I Just Want You

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Bakugou acordou sentindo um incômodo nas costas, sua cabeça doía e a garganta arranhava. Sabia que estava ficando gripado, revirou os olhos para a conclusão e então se virou para o lado encontrando uma cabeleira ruiva, encostou a língua na bochecha e então mexeu o braço empurrando o ombro do outro. — Idiota, acorda.

Eijirou se assustou e acordou, seu pescoço doía pela posição. — Ah, Bakugou, você acordou. A Recorvery Girl pediu para que eu ficasse aqui.

— E eu por acaso te perguntei alguma coisa?

O outro se calou diante da grosseria, Katsuki se levantou pulando da cama. Sentia seu corpo pesado e o nariz estava entupido, grunhiu com raiva, isso que dava ficar na chuva com a imunidade de merda que tinha.

Procurou nos bolsos o maço de cigarro não encontrando nada, revirou os olhos pensando onde iria comprar aquela hora, caminhou até os dormitórios encontrando Kaminari e Shinsou do lado de fora do dormitório de Deku.

— Bakugou, que bom que acordou. — Kaminari disse alto fazendo com que a cabeça do outro loiro desse voltas.

— Fala baixo infeliz, eu estou com dor de cabeça. — Massageou a testa, e Shinsou então se aproximou. — Eu vim deixar claro que eu não pedi nada a vocês.

Esse era o jeito dele dizer que estava agradecido, e Shinsou riu concordando. — Eu fiz porque quis Bakugou. — E esse era o de nada do arroxeado.


Jirou chorava abraçada aos joelhos em cima da cama, Momo estava do lado da garota e fazia carinho nos cabelos dela. — Ele é um idiota, a merda é que eu não to realmente puta com ele! Por que Momo?

— Por que você está chorando então?

Ela enxugou os olhos. — Porque parece que eu não amo ele, quando ele me propôs namorar com o Shinsou eu achei legal, ele agora me conta que tá gostando do Sero-kun e eu não consigo sentir raiva. Por que eu não consigo? Eu amo ele.

Momo riu e se sentou ao lado dela puxando as mãos da garota. — É claro que ama Jirou, e ele ama você também, mas pensa, o Kaminari-kun tem o coração enorme, ele ama você, o Shinsou-kun, o Sero-kun... Mas nenhum desses amores são menores que o outro.

— Acha que eu devo desculpas à ele? — Momo negou com a cabeça.

— Acho que vocês dois precisam conversar juntos. Sobre o Sero e tudo mais.


Ainda chovia quando Kirishima entrou no quarto que dividia com Bakugou e o viu destacando mais um remédio. Dividiam o quarto, uma hora ele iria entrar ali. O loiro tinha posto o remédio na boca e tomado um gole d'água, em seguida foi até o altar acendendo um incenso.

Eijirou entrou para o banheiro e assim que a porta bateu Katsuki se sentou no chão puxando todo o ar e começando a meditar, assim que o ruivo abriu a porta viu o outro no chão e então se sentou na própria cama. Em pouco tempo Kirishima cochilou, novamente a mulher parecida com sua mãe sem mostrar o rosto dizia algo para ele, o sonho era diferente, estavam em uma casa de madeira.

Ele estava sentado de frente para essa mulher, o rosto dela estava sempre coberto por parte do cabelo e por mais que Kirishima tentasse vê-la, era impossível.

Parece que estamos aqui novamente. — A voz era longe, era doce e tinha uma leve rouquidão. — Não me reconhece, e nem lembrará de mim quando acordar, mas meu menino precisa de você, mesmo que ele não admita de forma alguma. — Kirishima observou ela se levantar, o vestido balançava conforme os movimentos. — E você também precisa do meu menino.

Ele a viu servir mais chá, a chaleira enfeitada fazia fumaça. E então ele acordou dando um salto e assustando Katsuki que se desconcentrou. — Merda.

— Desculpa. Não por isso, digo, por isso também, mas por-

— Não quero suas desculpas de merda. — Katsuki se levantou indo até a própria cama, virando de costas.

Kirishima então teve um estalo, e se levantou foi até sua cômoda bagunçando tudo a procura de um objeto em especial, pegou o cabo do carregador e então saiu do quarto.


Aizawa tinha acabado de entrar na sala, tinha chamado a primeira dupla a apresentar naquele dia, seria Iida e Mineta mas o representante tinha pedido um trabalho por escrito para poder justificar não ter feito o trabalho.

— Certo. Kirishima Eijirou e Bakugou Katsuki. — Bakugou abriu a boca para dizer que não tinha feito quando o ruivo saiu de sua mesa e falou algo no ouvido de Aizawa que assentiu. Os dois foram até o computador do professor, Kirishima encaixou um pendrive e Shota pediu que apagassem as luzes.

Uma música suave tocava quando o vídeo começou, era uma estrada e só era ouvido o barulho da estrada e então a câmera se virou para o garoto no banco de trás que olhava para a janela. Bakugou tinha dito um "para de me filmar!", enquanto Kirishima começou a rir e então o vídeo cortou.

O loiro que estava sentado na carteira tinha acordado e mantinha os olhos bem abertos na filmagem. Todos os alunos prestavam bastante atenção naquilo até vir a narração (que até agora era apenas música).

Katsuki é alguém diferente dos demais. E então uma filmagem do loiro comendo um sanduíche e dando dedo meio para a tela. Ele é engraçado, tem uns hábitos engraçados também. Enquanto isso uma filmagem passava de Bakugou no chão meditando. Mudou para uma cena do loiro acordando, a filmagem estava muito próxima, claramente Kirishima estava deitado ao lado dele.

Se ele acordar sozinho, pode se preparar para um dia bom, mas se acordarmos ele, o dia vai fechar como uma tempestade. E então apareceu Katsuki entrando no banheiro, escureceu a filmagem e logo ele saiu se jogando na cama, "vai parar de me filmar?" e então eles trocaram um selinho. O que eu mais admiro nele? Sua sinceridade, sua automia, sua falta de medo, seu modo de encarar a vida. E então um vídeo de Katsuki deitado na cama, a blusa meio levantada e os cabelos loiros espalhados no travesseiro.

Todos nós deveríamos aprender um pouco da vida, escutar sua história. E então era Katsuki com o rosto corado mostrando um filhotinho, um pintinho com as duas mãos "olha, eu vou levar ele para casa". O vídeo tremilicou um pouco mostrando que Kirishima tinha vacilado. São poucas as pessoas que veêm o lado mais fraco dele, o lado gentil, e eu vi, mas por um erro meu, não vou ver mais.

Nesse vídeo era Katsuki gritando, o loiro berrava com Kirishima e ali presente na turma se perguntava quando aquilo havia sido filmado. "Você é um imbecil, um censura, eu não quero ver você nunca mais!"

Existem tempestades, mas eu espero que depois de tudo, haja arco-íris. E o vídeo terminava com Katsuki sorrindo com as cores rosa, amarelo e azul no rosto.

Trabalho por Kirishima Eijirou e Bakugou Katsuki.

Vídeo por Kirishima Eijirou.

Modelo: Bakugou Katsuki.

Meu namorado por dois meses e meio, e se permitir, por mais tempo que isso.

Katsuki se levantou, empurrando a mesa e correndo dali, na cabeça de Kirishima aquilo estava claro, mas na cabeça de Katsuki se passava sua própria tempestade, os sentimentos.

Boys Don't Cry •KiriBaku•Onde histórias criam vida. Descubra agora