O bicho papão

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Uma garotinha acorda em plena noite com sede e a boca seca quando já ia gritar por sua mãe, mas lembrou que não queria acorda-la já que em sua mente era uma mocinha com seus 10 anos de idade podia fazer as coisas simples sem ter nenhuma dificuldade, desceu da cama, colocou suas pantufas e pegou sua boneca e encaminhou-se até a porta do seu quarto, abriu com cuidado para não fazer barulho. A pouca luz do corredor ilumina o de sempre, logo a frente a porta do quarto dos seus pais, a menina olhou para ambos os lados do corredor, um silêncio de uma casa que dormia o que dava uma certa aflição, mas o silêncio era quebrado pelos sons do lado de fora da casa que podia ser ouvido como dos carros ou das motos dos vigias que rondam por ali.

Seguiu até o final do corredor abraçada com sua boneca, desceu a escada em forma de L, e a luz do lado de fora ilumina com um brilho frio meio azulado a área interna da casa que é a sala e cozinha, mesmo estando tudo escuro. De toda a luz da casa a única acessa é a do corredor do segundo andar. Chegou na cozinha abriu a geladeira, bebeu um pouco de água de uma pequena garrafinha com imagens de princesas e seres místicos, tampou e fechou a geladeira dando um suspiro de satisfação.

Voltou para a escada e assim que pisou no terceiro degrau ouviu-se alguém bater na porta da despensa de comida, a porta fica do lado da escada, ela parou e voltou dando uma pequena olhada para a pequena porta de madeira, assim que olhou a maçaneta começou a se mover abrindo a porta, longos dedos pode ser vistos saindo de dentro a menina puxou um ar forte e suas pernas ganharam força, a adrenalina em seu sangue fez ela correr pulando alguns degraus, correu tanto que assim que chegou na porta do quarto dos pais começou a bater desesperada, até que seu pai abre:

- TEM ALGO NA COZINHA! TEM ALGO NA COZINHA! - gritava a menina enquanto apontava pálida.

- NÃO TEM NADA ÁGATHA, PAPAI ESTÁ CANSADO, VENHA DORMIR NA CAMA CONOSCO. - disse seu pai sem se importar para o que a filha dele estava dizendo, devido o sono e ao cansaço.

A menina aceitou e seu coração acelerado foi se acalmando quando já estava no meio da cama com sua mãe de um lado e seu pai de outro que a abraçaram e adormeceram, já a menina ficou olhando para todos os cantos do quarto dos pais, mesmo estando segura sentia medo, até que a leve luz de fora que entra pela janela de vidro iluminou fracamente um ser totalmente magro, do corpo negro, cabeça grande, sorriso largo, dentes pontudos, uma barba escura e bagunçada que ia de uma orelha a outra, poucos cabelos e sem orelha, saindo do pequeno espaço do guarda roupa e da parede do quarto, andou silenciosamente até o pé da cama, a menina arregalou os olhos e começou a sofrer do que parecia asma, aquela criatura de olhos que brilha no escuro colocou seus longos dedos ossudo em seus próprios lábios para que a menina não fizesse barulho e em ataque de desespero e medo a menina grita acordando os pais, ambos acendem seus abajures e não havia mais ninguém no quarto a não ser os três deitados na cama.

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Obgado Jeferson J. Santos por esse conto incrível! ❤🍷

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