Qual é a graça?

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Samantha

— Você é doida. — Eu disse quando abaixei seu biquíni. E ela era mesmo, eu só estava tomando um banho quando essa garota simplesmente entrou e tirou o sutiã. Não que eu esteja reclamando, queria que todos os banhos fossem assim, seriam maravilhosos. — Acho que você não está preparada para isso.

Heloísa sorriu para mim, de alguma forma eu imaginei que ela estava, preparada. Não sabia o que fazer direito, eu estava tão sem chão com essa entrada repentina e triunfal, devo dizer, que fiquei alguns segundos sem reação. Talvez fosse também a visão bem privilegiada que eu estava tendo do seu corpo nu. Bem privilegiada mesmo. Literalmente, o caminho da felicidade estava a centímetros da minha cara, mas ela me trouxe de volta do transe pegando meu queixo delicadamente. Acabei levantando, seguindo seu movimento.

Sem falar nada, ela desfez o laço do meu sutiã e em seguida da calcinha. Agora ambas estávamos igualmente peladas, encarando uma a outra e aguardando o próximo movimento. Heloísa se aproximou delicadamente, mas foi só a aproximação mesmo que ocorreu de forma delicada, porque essa garota chupou meu pescoço dando jus à fama de vampira que ela tinha com aquela cara branquela.

— Nossa... — Sussurrou bem perto do meu ouvido. Como se isso não fosse o bastante para me fazer arrepiar todinha, seu dedo começou a passear suavemente entre meus seios. — Você está meio molhada, Samantha. — Soltei uma gargalhada com o duplo sentido. Ridícula.

Sua mão tocou com força minha cintura, apertando-a e se aproximou, encaixando sua perna no meio das minhas. Suspirei de prazer ao sentir o contato de sua perna com a minha área de prazer. Com a Sereninha, vamos dizer. Sim, eu a chamo assim.

Enfim, Heloísa riu ao perceber o que havia causado em mim, portanto eu não iria perdoar. Não mesmo.

Ela se separou de mim para ligar o chuveiro e aproveitei seu momento desprevenido, sentindo a água caindo em seu corpo, um corpo lindo, diga-se de passagem, e a empurrei contra a parede. Segurei seus punhos no alto, prendendo-a, embora não me pareça plausível imaginar que ela iria querer fugir dessa situação. Quem, em sã consciência, fugiria de uma Samantha Lambertini cheia de tesão?

Beijei cada centímetro de seu corpo e qualquer menção de movimento por parte dela eu apertava os punhos. Eu que mando.

— Samantha, eu... — Não deixei que ela terminasse de falar, de supetão fiz com que ela virasse de costas para mim. Suas mãos se apoiaram na parede em uma posição interessante, como se eu fosse revista-la. De alguma forma, isso me deixou ainda mais excitada.

Enquanto suas mãos estavam apalmadas contra a parede, as minhas trabalhavam freneticamente a fim de levar todo o prazer para aquela branquela desgraçada. Sentindo seu corpo colado no meu estava me deixando louca então parei de brincar e finalmente enfiei os dedos onde deveriam estar. Heloísa gemeu de prazer e de susto, talvez.

— Puta merda. — Sussurrou, dando um soquinho discreto na parede. Sorri, entendendo aquela reação como um incentivo para continuar o que eu estava fazendo. Fiz movimentos que eu já estava me familiarizando em seu clitóris e de novo o corpo de Heloísa começou a reagir, se movimentando enquanto meus dedos ditavam o ritmo. Foi quando senti-a começar a tremer que subitamente me afastei.

Ela se virou para mim num misto de fúria e confusão, como se quisesse me matar por ter interrompido seu momento de prazer. Como não, era realmente o que eu havia feito e meu sorriso pareceu irritá-la ainda mais e, ainda por cima, decidi não falar nada. Era nítida a sua confusão e eu amava cada segundo, porque era exatamente o que eu queria, era como eu a queria: implorando por mim, cada parte de seu corpo me desejando.

— Calma. — Ri e rapidamente dei um puxão em seu lábio para logo depois me abaixar novamente, me colocando de joelhos diante dela. Heloísa sorriu para mim, enfim entendendo o que estava acontecendo. Tadinha, ela é extremamente linda e gostosa, mas é lerda.

Amanhã - LimanthaWhere stories live. Discover now