- ENFORQUEM A BRUXA! - gritava a pequena população de um vilarejo, próximo das colinas de trigo ao leste.
A mulher já em prantos com a corda em seu pescoço pedia misericórdia, mas sua voz era abafada pelos gritos de fúria da população. Antes do carrasco puxar a alavanca o prefeito da cidade apareceu, olhou com repulsa para a mulher, com hematomas na face que sugeria que havia sofrido agressões a mão fechada. O prefeito levantou as mãos e a população se calou e exclamou em uma voz alta e rouca como de um fumante:
- SALVAREMOS NOSSO AMADO VILAREJO DAS MÃOS DE PESSOAS, SE ISSO MERECE SER CHAMADO DE PESSOA, DESTES SERES IMUNDOS ADORADORES DO DIABO. EU COMO REPRESENTANTE MAIOR PEÇO QUE O CARRASCO ESQUARTE SEU CORPO E QUE SEUS PEDAÇOS SEJAM JOGADOS RIO ABAIXO.
A população vibrou em uma só voz. O carrasco puxou a alavanca, a moça caiu e se debateu, sentindo o apertar da corda e a falta de ar em seu peito, deu sua última olhada para todos enquanto o brilho dos seus olhos vai se esvaindo e todos começavam a rir, zombar e a dançar pela sua morte.
Depois de um tempo o carrasco tira seu corpo pálido e joga encima de uma mesa improvisada de tábua, seu corpo mole parece de uma boneca de pano, amarra os membros e deixa esticado, com um imenso machado começa a efetuar cortes únicos que separa seus membros de seu tronco. E a cada corte o carrasco erguia para o ar os membros decepados e todos vibravam de alegria.O prefeito chamou um monge para orar no corpo depois daquelas cenas, para que o sangue não contaminasse o vilarejo trazendo má sorte. Assim que o monge se aproxima entristecido ao saber de tudo ele abre um livro com capa de couro de letras em dourado, fez o sinal da cruz em si e começou a recitar as palavras do livro derrepente os olhos da jovem esquartejada se abrem e ao invés dos olhos naturais havia apenas um branco cor de neve, seu tronco se levanta e seus membros acompanham como se estivessem ligados por linhas invisíveis, o monge cai para trás com grande espanto e a população assustada grita ao ver a cena assustadora, com a mão esquerda a jovem fez a cabeça de todos da cidade rodarem cinco vezes com uma força sobrenatural e depois serem arrancadas, após isso as cabeças ficaram flutuando acima da altura de todas as casas. O monge com a mão no rosto olhou para a jovem, um sorriso maligno e de satisfação surgiu em seus lábios, virou a cabeça sem pescoço para o monge e disse sussurrando:
- SEJA TESTEMUNHA DE NOSSO PODER, SACERDOTE.
Após recitar as palavras seu corpo cai sobre a mesa e seus membros também, as cabeças que estavam flutuando como balões de gás caem ao chão com som surdo de uma fruta madura. O silêncio da cidade só foi quebrado os sons dos animais que ali ficaram e o monge incrédulo com o que virá.💖💜💖💜💖💜💜💖💜💖💜💜💖
Conto de Jeferson J. Santos
Gratidão meu amigo! 🍷
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Historinhas Para Não Dormir
TerrorContos de terror, fantasia e ficção. Alguns assustadores, outros mágicos. Venha se surpreender!