashirama ainda não te levou até lá. 

S/n: ─ Não, ainda não.

• • •

Aqui s/n, eles comem cenouras, couves, pepinos, algumas frutas como maçã e banana, entre outras coisas. Eu acho que você tem que dar comida a ele quatro vezes ao dia. Bem, você vai perceber se ele ficar com fome. 

─ O que vão querer levar? 

Madara: ─ Um kilo de cada coisa que falei, senhor. 

S/n: ─ Não vamos querer nada, obrigada oji-san. ─ Falei empurrando Madara. 

Madara: ─ Por que fez isso?

S/n: ─ Olha aqui seu doido, isso é muita coisa e eu não trouxe dinheiro. Saí correndo de casa para treinar e nem peguei nada além da minha katana. 

Madara: ─ Não se preocupe, você me paga depois. 

S/n: ─ Como? Eu nem tenho trabalho. 

Madara: ─ Depois você dá um jeito, eu só não quero ver o coelho passando fome. 

S/n: ─ Tá bom. ─ Agora foi a vez do Madara me empurrar até a banca do comerciante. 

Madara: ─ Voltamos, vamos querer tudo o que pedimos há pouco. 

Depois de pago, Madara estava com umas quatro sacolas: duas em cada lado. Parecia estar bem pesado. 

S/n: ─ Quer ajuda? 

Madara: ─ Não precisa ─ Sorriu. 

S/n: ─ Tem certeza?

Madara: ─ S/n, eu estou bem. Só se concentre em levar o animal, vai que ele escapa de novo. 

S/n: ─  Onde vamos mesmo? 

Madara: ─ Na agropecuária. 

S/n: ─ O que vamos fazer lá? Já não temos tudo que precisamos? 

Madara: ─ Onde você acha que o coelho vai dormir? 

S/n: ─ Não faço ideia. 

Madara: ─ Então, precisamos de uma gaiola e alguns potes para colocar a comida dele. 

• • • 

S/n: ─ Quê! ─ Gritei. 

Madara: ─ O que foi? 

S/n: ─ Isso tá muito caro ─ Sussurrei no ouvido dele. 

Madara: ─ Eu sei, mas esse é o único lugar que vende. Depois você me paga. 

S/n: ─ Daqui a pouco vou estar mais endividada do que já estou com você. 

Madara: ─ Vou cobrar juros. 

S/n: ─ Não vai não! ─ Dei uma cotovelada nele. 

Madara: ─ Ei! Cuidado com o bicho, você quase o deixou cair. Quer deixar ele manco é? 

S/n: ─ Não, ainda bem que não aconteceu nada com o meu filho. 

Madara: ─ "Filho"?

S/n: ─ É, ele vai ser o meu filho. 

Madara: ─ E eu posso ser o pai? 

S/n: ─ Tava demorando com as suas brincadeiras, né, Mada-sama? 

─ O que vão pedir? ─ A atendente se mostrava amigável com um enorme sorriso. 

Madara tomou um ar sério e pediu pela gaiola. Eu queria tanto rir, mas infelizmente aguentei. Essa mudança de expressão, nem parecia que ele era um brincalhão por trás daquele rosto frio e cético. 

Madara: ─ Pronto, agora vamos. 

S/n: ─ Dessa vez, Mada-teimoso, vou te ajudar com a gaiola. ─ A peguei da mão dele e a levei com o coelho dentro. Só assim, ele não iria correr assustado se caso um outro cachorro ou algo aparecesse. 

Madara me deixou em casa e seguiu seu rumo. Dei cenouras ao coelho. Enquanto ele comia, eu o observava. Ele é tão fofo, ainda bem que o Hashi conseguiu recuperá-lo, agora sim vou saber como é ter uma animal de estimação. 

Mais tarde, fui para o mesmo lugar que treinei com o Shodaime-sama. Eu preciso fazê-lo suar, e para isso, vou melhorar ainda mais.

Várias horas antes…


P.O.V ON: HASHIRAMA 

─ Aniki, está aí? ─ Tobirama batia na porta. 

Hashirama: ─ Estou, entra. 

Tobirama: ─ Finalmente chegou, já estava ficando preocupado. ─ Dizia fechando a porta. 

Hashirama: ─ Esqueci de avisar, mas hoje fui treinar a s/n. Por enquanto, vou ser o professor dela.

Tobirama: ─ Você e essa mania de fazer os gostos dela, vai deixá-la mal acostumada. 

Hashirama: ─ Só estou ajudando. Então já fique ciente que todos os dias, vou chegar a essa hora mais ou menos. 

Tobirama: ─ O lado bom é que vou poder dormir mais. 

Hashirama: ─ Preguiçoso ─ Ri. 

[...]

P.O.V ON: S/N 

Hashirama: ─ S/n, você vai conseguir, só basta acreditar em si mesma.

S/n: ─ Mas está demorando tanto ─ Reclamei. 

Hashirama: ─ S/n, você só está há dois dias treinando. Vamos, mais uma vez, venha com tudo. ─ Antes de eu pegar a espada das minhas costas, uma nuvem escura apareceu junto com uma língua gigante de um bicho que agarrou Hashirama e o levou para longe. 

S/n: ─ Nãoooooo! ─ Gritei, agora não tinha mais nada: tudo era branco. 

Sonhei de novo com o Shodaime, mas dessa vez, foi um pesadelo. Levantei abruptamente e notei que eu estava um pouco suada e ofegante, olhei para o despertador e vi que já estava na hora de me arrumar para o segundo dia de treinamento. 

O que será que esse pesadelo significa? Será um mau presságio? Ah, espero que não, é só um pesadelo. Eu só quero esquecer isso, apenas vou me concentrar em outras coisas. Falando em outras coisas, vou levar o coelho comigo, não quero deixá-lo mais uma vez sozinho em casa. 

Um Amor Quase Inatingível 《Hashirama》Onde histórias criam vida. Descubra agora