Capítulo 30

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Ruby parecia inquieta, desde que chegamos a sua casa, ela não parava de andar de um lado para o outro.

-Ruby esta tudo bem?

Ela simplesmente não respondia a nada, andava talvez a procura de alguma coisa? Não sei, ela atirava livros para cá e para la. Parecia realmente andar ali a volta na sua grande biblioteca, ou seja, a sua casa mais parecia uma grande biblioteca com todos os livros a cobrir quase por completo todas as paredes da casa, não me admirava nada que ate na casa de banho tivesse estantes com mais e mais livros, infinitos deles pelos vistos.

Já estava a entrar em desespero, Rachel ao meu lado também entrava em desespero. Ela sabia que poderíamos separar para sempre, perdendo GhosTown, ela não poderia ficar mais aqui na terra então não poderíamos nunca mais nos ver.

Devia de haver uma solução para isso. Teremos de desencalhar uma cidade inteira por causa de dois vilões que decidiram acabar com a humanidade, Rowan e Eric nenhum deles vai sair impune eu próprio os vou matar com as minhas próprias mãos.

-Aqui esta!!! – grita a Ruby com uma expressão de felicidade.

-O que?

-O Livro Wicca com todo o conhecimento que precisamos para libertar a cidade.

Entretanto ela abre o livro e começa explicando tudo, como já era habito seria mais um dos grandes monólogos da Ruby.

-Como já vos disse esta cidade foi construída através de um pentagrama, cada ponta desse pentagrama representa um dos elementos da terra, Fogo, Água, Ar, Terra e o Akasha, este último ser o mais poderoso de todos os tipos ele constitui a energia cósmica e espiritual. Para que tudo fosse possível montamos cinco capelas protegendo os cinco selos que estão em cinco localidades nas extremidades da cidade, ao libertar todos os cinco selos, a cidade começará a flutuar e a desaparecer desta dimensão, voltando para o seu lugar de origem e assim fechar o círculo de entrada e saída de fantasmas aqui na terra. Visto que nós em tempos fechamos qualquer outra passagem que existia no mundo destruindo qualquer outra possibilidade para ele círculo que não fosse aqui em Ghostown assim tudo o que não pertence a terra é imediato mandado para o reino dos mortos, céu e inferno sem retorno.

Temos de primeiro destruir os quatro primeiros e por fim Akasha. Esta tem de ser a ordem.

-Mas como destruímos cada selo?

-Só o poder de um Diaura é capaz de derrubar qualquer um dos selos a sua vontade.

-Então qual será o primeiro?

-O primeiro será a Água também é um dos que esta mais longe da nossa localidade. Ela se mantém na extremidade norte a Este.

-Vamos então não temos tempo a perder.

Percorremos todo aquele percurso, todo aquele labirinto que nos fazia por vezes nos distrairmos do nosso percurso inicial.

Sentia que alguém não queria que chegássemos lá, sentia alguém a tentar confundir o nosso caminho para nos atrapalhar a lá chegar.

As ruas pareciam ter vida própria, víamos ruas se prolongar a nossa frente, paredes serem erguidas a nossa frente.

Continuávamos o nosso caminho cada vez mais perto, cada vez mais perto, só mais um bocadinho e chegávamos.

Já conseguia ver a capela ao longe, realmente bem assinalada e difícil de confundir, parecia estar intocável a séculos.

-Sei o que estas a pensar

-O que?

-Elas parecem velhas e intocáveis.

-Mas como sabes?

-Não me surpreende, elas parecem velhas sim, mas o selo esta bem guardado um escudo magico a mantém protegido apesar do aspeto da capela, também ninguém se atreve a chegar perto de nenhum deles com medo de danificar a sua proteção e que a cidade simplesmente sinta efeitos colaterais. Pobres fantasmas que nem sonham o que esta por vir, mas mais vale isso do que perdermos a Terra para aqueles dois que a irão destruir com os seus enraivecidos.

Comecei a olhar para todas as direções e a imaginar estes fantasmas que irão perder o acesso a todo este mundo, vão ser sacrificados por um bem maior.

Será que o que estamos a fazer é realmente bom? Sacrificar a vida de centenas de fantasma para salvar a vida de milhares de seres humanos? Ninguém deveria sair sacrificado no meio desta história, ninguém, nem humanos nem fantasmas, nem eu, nem Manktras, nem a Rachel. Ninguém deveria se sacrificar por nada.

Ao nos aproximar da grande capela vimos um monte de enraivecidos a volta dela, mas estes pareciam diferentes.

-Estes...

-Estes são espíritos enraivecidos que morreram por causa da água, afogados, navios naufragados, brincadeiras que deram errado todo o tipo de mortes provocadas por água torna os espíritos com auras azuis principalmente os enraivecidos que ficam com uma aura azul com as pontas laranja. De alguma forma esses espíritos sentem raiva da forma que morreram, ou de quem provocou essas mortes.

-Ou seja...

-Ou seja que eles fazem parte do exército de Rowan.

-Mas como eles sabiam do nosso plano?

-Eu tenho uma teoria, mas não tenho a certeza.

-Diz-me

-Eu acho que o Eric poderá saber tudo o que pensas, tudo o que ouves, tudo o que falas por ter criado uma copia do teu poder, então eles saberem exatamente o que iremos fazer e saberem exatamente o que fazerem para o impedir.

-Merda sendo assim iremos ter de lutar contra estes enraivecidos todos para prosseguir, e ele saberá de tudo ele poderá mandar mais atrás de nos sempre que estivermos a conseguir derrotar-lhos.

Éramos só três nos as três teríamos de derrotar esta legião de enraivecidos, os outros estão a proteger todos estão a vigiar a ver quando eles voltam a aparecer.

Ate la eles contam connosco para libertar a cidade e libertar o mundo destes infame demónios que pensam que vão levar a maior.

A vantagem é que os enraivecidos não tem qualquer hipótese contra Diauras.

Partimos então as três para cima deles derrotamos um por um, mas pareciam cada vez mais, apesar de estarmos a derrotar facilmente estávamos a ficar esgotados com tantos que estavam ali a nossa frente.

Um grupo deles conseguiu capturar a Rachel, a Ruby também se mantinha imensamente ocupada.

-Os Diauras tem o poder de criar elementos.

Os Diauras tem o poder de criar elementos? Aquilo fez luz dentro de mim e então pensei no melhor elemento para derrotar todos aqueles enraivecidos. Água, Água era a resposta.

Comecei criando bolas de água, eles começaram a olhar para mim com cara de assustados comecei a atirar e eles simplesmente desapareciam. Foquei me num poder ainda maior, e uma onde e formou atrás de mim e quase instantaneamente todos os enraivecidos desapareceram ficando só nos as três e a capela a nossa frente.

Dirigi-me para a porta e ela parecia ter um selo magico que não me deixava entrar.

Coloquei a palma da mão naquela porta de madeira que mais parecia que se ia desfazer a qualquer toque, e ela simplesmente desapareceu a minha frente.

Entrei dentro da capela, e vi o escudo que protegia o selo, fiz a mesma coisa coloquei a palma da minha mão no escudo e me foquei na minha força, o meu cabelo começou se a transformar em luz os meus olhos brilhavam como o sol, o tamanho dessa energia foi suficiente para quebrar o escudo e arrancar o selo.

Nesse momento senti um grande tremor de terra e toda a água dentro da cidade ficar agitada.

Menos um só nos resta mais quatro selos.

O Teu FantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora