Capítulo 13

1.9K 116 32
                                    

POV Lauren

Não consigo ter muita noção de tempo, mas sei que já se passou muito tempo desde que fui jogada nesse porta-malas e até agora não pararam o carro, além claro nos sinais fechados, sinto o carro fazer uma curva e entrar em algum lugar com um chão péssimo já que o carro começou a balançar sem parar e então de repente parou, ouvi alguém vindo na direção de onde estou e abrindo o porta-malas, logo em seguida me puxando para fora sem dizer uma palavra sequer.

- Ei, quem é você? O que você quer? - Digo com a voz muito abafada devido ao saco de pano que estava em minha cabeça. - É dinheiro que você quer? Me responde porra. - Quando grito isso sinto um golpe forte no estômago e acabo gemendo de dor, percebo que tem apenas uma pessoa e que talvez eu tenha chance de escapar se conseguir acerta-lo no momento certo, mas antes que eu possa pensar em qualquer coisa ele me joga no chão e em seguida ouço um estouro tão alto, que meu ouvido é apenas zumbidos, o som é desesperador e percebo que com certeza a pessoa está armada e pelo visto irá me matar, o pânico é crescente dentro de mim, começo a tremer de nervoso.

- Ei, não precisa fazer isso, é dinheiro que você quer? Podemos resolver, por favor, não me mate, por favor. - Após dizer isso ouço mais disparos e sinto meu corpo gelar quando sinto um passar bem perto de mim, só consigo pensar que ou essa pessoa é muito ruim de mira ou ela não quer me matar, o som dos disparos é como se fossem fogos estourando um atrás do outro no céu, meu corpo já está completamente encolhido e não para de tremer e então de repente silêncio.

- Quem é você? - minha voz dessa vez sai trêmula, já não sei mais o que fazer ou o que dizer, essa pessoa pode simplesmente me matar a qualquer momento.

Ouço os passos da pessoa, mas não sinto se aproximar de mim, e logo em seguida ouço a batida da porta do carro e ele ir embora, o que me deixa completamente confusa, ele não me roubou, não me matou, não fez nada além de me dar um baita susto, mas agora estou sozinha no meio do nada, amarrada e sem conseguir ver nada, além de tudo deve ser um lugar desértico, já que ninguém ouviu os tiros, estou completamente ferrada. 

Desisto completamente de lutar e tentar me soltar, talvez tenha que ficar aqui esperando alguém me encontrar. Ouço alguma coisa vibrando e me lembro do meu celular, tento senti-lo em meus bolsos e percebo que não está comigo, me concentro para tentar seguir o som, vou engatinhando procurando, até que ele para de tocar e eu paro também, já que seria em vão continuar, me sinto triste por ter esperança e agora nada, mas então ele volta novamente a tocar e eu continuo engatinhando na direção, sinto que estou próxima e então quando sinto que achei, viro de costas e começo a tatear o chão para encontrá-lo e novamente ele para de tocar, mas continuo tateando o chão e consigo pegá-lo, um fio de esperança cresce dentro de mim e então ele volta a tocar, atendo e tento colocar o mais próximo possível da minha boca.

- Ei, por favor, estou precisando de ajuda, não sei quem está ligando, mas preciso de ajuda, por favor. - Então a pessoa desliga novamente, começo a chorar de desespero, e por estar tão difícil conseguir, mas a pessoa insiste e liga novamente, dessa vez tento me localizar onde fica o viva-voz da chamada e coloco.

- Lauren, você bebeu? Eu não estou entendendo nada que você falou. - Quando ouço a voz de Vero sinto um alívio imenso.

- Vero, preciso de ajuda. - Grito para ela me escutar. - Me pegaram, ouviu? Me pegaram, eu estou em uma estrada bem ferrada e parece um lugar meio abandonado, por favor, você precisa vir me buscar Vero, estou com um saco na cabeça e não consigo ver nada, minhas mãos estão amarradas nas costas e por isso estou gritando, por favor, vem me buscar.

- Fica calma, vou tentar encontrar esse lugar. - Ela diz e desliga, e eu fico ali, sozinha e muito assustada, esperando uma ajuda.

Não sei bem quanto tempo se passou desde que falei com Vero, mas sei que já se passaram horas quando ela chega de repente, ouço o som do seu carro, ela sai correndo desesperada em minha direção.

A mulher do meu chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora