Capítulo 25

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No dia seguinte parecia mais um dia normal, por muito tempo que não tinha um dia assim tao calmo como pensara que iria ser, como sempre me preparei para ir para a faculdade.

Mais um dia que seria minimamente normal, me preparei com o banho que sempre começava os meus dias, mas com a diferença de desta vez a Rachel me acompanha nesse banho tão delicioso.

Acho que é a primeira vez que a vejo completamente sem roupa. Nestes últimos dias não temos tempo para nada muito menos para nos dedicarmos a nossa relação.

Pela primeira vez aprecio todas as curvas do seu corpo, a sua silhueta bem definida, os seus seios bem mais pequenos do que os meus, mas bem redondos, que só de os ver me da uma vontade louca de me aproveitar daquele seu corpo. Mais para baixo vejo toda a plenitude de prazer que pode proporcionar com um único corpo.

Todo o seu corpo era magnifico, era exatamente como tantas outras vezes eu imaginei perante a solitude do escuro se fazia sentir no meu quarto. Aquele momento em que eu e só eu importo, com a ajuda de mais ninguém, ao meu ritmo a minha própria vontade. Em todas essas vezes imaginei alguém com aquele corpo, aquele corpo que me pertencia de uma forma ou de outra, aquele corpo que pertencia a Rachel.

Tomamos então o banho, foi difícil me concentrar para não lhe amassar contra a parede. Era não parecia estar na mesma vontade que eu, era parecia meia fria, pensativa.

Poderá com isso tudo que se passou é normal não sobrar vontade para mais nada.

Seguimos para fora da banheira, ambos nos vestimos. Preparei-me como todas as manhas e no final saímos.

Durante o caminho para a faculdade, a Rachel não dissera nada, mantinha-se em silencio o caminho todo. Algo a perturbava profundamente.

Deve de estar a pensar em todos estes acontecimentos, em tudo o que esta a acontecer, tudo o que aconteceu. Tudo o que eu descobri nestes últimos dias tudo sobre os Manktras e os Vaktras.

Já na faculdade, entramos para a aula e passando algum tempo da aula estando a decorrer, vemos alguém entrando pela porta dentro.

-Pedimos desculpa senhora professora, mas precisamos que a menina Ashley nos acompanhe até a delegacia.

-Muito bem, ouviu menina Ashley, se despache o mais rápido possível que eles não têm o dia todo.

Eu me levantei peguei nas minhas coisas e fui com eles.

-Mas afinal o que se passa para eu ser chamada por vocês?

-É sobre a morte da menina Stephanie, é tudo o que podemos dizer agora.

Eu olhei na direção da Rachel e telepaticamente lhe falei.

-Foda-se, estamos tramadas. Vamos perder muito tempo e temos tao pouco tempo até o dia 31 tantos preparativos e com isto claro que vamos acabar por nos atrasar bastante.

-Tem calma, iremos tentar nos libertar disto o mais cedo possível.

-Eu não sei. E se descobrem que realmente fui eu que a matei? Aí não temos mais um plano para seguir. E dia 31 provavelmente ela ira acabar comigo.

-Não penses assim, fizemos tudo direito. Arranjaremos alguma solução para sair desta.

Entramos no carro da polícia e fomos levadas uma viagem rápida apesar de parecer longa, eu estava com o coração a palpitar por todo o lado, apetecia-me fugir, para bem longe.

-Vamos – disse ele ao abrir a porta para eu sair.

Seguimos um longo corredor. Via-se policiais por toda a parte, pelo menos eu não estava algemada.

Chegamos ao fundo do corredor, o policial bate a porta.

-Temos aqui a jovem Ashley para interrogatório.

-Manda-a entrar.

Eu entrei sem que o policial pudesse repetir aquela frase que eu ouvira muito bem a primeira.

-Sente-se

Sentei me numa cadeira do outro lado da secretaria mesmo a frente do policial.

-Sabe porque que lhe chamei aqui hoje?

-O seu colega disse-me que tem a haver com a morte da Stephanie.

-Isso mesmo. Mas mais especificamente o porque?

-Não, não sei.

-Bem deixa me passar por mostrar.

Ele tira uma capa com provas e algum recipiente com um líquido.

-Bem a Stephanie foi encontrada com resíduos deste líquido que aqui contenho sabe me dizer que liquido é este?

-Não.

-Este líquido é urina

-Urina?

-Sim, sabes de quem pertence?

-A Stephanie?

-Não, a ti mesmo. Diz-me como a tua humilde urina vai parar ao corpo de outro ser humano que acabara morto por alguma razão.

-Bem, eu encontrei-me com os meus amigos a porta de minha casa, sai bebendo água por uma garrafa de plástico, entretanto a água acabou e deu-me uma enorme vontade de urinar, mas não tinha casa de banho perto. Então fui até ao parque e la a beira de uma arvore urinei para dentro de uma garrafa. E guardei-a para depois deitar fora num local apropriado. Depois disso voltei para a beira dos meus amigos e quando íamos para a faculdade a Stephanie veio-se meter comigo como sempre fazia e como eu estava farta de todos os insultos da parte dela acabei por me vingar despejando o frasco por cima dela. Depois disso via a correr na direção da casa abandonada, mas nós seguimos o nosso caminho, pois, não nos importamos com ela por causa de tudo o que ela sempre nos causou. E isso é tudo.

-Muito bem, então vou ter de chamar os teus amigos para averiguar a veracidade desses factos.

-Com todo o prazer.

Passei-lhe todas as informações sobre eles.

-Muito bem, vou contacta-los, mas até ouvir tudo e acharmos que seja verdade tudo, você passara umas noites aqui na delegacia.

-Mas...

-Mas nada, és uma das principais suspeitas, portanto não vais sair daqui até concluirmos que tudo o que contaste é verdade. Mas só amanha iremos começar a ouvi-los.

Uma noite passara e no dia seguinte vinha o primeiro deles.

Ele contara tudo exatamente da mesma forma que eu.

Isso se repetiu pelos próximos dias. Fiquei presa por alguns dias, começava a ficar sem dias, o dia 31 estava a porta. Perdia já a conta de quantas noites ali me encontrava, presa por uma razão que me envergonha de estar, mas que ainda não foi provado que na realidade era eu.

-Menina Ashley, pode ir embora, já ouvimos todas das tuas testemunhas e todas elas contaram exatamente a mesma versão que você, portanto deixara de ser uma suspeita a partir de agora.

Ele me acompanhou ate a saída, passei pelo escritório que mantinha a minha prova e os testemunhos, vi o policial rasgando tudo e simplesmente sumir com a prova. Realmente muito estranho, ele simplesmente desfez todos e quaisquer indícios que eu alguma vez fiz parte de alguma suspeita.

-Desculpe este incomodo. Como deve de calcular não podíamos deixar você escapar quando se tratava de uma das principais suspeitas. Mais uma vez desculpe todo este incomodo.

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