60 segundos.

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hey,gente! gostaria de agradecer a todo mundo que esta lendo e dando as estrelinhas nos capítulos, isso me anima demais porque eu sou bem insegura com isso de escrever e é minha primeira fanfic...uma dúvida, vocês tem preferência com relação aos diálogos? tipo, se preferem que sejam em aspas ou com o _
Por favor me digam o que preferem! Beijos e espero que gostem
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POV CAROL
Só quando Dreicon  entrou no carro me olhando preocupado que eu me toquei que estava prendendo a respiração. Caralho, o que eu tinha acabado de ler? meu cérebro estava a 1000 por segundo, eu tentava formular uma explicação meramente normal lendo aquelas mensagens mas tudo parecia tão.... surreal?
_Ei, o que ta fazendo com meu celular?
   Ele perguntou com os olhos meio arregalados e aí eu confirmei. Realmente tinha alguma coisa muito errada acontecendo. Tive que fazer todo o esforço do mundo para conseguir falar:
_Eu só estava vendo o horário...
    Falhei na tentativa de fingir normalidade, minha voz saiu como um fio bem fininho e eu tinha certeza que Dreicon havia reparado já que franziu a testa e respondeu me olhando no fundo dos olhos:
_E que horas são?
Oh, merda...
_Eu...
Antes que eu formulasse qualquer desculpa idiota alguém me bateu no vidro do carro, Dreicon pareceu assustado e se virou para ver um dos funcionários do posto avisando que estávamos atrapalhando a fila de carros. Eu podia ouvir a voz do meu namorado no fundo falando com o funcionário mas a única coisa que minha mente processava era a imagem daquelas mensagens.
Ok, ele estava me traindo? Era isso? "Você esta apaixonado por ela", ELA QUEM? E por que a Dayane saberia de algo assim? Por que a Dayane estaria chamando o Dreicon de Dayane? ela sabia da traição? E se ela queria matar o Dreicon por isso era porque deveria ser com a...
_Sinto muito por hoje.
Dreicon interrompeu meus pensamentos mas mesmo assim eu não virei o rosto para o olhar nos olhos, se o que eu estava cogitando era verdade eu não sabia se poderia olhar para ele novamente.
_A Day e eu não estamos nos entendo faz um tempo...sei que eu menti quando disse para você que estava tudo bem mas eu apenas não queria te preocupar.
A voz dele era calma e eu sabia que ele estava falando daquele jeito para me tranquilizar mas a única coisa que eu conseguia pensar é que talvez eu não conhecesse tão bem aquela pessoa em quem eu jurava estar apaixonada.
Não fazia sentido nenhum as minhas suposições, Dreicon e Aline? eles nem ao menos se falavam antes daquela festa na casa do Arthur! sem falar que ela era 100% lésbica...e também tinha a Day, pelas mensagens dava a entender que ela sabia sobre a traição e continuava com o "teatrinho"...ou será que era com a Day que o Dreicon estava me traindo?
Não...eles estavam quase se matando na semana passada...e ela iria me contar algo hoje se meu namorado não tivesse chegado antes...mas isso tudo aconteceu depois de ela dizer que eu e ela éramos... namoradas? Será que ela pretendia dar o troco em Aline e Dreicon ficando comigo? ou eles estavam planejando algum tipo de troca de casais e ninguém me avisou?
_Ela estava meio fora de controle hoje mas o motivo foram apenas discussões sobre a banda dela, eu e ela temos formas diferentes de pensar, sabe?
   Dreicon continuava falando e eu admito que se não tivesse lido as mensagens eu teria sido facilmente convencida por aquele tom de voz suave e olhar preocupado, contudo aquela troca de sms tinha sido o início de algo que nem eu mesma estava entendendo...Mas precisava.
_Você precisa falar alguma coisa para eu saber que esta tudo bem entre a gente.
Senti as mãos do Dreicon reposarem na minha perna em um pedido discreto para que eu desviasse meus olhos do vidro do carro. Respirei fundo..."vamos lá, Carol...vai ver tudo não passou de um mal entendido".
_Eu espero que você e Dayane se resolvam, odiaria que uma amizade tão legal se estragasse por um mal entendido.
Eu finalizei a frase com um sorriso cínico e pude ouvir Dreicon engolindo em seco, ele deu de ombros desconfortável e murmurou alguma coisa que eu não consegui escutar. Virei o rosto novamente para o vidro e me perdi em meus pensamentos novamente...
A história da traição poderia fazer sentido se não fosse as mensagens da própria Dayane dizendo para o Dreicon não encostar a mão em MIM e que o mataria se ele fizesse... será que ele tinha adquirido alguma doença ou algo assim?
Ou será que eu estava indo pelo caminho errado e não tinha nada a ver com traição?
_Hum... você quer que eu ligue o rádio?
A voz de Dreicon encheu o carro e eu apenas dei de ombros. Eu estava com uma vontade enorme de vomitar, não queria ficar nem mais um minuto naquele carro ao seu lado, com aquela merda de olhar preocupado como se não tivesse culpa de nada!
_Sei que você disse que esta tudo bem entre a gente mas sei que esta chateada com toda essa situação e...
_Eu tô bem.
Eu o cortei na mesma hora, quanto mais ele falava mais minha vontade de vomitar crescia. Não era possível que o universo tinha sido tão filha da puta assim comigo, demoro um ano para me apaixonar pelo meu namorado, e quando as coisas estão incríveis eu de repente descubro que ele é um imbecil mentiroso?
Dou uma olhada pelo canto do olho para o garoto ao meu lado e vejo que seus ombros estão abaixados e ele tem uma expressão triste. Desvio rapidamente o olhar antes que comece a me sentir culpada por algo que não fiz.
O resto do caminho até a minha casa foi em total silêncio, eu podia sentir o olhar de Dreicon queimando meu rosto enquanto eu tentava não pensar nas mensagens olhando distraidamente para a paisagem no vidro. O carro parou e eu vi ele abrir e fechar a boca várias vezes, pensando se deveria ou não falar alguma coisa.
Não queria ficar nem mais um minuto naquele carro então virei meu rosto para ele e disse secamente:
_Eu já vou indo, então.
Ele pareceu meio assustado por eu finalmente ter feito contato visual mas quando percebeu que eu estava abrindo a porta segurou meu braço suavemente e falou:
_Você não quer vir comigo para o cinema? a gente pode fazer alguma coisa juntos...
Não posso ficar ao lado do Dreicon sem saber o que realmente esta acontecendo. Sei disso, minha mente sabe disso mas meu coração se despedaça quando vejo seus olhos baixarem quando ele percebe que negarei seu pedido.
_Preciso descansar, estou cansada.
Faço menção de sair e mais uma vez ele se apressa em falar:
_Posso ficar do seu lado na cama lendo para você dormir!
Desvio o olhar do dele porque sei que ele consegue ver meu desejo de que isso aconteça...mas uma voz lá no fundo grita que Dreicon é um mentiroso. E dessa vez eu iria a escutar.
_Já terminei de ler Orgulho e Preconceito.
Coloco novamente a mão na tranca do carro e não fico surpresa quando ele fala novamente:
_Você tem muitos livros na estante, posso ler qualquer um...
Viro impaciente para ele, Dreicon esta quase desesperado para me manter ali, era quase como se ele soubesse que alguma coisa daria muito errado em pouco tempo.... será que ele sabia que eu sabia?
_Eu realmente não quero que ninguém leia para mim.
Abri a porta do carro e sai antes que ele dissesse que poderia tocar Bohemian rhapsody para mim. Mal subo os três degraus da varanda e vejo que Dreicon esta fora do carro e me chamando.
_Eu juro que queria que as coisas fossem diferentes.
O que ele queria dizer com aquilo? eu poderia considerar aquilo como uma confissão de que ele realmente tinha me traído?
_As coisas já estão diferentes.
Ele balança a cabeça em negação e suspira. Queria ser o Edward Cullen para ler o que se passava na mente dele, daria tudo para ter a certeza que estava errada e que ele não era um babaca mentiroso...o cara preocupado e engraçado de semanas atrás não podia ser isso...
_Elas ficaram diferentes...pelo menos para mim...nunca mais serei a mesma pessoa.
Vejo Rafael nos olhar desconfiado pela janela e percebo que essa é minha deixa para sair daquela situação desconfortável.
_Vou entrar, o Rafa já esta começando a bisbilhotar.
Dreicon olha para a janela e da um aceno rápido para o meu irmão, que fecha a cortina. Nossos olhares se encontram novamente e sinto a intensidade... consigo sentir que ele me ama... então...por quê?
_Se cuida.
Foi o que eu disse antes de abrir a porta de casa, vejo que ele mantém o olhar sobre mim, como se estivesse me fotografando uma última vez.
_Vocês terminaram?
É o que o Rafa me pergunta assim que fecho a porta e suspiro pesadamente.
Tínhamos terminado? quero dizer...eu terminaria se descobrisse a verdade? e antes de tudo...como faria para descobrir? Ele certamente não me contaria! e eu nem sabia se realmente era com a Aline que ele estava me traindo! E nem se estava me traindo!
Até onde eu sabia ele poderia muito bem estar fabricando drogas em um trailer depois da aula!
_Não.
Me limitei a responder isso. Sabia que Rafael não era o fã número um do Dreicon e também sabia que eu sempre o defendia, mas hoje eu não sabia de qual lado ficaria então apenas adiei esse combate.
_Então que cara é essa de enterro?
_Essa é a cara que você fica depois de dar aula para 30 crianças do sexto ano em pleno sábado de manhã.
Respondi tentando não soar muito grossa, porém Rafael não pareceu escutar porque estava com os olhos grudados na janela da sala observando algo lá fora.
_Agora nós temos um novo stalker? esse maluco vai ficar lá fora?!
Corri para o seu lado na janela e vi Dreicon dentro do carro, ele falava de forma irritada com alguém no telefone.
_Tem certeza que não terminaram? porque se isso se repetir amanhã mesmo eu peço a ordem de restrição!
Não respondo o Rafael, apenas me direciono para o meu telefone fixo. Não conseguiria lidar com aquilo sozinha, tirando a hipótese da traição o meu cérebro só conseguia pensar em coisas fisicamente impossíveis...e apesar de amar livros com temáticas de magia eu sabia que tudo não passava de invenção.
Portanto não iria tentar buscar justificativas sobrenaturais para explicar toda a esquisitice que estava acontecendo.
Depois do terceiro toque meu salvador finalmente atendeu.
_Alô? Você pode vir para cá?
           ***
_Ok, deixa eu ver se eu entendi... você está querendo insinuar que o Dreicon está te traindo com a ALINE e que a Day sabe de algo e ia te contar hoje?
Eu tinha contado tudo para o Bruno, narrei com todos os detalhes o conteúdo das mensagens, a forma esquisita que o Dreicon tinha agido quando apareceu bruscamente no estacionamento e o olhar de ódio que Dayane lançou para ele...mas agora, com o Bruno dizendo em voz alta parecia que estava tudo errado.
_Com você dizendo assim parece bastante idiota...
Bruno se aproximou de mim na cama e disse ainda me olhando incrédulo:
_É porque é! Quero dizer...a Aline e o Dreicon? Tipo...Ugh!
_EU SEI! eu só consigo pensar que não faz nenhum sentido eles dois juntos mas... você ouviu o que tava escrito nas mensagens!
Eu falei um pouco alto demais, eu tinha o chamado ali para tentar me ajudar a entender mas Bruno parecia mais confuso e cético do que eu.
_Cara, é praticamente impossível a Line estar com o Dreicon...da fruta que ele chupa a Line ta comendo até dizer chega...
  Como eu não disse nada o Bruno continuou:
_Ou não né... fiquei sabendo que o namoro dela com a Dayane ta uma merda.
É isso! Algo acendeu dentro de mim , eu estava ignorando a pessoa fundamental daquela história toda...Day tinha sido a única que tinha tentado me contar o que estava acontecendo, além de ter dito algo sobre o Dreicon não ser quem eu estava pensando que ele era.
_Mas e se...e se for a Day que esta com o Dreicon?
Bruno revirou os olhos claramente debochando da minha hipótese.
_E se ele não estiver com nenhuma das duas?
_Mas ai a mensagem não vai ter feito nenhum sentido!
_Quem sabe a Dayane não ta com ciúme de VOCÊ?
Gelei. Automaticamente a lembrança dela dizendo que eu era a namorada dela veio em minha mente, eu não queria admitir mas meu rosto quase corou quando ela chegou perto demais de mim hoje...de alguma forma esquisita ela conseguia fazer eu me sentir estranhamente nervosa.
_Lá vai você começar com toda essa baboseira de que a Day tem uma queda por mim.
Bruno revirou os olhos e segurou minhas mãos tentando fazer eu olhar para ele.
_Sério, pensa comigo...teve todo aquele clima que vocês tiveram na festa do primeiro ano e...
_Não teve clima nenhum!
Eu me apressei em dizer mas o Bruno continuou falando como se nem tivesse me escutado:
_E ai depois daquela festa no dia do cometa ela deve ter descoberto algo sobre o Dreicon estar te traindo, ameaçou ele e por isso eles brigaram! E ele com medo de perder você começou a te tratar muito bem...e ai a Day cansou de te esconder isso e foi hoje te contar mas o Dreicon foi mais rápido!
   Aquilo fazia relativamente sentido, mas...ainda tinha pontas soltas... tantas pontas que daria para fazer um icosaedro. Minha mente negava aquela explicação, a mesma voz que vinha me atormentando o mês todo gritava que eu estava no caminho errado.
Mas por hora...era a única explicação que eu tinha.
_Não sei, Bruno...parece algo surreal...
_É a única explicação, Carol!
_Então é isso? A Day sabe de tudo?
Eu perguntei nervosa, Bruno confirmou com a cabeça e disse:
_A gente não sabe o que aconteceu, a gente só sabe que o Dreicon tem um segredo e que a Day sabe. A única forma de você descobrir isso é...
_Me aproximando da Day.
  Bruno sorriu satisfeito e eu senti meu coração ir na boca. No que eu estava me metendo?
  
POV DAY
Já tinha passado das onze e meia quando um carro estacionou na porta do apartamento do Dreicon. Apesar da baixa iluminação eu conseguiria reconhecer o meu tão adorado Opala dos anos 80 em qualquer circunstância. Respirei fundo e fui em direção a porta quando a campainha tocou.
Quando abri a porta e me vi não fiquei tão surpresa, eu mesmo tinha ligado para o Dreicon quando cheguei em casa depois da rejeição da Caroline. Eu não sabia o que falaria mas sabia que precisava dizer algo.
_Sinta-se em casa.
Eu falei na tentativa de ser engraçado mas a "Dayane" apenas rosnou e entrou irritada no apartamento.
_Eu tô tentando faz mais de uma semana entrar em contato com você! Você não responde minhas mensagens, foge de mim no colégio, pediu para o porteiro não me deixar entrar...achei que estávamos juntos nisso!
Eu era uma grande idiota,sabia disso. Mas desde que meu coração começou a acelerar pela menina de cabelos ruivos conversar com o Dreicon e lembrar que eu logo a perderia deixava meu coração despedaçado...de alguma forma eu achei que se não falasse com ele eu poderia fingir que não tinha nada ao nosso redor.
Mas aquilo não era justo.
_Me desculpe eu andei ocupada...
_Ocupada ficando apaixonada pela minha namorada?
Dreicon perguntou diretamente e com um tom irônico, de repente senti minha boca secar e meu cérebro parar.
_Eu não estou apaixonada por ela! Eu estava apenas tentando melhorar seu relacionamento!
Eu falei um pouco impaciente. Sabia que tinha sido uma idiota me apaixonando por Caroline, mas eu tive a melhor das intenções! E ele iria usufruir delas quando o mês acabasse e nós voltássemos para nossos corpos verdadeiros!
_No início pode até ter sido isso, Dayane! Mas agora você esta apaixonada por ela, você precisa admitir essa merda!
_Eu não...
Já ia começar a negar de novo quando de repente parei. Por que estava mentindo mesmo? ele já sabia.
_Ok, estou apaixonada por ela.
  Vi Dreicon fechar os olhos abruptamente, balançando a cabeça em uma espécie de negação.
_Eu estou me controlando muito para não te dar um soco agora.
_Você sabe que se me der um soco será seu rosto que ficará marcado, né?
De todas as coisas  que eu podia falar essa foi a que eu escolhi. Caralho, cala a boca, Dayane.
_Você não... não tocou nela, né?
Suspirei.
_Nos beijamos de verdade apenas uma vez.
Falei tão baixo que achei que Dreicon não escutaria mas ele deu uma risada amargurada e disse:
_Você não foi sincera comigo, Dayane. Combinamos naquele dia que seríamos uma dupla para lidar com essa merda que as estrelas nos colocaram...
_Cara, eu...
Tentei dizer mas Dreicon continuou falando enquanto se dirigia lentamente para a janela, que estava aberta, nos dando uma boa vista da lua e das próprias estrelas.
_Fui sincero e não toquei em sua namorada, literalmente não toquei nela...e você me retribui se apaixonando pela Caroline e a beijando.
Se eu já me sentia uma merda antes agora eu realmente me sentia pior do que uma merda.
_Eu não pretendo fazer nada com relação aos meus sentimentos pela Carol...quando o mês acabar e tudo voltar ao normal eu não dirigirei a palavra a ela.
Falei sentindo o peso daquelas palavras. Dreicon pareceu achar graça do meu comentário e disse:
_Te procurei por duas semanas porque havia descoberto algo sobre esse cometa... você não me atendeu...estava ocupada demais quebrando promessas...
De repente fiquei impaciente. Eu sabia que estava errada! Ele ficaria ali me culpando a noite inteira?
_Eu já me desculpei...do que vai adiantar você continuar cuspindo em mim?
  Ele deu um sorrisinho cínico ainda olhando para a janela.
_Nada.
O silêncio pairou entre nós, ele tinha um sorriso vencedor irritante nos lábios.  Apenas dava para ouvir o barulho dos ponteiros do relógio grudado na parede.  Eram 23:57.
_Então por que você esta aqui?
Perguntei por fim, "Dayane" se aproximou de mim e disse sem largar o sorriso irritante:
_Você não foi sincera comigo porém serei com você, enquanto a senhorita passou o tempo beijando minha namorada eu fui pesquisar sobre esse cometa, estava me sentindo muito culpado porque isso tudo tinha começado por minha causa...
  E então meu corpo gelou um pouco, eu estava pressentindo que algo bom não viria daquela conversa.
_E eu descobri que esse cometa aparece duas vezes no mesmo mês....
Minhas mãos tremiam, de alguma forma o sorriso de Dreicon conseguiu ficar ainda maior, e isso aumentou ainda mais meu desespero.
Juntei todas as minhas forças para perguntar:
_Então...quando voltaremos ao normal?
Dreicon riu, virou de frente para o relógio da parede e disse para mim:
_Em 60 segundos.
Sabe quando todo o seu mundo parece desabar? era assim que eu me sentia naquele momento. Eu podia ouvir Dreicon falar alguma coisa sobre eu não ter para onde correr mas eu só conseguia pensar em uma coisa: tinha que falar com a Caroline.
_VOCÊ NÃO VAI LIGAR PRA ELA! ACEITA! ESSA MERDA ACABOU!
_Eu não posso sair sem que ela entenda o que aconteceu!
Eu e Dreicon travamos uma briga pelo meu celular, senti meu antigo corpo cair por cima de mim e o telefone voar longe pela sala do apartamento.
_Para com isso! Eu preciso falar com ela!
Senti lágrimas brotarem nos meus olhos, vi que Dreicon pareceu hesitar e por um momento ele pareceu que ia me dar o telefone para eu conseguir falar com a Caroline mas então o ponteiro do relógio se moveu.
Eu e Dreicon trocamos um olhar. 00:00.
A última coisa que eu pensei naquele corpo foi: Caroline.

 

A  sorte do acaso (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora