Príncipe Jin

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Estava tudo acertado, eu casaria em duas semanas. É, rápido assim, parece que o príncipe Seokjin já estava atrasado dois anos para casar, a idade de um príncipe para casar é dezoito anos... Ele já tinha vinte. Aparentemente estava me esperando.
Minha mãe foi tratar dos preparativos com a rainha, e o rei foi tratar de alguns pedidos do reino. Enquanto isso, eu fui obrigada a passear pelo palácio com o príncipe Seokjin.
Para completar, Yoongi e um outro inverno andavam atrás de nós dois, um pouco afastados mas perto o suficiente para ouvir.

— É sempre assim? — Perguntei. Ele me olhou confuso. — Os invernos.
— Te incomoda?
— Você não? Yoon é meu melhor amigo, me incomoda vê-lo agir tão submisso.
— Meu inverno não fala muito comigo.
— Ou talvez você não fale com ele.

O príncipe pareceu pensar e então parou.

— Liberados.
— Vossa majestade, deseja isso mesmo? — Yoon olhou apreensivo para mim. O príncipe assentiu. — Como quiser.

Yoon e o outro inverno foram embora. Olhei para o príncipe sem entender.

— Estava te incomodando. — Ele esclareceu e estendeu o braço. — Podemos caminhar sozinhos, não? Nós dois temos pernas.

Isso me fez rir. Talvez ele não fosse de todo mal... Talvez ele nem quisesse casar comigo.

— O que você acha sobre o casamento?
— É a primeira vez que falo com você, acho uma loucura.
— Então você não aprova?
— Não.
— Meu Deus, você tem que dizer isso ao seu pai e...
— Não posso, s/n... Posso te chamar assim?
— É o meu nome. — Dei de ombros. — Mas por que não? Você é o príncipe.
— É só um status que eu nem gosto na verdade.
— Mas príncipe Seokjin...
— Só Jin, por favor.
— Jin. — Repeti me sentindo estranha. — É a sua vida e a vida de todo o reino, não serei uma boa rainha.
— Você não entende não é? Nós dois não iremos comandar nada... Apenas quando o meu pai morrer, o que não acontecerá tão cedo.

As fadas podem viver por anos e anos, seríamos imortais se não adoecessemos ou pudéssemos ser feridas.

— Então está preso como eu.
— Podemos fazer isso dar certo, não gostamos um do outro, mas podemos ter uma amizade.
— Podemos? Então, você é meu amigo?
— Eu adoraria isso, ninguém fala comigo, a não ser meu pai e minha tia.
— Certo. — Respirei fundo. — Então me ajude com uma coisa.

Era loucura confiar no Jin sendo que eu não o conhecia, mas eu sabia que minhas chances de fazer o que eu queria eram muito maiores com ele do que com meus pais.
Na verdade, eu pretendia exigir isso como presente, talvez com o Jin, eu nem precisasse brigar com meu pai.

— Farei o que estiver ao meu alcance.
— Preciso que me ajude a ir além do portal.

Jin arregalou os olhos e olhou ao redor para ver se não estávamos sendo observados, havia alguns invernos e verões rondando mas não pareciam notar a gente.

— Vem comigo. — Ele me puxou.

Começamos a correr na metade do caminho, não sabia para onde ele estava me levando, mas segui mesmo assim. Entramos em uma espécie de salinha, Jin trancou a porta.

— Está escuro... Onde estão os vagalumes?

Eles eram os responsáveis pela iluminação, além da lua, claro.

— Não precisamos deles. — Ouvi sua voz pouco distante. De repente tudo ficou claro. Tão claro que parecia dia dentro daquela sala. — Aqui tem energia.
— Energia? — Eu o encarei. — Tipo... Energia dos humanos?
— Exatamente. — Ele sorriu. Jin foi até um armário e tirou uma coisa cinza de lá, depois veio até mim e estendeu a coisa de metal. — Pegue.
— O que é isso?
— Um notebook. Foi confiscado da casa de um outono esses dias.
— Um outono?

Só os invernos tinham acesso aos portais, como um outono conseguiu algo assim?

— Alguns invernos estão buscando coisas do além portal para as fadas e os elfos. Eles cobram dinheiro e favores.
— Se é proibido usar isso, por que está me dando?
— É melhor do que ir para . — Ele pronunciou o lá em um sussurro como se o além portal fosse um monstro.
— Não. — Lhe devolvi o pedaço de metal. — Vou ir para além portal, você me apoie ou não.
— S/n, você não pode! É proibido! Por favor fique com o notebook e veja as imagens, irá alegrar você.
— Imagens... Tem imagens deles?
— Tem.

Finalmente eu ia saber se eles são monstros como minha mãe contou.

— Então ficarei com ele. — Peguei o notebook de suas mãos e o abracei. - Obrigada.
— Considere um presente, não se faz dezoito anos todos os dias. — Ele sorriu. — Só peço que mantenha sigilo e que por favor, pense sobre querer sair de Avalon.
— Você não contará a ninguém, certo?

Me sentia estúpida por ter confiado em um estranho, se meu pai não me desse isso de presente, eu tentaria sair de qualquer jeito... Jin poderia me denunciar.

— Tem a minha palavra. — Ele pôs a mão sobre o peito.

A palavra de uma fada e de um elfo valia mais que qualquer moeda, por isso fiquei feliz em ele dizer isso.

— Seremos bons amigos, Jin.
— Não se você fugir.
— Não quero fugir, só quero... Ver o lado de fora.

Ele pareceu querer dizer alguma coisa, mas de repente Yoon e o outro inverno surgiram na pequena sala, através de um portal.

— Vossa majestade sumiu! — O inverno disse preocupado. — O rei disse para não sumir dessa forma.
— Jaehwa, eu apenas queria passar um tempo com a minha noiva... E pedir demais querer ter privacidade?
— Privacidade tem limite. — Yoon resmungou.
— O que disse? — Jin o encarou.
— Nada. Vossa majestade. — Yoon sorriu. — Vamos s/n.
— Você não manda na sua protegida. — Jin o impediu de encostar em mim.
— Tente me impedir de novo, principezinho.

Yoon simplesmente abriu um portal e me puxou para entrar junto com ele. Num piscar de olhos, estávamos em casa, minha casa.

Um Amor Mágico - Imagine JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora