Proibido

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É difícil para caralho, pois nunca encontrei uma mulher que me desafiasse tanto.

Me deixa doido o fato de não poder vê-la, toca-la, tampouco conversar, pois rolam algumas palavras e ela já está recuando. E realmente não consigo conter muito meus impulsos quando estou com ela, preciso aprender a me controlar, ou ela sempre irá recuar.

Aperto os punhos e passo a mão pelo rosto. Como conseguirei Amira?

Olho a tela do celular que está tocando acima da mesa e Hassan está me ligando. Nesse tempo Hassan se tornou um grande amigo, ele não é como o pai, pois por debaixo dos panos o cara consegue me acompanhar com a mulherada e as bebidas. Porém, tudo na espreita, pois de acordo com ele, se Mohamed descobre um terço do que apronta, é capaz de deserda-lo.

Hoje marcamos de sair, em plena semana de trabalho, porque amanhã irá começar o famoso período de Ramadan, e ele quer aproveitar.

O Ramadan é o nono mês do calendário islâmico, é o mês no qual os muçulmanos praticam seu jejum ritual, onde apenas se alimentam quando o sol se põem. É um período sagrado, então ele o faz certo, nada de álcool. Mas mulheres, ele já disse que não abre mão.

Chegamos à casa de festas, a mais badalada de Beirute, onde entram apenas os selecionados e com nome previamente em lista, e como Hassan já deixou tudo organizado, passamos direto pela fila V.I.P..Enchemos a cara de uísque, comemorando, e Hassan já está na pista de dança com uma garota. Até tentei me aproximar de algumas garotas que me tiravam olhares dançando sensualmente, mas no fim decidi passar a noite só.

Meu pau dói de pensar em quanto quero descobrir Amira, fico louco quando imagino sua boca carnuda ao redor do meu pau, sugando-o. Puta merda. Definitivamente não tenho olhos para mais ninguém.

Vejo o celular de Hassan desbloqueado acima da mesa e eis que me surge a melhor das oportunidades. Olho para os lados e Hassan segue se esfregando pela morena na pista de dança, então aproveito a oportunidade e alcanço o celular, rapidamente rolo a lista de amigos e procuro por "Amira". Encontro Amira Fattah e adiciono o número em meu celular.

Frustrado, duro de tesão acumulado, bêbado para um caralho, decido pegar meu carro e dar fim à festa. Com a visão meio turva, dirijo pela cidade de Beirute, até encontrar meu apartamento.

Acordo com uma ressaca do caralho, olho o relógio de pulso e já beira a hora de ir para a empresa. Agradeço mentalmente meu relógio biológico.

Alcanço meu celular, e meu pau sabe que envolve Amira, porque ele pula duro com o pensamento. Encontro seu nome, digito a mensagem no chat, e aperto o botão enviar. Ando em direção ao banheiro, sentindo uma leve ansiedade em meu peito.

*Bom dia, Amira.*

Sorrio com a rápida resposta que chega.

*Bom dia, quem é?*

Estendo o celular e tiro uma foto no espelho. Espontânea. Nada demais.

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