Um Amor Mágico - Imagine Jimin

Tudo Acaba Bem

Ela tinha ido embora. Eu devia imaginar que isso aconteceria, Soon tinha razão em dizer que conhecíamos bem um ao outro, uma das coisas que temos em comum é a timidez. Ela era incapaz de falar comigo depois de tudo aquilo.
Eu não sabia se ela voltaria e meus amigos se recusavam a dizer já que eu tinha machucado a Soon de certa forma.
Nos primeiros dias a paz voltou a sorrir para mim. Acordar, chegar no colégio e sentar sozinho, sair para almoçar sem ninguém para me incomodar, trabalhar sem ninguém no meu pé perguntando o que eu estava fazendo e sem surpresas de última hora como aparecer do nada na minha casa. Era o paraíso.
Só que isso durou três dias, eu comecei a me sentir para baixo e passei a procurar mais meus amigos, claro que cada um tinha suas obrigações, suas rotinas, nem sempre nossos horários de almoço combinavam. Comecei a sentir falta da Soon, de um jeito absurdo.
Passaram semanas e todos achavam que eu estava depressivo ou algo assim, até que Kook brincou dizendo que era porque a Soon tinha ido embora. Foi aí que eu percebi que estava apaixonado.
Seu beijo não saía da minha cabeça, eu não queria ter apenas a sua companhia novamente, eu queria tê-la por completo, de todas as formas. Eu amava a Soon, talvez há muito tempo mas só tenha me dado conta agora.
Eu não estava nem ligando mais para a porcaria da história da princesa Valentine, Avalon que me perdoasse mas eu queria sim ter um relacionamento com uma humana. Com a Soon.
O amor é imprevisível, surge do nada, sem motivo e sem hora marcada. Simplesmente chuta a porta do coração e entra te fazendo ficar completamente louco por alguém.
Louco. Essa palavra me definia bem já que eu passava horas acordado durante a noite, não conseguia dormir pensando se um dia eu a veria novamente. Ainda usava a minha pulseira mas duvidava que ela usasse ainda, queria que de alguma forma ela tivesse esquecido de tirar pois assim saberia que meus sentimentos haviam mudado.

— Yoongi? — Escutei um Jimin impaciente me chamar. — Você está bem?
— Ahn? Estou, estou sim. Disse alguma coisa?
— Perguntei se vai querer jantar lá em casa hoje.
— Vou sim, é bom companhia.
— Você gosta de companhia desde quando? — Ele riu.
— Sei lá, ando me sentindo meio solitário desde...
— Desde?

Eu podia confiar nele certo? Era meu melhor amigo. Talvez ele caçoasse de mim e dissesse "eu te avisei" mas isso fazia parte da amizade também.

— Desde que a Soon foi embora. — Confessei. Respirei fundo. — Acho que gosto dela, Jimin.
— Ele acha que gosta dela. — Jimin balançou a cabeça em negativa. — Você claramente está caidinho pela Soon.
— Também não precisa... —. Ele ficou me pressionando com um olhar de sensatez. — Ok, eu estou caidinho por ela.
— Pode admitir isso na frente da s/n? —. Eu o olhei questionador. — Apostei com ela.
— Sério? —. Ele assentiu e eu acabei rindo. — Certo. Você ficou do meu lado, não é?
— É... A aposta era se você gostava ou não, eu disse que bom... Você gostava. — Ele riu. — Mas foi bom porque eu estava certo!
— Porra, está tão na cara assim?
— Bastante.
— Uma pena que eu nunca mais vá vê-la.
— Não cante derrota antes da hora, hyung.
— Não seria vitória?
— Você entendeu. Agora vamos logo jantar, estou morrendo de fome.

Eu abri um portal e assim fomos para a sua casa. Devo esclarecer que s/n e Jimin não moram no palácio, eles até tem um lugar lá mas preferiram morar com todo o povo de Avalon. A casa deles não era tão longe da casa dos pais da s/n o que ela nem lamentava já que seus pais viviam no palácio.
Eles também tinham uma casa no Além Portal que agora era como uma segunda casa para as fadas... Era incrível mas também era uma segunda casa para mim.

— Yoon! Você veio! — S/n me abraçou ao me ver.

Eu a apertei. Seu abraço ainda era o melhor. Eu ainda a amava mas agora entendia o que significava esse amor, não era um amor como o dela com o Jimin, era diferente, me confundiu muito e era compreensível, uma ligação de uma fada com seu guardião sempre foi muito forte.
Ultimamente andávamos ocupados demais, ela tinha obrigações como rainha e mal podíamos nos ver direito.