A história de Caroline

Capitulo 13

Queria conversar com ele mais ele nem olhava pra mim, a dor no peito que sentia e tão envergonhada que eu estava, eu olhava pra ele mais ele estava cego demais pra olhar pra mim ou eu estava invisível ali.

O ônibus chegou e pra piorar só sobrou um lugar vago pra duas pessoas, querendo ou não tivemos que sentar juntos, o silêncio me destruía, abri meu pacote de balas, a bala que ele ama, ofereci e ele negou, só disse "não obrigado", antes nem precisava de oferecer, pois ele mesmo ia na minha bolsa procurando a bala, éramos muito íntimos, tenho saudades das selfies que tirávamos no ônibus quando o vento batia nos meus cabelos tirávamos fotos zuadas, nesta longa caminhada só vinha lembranças só saudades.

De repente olho pra ele ele estava chorando 💔, disfarçando mais dava pra ver que não estava conseguindo segurar as lágrimas, isso partiu meu coração, me fez chorar também, sorte é que sentamos no fundo, ninguém viu. 

Devido o calor e o sol estava quente, colocamos óculos escuros para disfarçar, não sei como ele também teve a mesma idéia do que eu, chegamos lá, como sempre foi muito abençoado o trabalho, ouve batismos nas águas 10 pessoas decidiram se batizar; a cada dia a FÉ dessas pessoas eram fortalecidas, a palavra foi forte, muitos se libertaram dos vícios, depois tivemos mesas de atendimento, foi muito gratificante o trabalho que até eu me senti bem,  percebi isso no obreiro Samuel também, estava recebendo as pessoas com um sorriso enorme.

Voltamos para casa mais desta vez não sentamos juntos, ele sentou mais na frente e eu mais no meio, não tinha lugar vago para duas pessoas.

Peguei meu fone de ouvido e fui ouvir a palavra amiga do bispo Marcedo , meditava em cada palavra que ouvia.

Chegando em casa fui dormir, terei que voltar a noite, hoje é eu na EBI, quando acordei tinha msg de Fernando falando que saiu do CPO segundo ele, viu muita injustiça, mais dois foram levantados hoje de manhã na reunião principal e ele ficando, li e não respondi nada, não quero conversar, tomei um banho, fui na lanchonete comer alguma coisa e de lá pra igreja. 

Cheguei lá faltava 1 hora pra começar a reunião, não tinha ninguém, fui limpar o salão, preparar as  coisas pra EBI e depois fiquei na porta da igreja. Meia hora depois uma jovem até então é firme na igreja, é de outra tribo da FJU, ela me chamou pra conversar. 

Abatida dizendo que voltou a praticar o pecado novamente que não resistiu, perguntei qual pecado ela disse masturbação e prostituição, quando ela falou isso o diabo soprou na minha mente: "como você vai ajudar ela se você também faz o mesmo?" ,  escondi os meus erros e falei a verdade sobre o pecado; falei aquilo que serviria pra mim, mais eu estava orgulhosa demais para isso, para mim estava muito normal, quase falei pra ela que isso é normal, mais minhas palavras ajudou, depois dessa ela chamou o pastor dizendo que queria se batizar naquele momento. 

Na escola já não era mais a mesma, era concentrada e agora gosto de ouvir várias novidades sobre a festa, meu Deus o que há de errado comigo.

Três dias depois lá estava eu novamente na casa de Fernando, ele se afastou da igreja, disse que Deus está em todos lugares, ele vai continuar buscando a Deus, só que, em casa e não na igreja, novamente cometi o erro.

Uma semana depois Daiane dá a notícia de que o casamento dela foi liberado para daqui dois meses, ah Daiane, minha obreirinha, quero tanto te pedir ajuda mais tenho medo muito medo, guardar dentro de mim me sufoca eu não aguento mais.

Por fora estou sorrindo e cuidando das pessoas, mais por dentro nem sei explicar nem com letras o que estou sentindo, o diabo está conseguindo, ele está me destruindo.

Samuel continua com aquele sorriso lindo, voltamos a conversar mais é só o necessário, ele já não é o mesmo comigo, mesmo assim isso me machuca, pois depois daquele dia ele passou a aproximar das meninas que ele evitava por amor a mim, ele me queria como esposa.

Me queria ou ainda me quer? 

Vou dar um fim nisso. 

Continua...