DISPONÍVEIS ALGUNS CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO.
Ligo para Joy uma hora depois e a convido para assistir um filme comigo, já que estou aqui de bobeira e com os dedos doloridos de tanto desenhar. Enquanto espero que ela chegue, vou para a fila da pipoca, guardo minhas coisas na bolsa e percebo que meus dedos estão pretos, manchados pelo grafite do lápis de desenho. Compro um balde gigante de pipoca e espero Joy chegar para escolhermos o filme. Meus dedos ainda tem manchas pretas que farão Joy reclamar por eu enfiá-los no balde de pipoca que vamos compartilhar. Coloco o balde sobre uma bancada e tento novamente limpar os dedos.
De repente, meu caderno surge à minha frente, eu sequer havia percebido que o tinha perdido.
— Você deixou cair. Você desenha muito bem.
A voz! Minha mão trava no ar antes que eu possa pegar o caderno e não me atrevo a olhar para cima. O doutor delícia segura minha mão e gentilmente a limpa com um lenço que não vi de onde tirou. Ele molha o lenço na língua, o que me faz olhar para sua boca cercada por essa barba bem-feita e limpa os dedos da minha mão. Nossos olhos se encontram e ele sorri, segura minha outra mão e repete o processo enquanto ainda sou uma pateta que não tem qualquer reação a não ser olhar em seus olhos azuis e me perder neles.
— Você está bem? — pergunta parecendo realmente preocupado.
— Sim, muito bem, obrigada e você? — Tiro minha mão das suas, e vejo meu caderno bem protegido debaixo de seu braço esquerdo.
— Encontrei o seu caderno no chão. Não sabia que era seu, abri por acaso e vi seu nome, então pensei que poderia estar por aqui. Eu a vi há alguns minutos parada nesse mesmo lugar. No tempo em que estive observando-a, você não parecia bem, Mackenzie. E então tem isso. Você data os seus desenhos.
Ele abre a página que desenhei hoje mais cedo, assim que cheguei ao shopping. São pessoas grandes demais com expressões severas cercando alguém pequeno demais com grandes e assustados olhos.
— Por que você desenhou isso?
— Eu desenho para me distrair, nem tudo tem um significado — minto.
Vejo pela maneira como me olha, que quer saber mais, insistir mais, como se realmente se importasse.
— Me perdoe por não ter contado a você que me casei — diz de repente esquecendo o assunto do meu desenho.
— Não perdoo, essa não é uma informação que possa ser esquecida. Principalmente para alguém que você estava tentando levar para a cama.
— Eu feri você?
— Não! Você foi apenas mais uma escolha errada entre tantas outras que eu fiz, não é mesmo?
— Eu gosto de você, Mackenzie. Gosto da sua companhia, eu não tiro você da cabeça, eu... — ele percebe que não está indo por um caminho bom comigo, percebe no meu rosto que não quero ouvir o que está falando. — Sinto muito. Olha, eu achei isso, e acabei olhando os seus desenhos, espero que não se importe.
Opa! Tento pensar se é nesse caderno que fiz "aqueles" desenhos e ao constatar que sim, começo a sentir meu rosto esquentar.
— Você olhou os meus desenhos? — pergunto com a voz quase falha.
Que ele não tenha olhado "aqueles" desenhos, Senhor!
— É, eu vi alguns.
— Então não viu todos?
— Não, mas eu deveria, certo?
Ele muda a página no caderno e imediatamente o puxo de sua mão. Um sorriso está em seu rosto e isso me deixa em dúvida se ele viu ou não os desenhos que não podia ver.
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DEGUSTAÇÃO - Doutor Gyn
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