É engraçado como os adultos fingem se importar com a nossa existência. Querem saber tudo sobre você, mas só absorvem o que acham interessante. Saint-Exupéry escreveu em seu livro mais famoso a seguinte frase "Se lhes dou esses detalhes sobre o asteroide B 612 e lhes confio o seu número, é por causa das pessoas grandes. Elas adoram os números."
Para as futuras pessoas grandes que irão ler minha história, no momento que conto tenho dezesseis anos e estudo em U.A, estou no meu segundo ano do ensino médio, e aqui planejo ser expulso porque ninguém merece ficar em um internato.
No ano passado meu plano não deu certo, eu consegui fazer algumas pessoas temerem o nome Bakugou Katsuki, Bakugou é sobrenome, não sei como traduzirão minha história mas por aqui o sobrenome é na frente do nome.
Meu porte físico não tem nada a ver com o que dizem serem os nerds, eu não tenho problema algum de visão, e não sou baixo nem fraco como os típicos americanos, a maioria torce para ficar longe do meu quarto, até agradeço isso, mas esse ano algo mudou.
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O dedo do loiro passava pelo papel com o nome das duplas que dividiriam seus quartos pelo ano. — Ótimo, sozinho! — Sorriu, olhando o número de seu quarto e ajeitando a mochila nas costas.
Andou pelo corredor extenso encontrando os alunos mistos ali, garotas que faziam parte das líderes de torcida já estavam uniformizadas, os garotos do time idiota de futebol também.
As escadas eram compridas para o segundo andar, entrou no corredor dos dormitórios encontrando seu quarto, entrou vendo as duas camas, duas cômodas e uma mesinha de estudos, fechou a porta atrás de si e sorriu.
Uma hora e meia depois seu quarto estava organizado do jeito que queria, se jogou na cama do jeito que estava, olhando para cima as pequenas estrelinhas verdes que enfeitavam o seu teto.
O sinal tocou, três da tarde, hora do lanche. Bakugou se levantou indo ao banheiro e tomando um banho rápido, vestiu o uniforme esquecendo da gravata e de chinelos indo direto ao refeitório.
De longe avistou o garoto de cabelos verdes que acenava com um sorriso largo, Midoriya Izuku, uma das poucas pessoas que não tinha medo de si.
— Kacchan! — Sua mesa era sempre lotada, o garoto fazia amizades com uma facilidade incomum.
Era notável a aparência mais magra de Midoriya, os olhos fundos e o catete em volta do rosto. O loiro se segurou para não perguntar sobre, e respirou fundo pegando um sanduíche e se sentando na mesa dele.
— Como foi seu fim de ano? Passou o natal com sua mãe? — Questionou, Bakugou assentiu. — Ouvi dizer que ficou sozinho no quarto, deve ser legal, mas eu teria medo de ficar sozinho a noite.
— Fiquei. — Curto, mas não tinha afetado o sorriso de Izuku, que ainda olhava para o amigo.
Na mesa residiam ainda Uraraka Ochaco, Tsuyu Asui, Iida Tenya e Todoroki Shouto.
— Eu dividi com uma menina diferente, o cabelo dela é rosa, nosso quarto é uma mistura entre o rosa e o verde.
Todoroki cortava os pedaços de uma maçã quando se pronunciou. — Não acredito que me colocaram com um dos garotos do time.
Entregou o pratinho com as maçãs cortadas para Izuku que sorriu agradecendo.
Iida ajeitando os óculos, finalmente falou algo. — Qual o nome dele?
— Mashirao Ojiro. — Manteu a expressão cansada no rosto. — Ele tem uma raposa de pelúcia!
Bakugou tentava acabar rápido com o sanduíche para poder sair dali, odiava aquele barulho todo. Percebeu o movimento na mesa dos jogadores, eles riam e apontavam para a mesa que estava.
— Vai ser mais difícil aturar agora com... Isso. — O esverdeado apontou para o cateter no nariz.
— Não se preocupe, você está lindo.
Uraraka sorriu apertando as bochechas do garoto que deu um sorriso infantil assentindo.
Katsuki se levantou arrastando o chinelo pelo chão, jogou o plástico do sanduíche no lixo e partiu para o quarto sem se despedir de ninguém.
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Uma semana havia se passado. As aulas eram chatas até demais, menos uma, a aula de japonês com professor Aizawa. Ele tinha obrigado a todos a formarem duplas que seguiriam o bimestre, alguém ficaria sozinho já que a turma era ímpar.
O sinal tinha acabado de bater, Katsuki se apressou para ir ao quarto e matar a última aula. Por sorte não encontrou ninguém que conhecia no corredor.
Enfiou a chave na porta já desfazendo os botões da camisa e quando a porta abriu revelou um garoto de cabeça baixa fazendo flexões.
— Acho que entrei no quarto errado, merda. — Fechou a porta conferindo, estava no quarto certo. — Não, pera!
Se levantando o garoto estava sem camisa e calça de moletom, o cabelo vermelho fogo estava para cima mas a franja já estava caindo, os músculos eram bem expostos, e ele sorria.
— Meu nome é Eijirou, Kirishima Eijirou, acho que sou seu novo colega de quarto.
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Boys Don't Cry •KiriBaku•
Teen FictionExiste um grande clichê de colocarem o nerd e o esportista no mesmo quarto. Um pouco diferente quando o nerd não é pequeno, nem fraco e muito menos submisso. Estamos falando de Bakugou Katsuki, o explosivo loiro de notas altas, cabelo espetados e ol...