Capítulo 08

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Como previsto e anunciado anteriormente, o reino começou a enfrentar sérios problemas de crise nos últimos dias

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Como previsto e anunciado anteriormente, o reino começou a enfrentar sérios problemas de crise nos últimos dias. Eleanor percebeu isso pela manhã, quando fora trabalhar normalmente na feira.

Colocou os jarros de biscoitos sobre a bancada, Fez lindos arranjos de flores com laços de fitas coloridos e simpáticos e selecionou as melhores frutas e verduras para vender naquela manhã.

Sentou-se em um banquinho improvisado de madeira e abriu seu livro de jardinagem. Possuía muitas páginas, e Eleanor já estava quase que na metade delas. Duas páginas por vez eram dedicadas a uma flor em específico, Onde do lado direito, o livro era decorado com uma breve pintura rústica de suas folhagens e do esquerdo todas os cuidados e precauções.

Eleanor adorava ler mais sobre como cultivar suas plantinhas enquanto não tinha nada para fazer. Ela percebeu depois de algumas páginas, que havia pouco movimento na feira. Alguns aldeões iam e vinham, observando as mercadorias, mas nenhum deles se atrevia a tirar de seu bolso algumas moedinhas de ouro para pagar pelos produtos dos feirantes.

Aquilo intrigou a ruiva. A mesma com cenho franzido se levantou, e pôde ver Cassandra se aproximando da barraca. Foi até ela e apressada comentou:

—  Percebestes Cassandra? Nem um comprador deu as caras por aqui até agora... — Eleanor indagou com o enquanto tentava convencer o próprio cérebro, a não pensar no pior, que incansavelmente analisava a situação de todos os feirantes do reino, e concluía que muito brevemente, todos eles, inclusive a própria Eleanor, Trabalhariam muito mais para tentar sustentar sua vida de muita Luta e pouco Luxo.

— Pois é Eleanor, Pelo visto o anúncio do rei sobre a crise não era uma mentira —  Cassandra roubou uma maçã da banca de Eleanor e deu uma mordida, a encarando.

—  Isto é terrível, e agora? Como nós aldeões poderemos nos sustentar?—   A mesma apoiou seus braços sobre a bancada e Cassandra alisou seus cabelos.

— Talvez esse seja só u.... —   Cassandra foi interrompida pela indignação de Eleanor, que bufou a encarando:

—  Um mau dia? Jura Cassandra? Esse na verdade é um péssimo dia, e eu estou cansada de você agir com tanta naturalidade assim... — Ela encarou a amiga, que surpresa, parou de devorar a maçã que tinha em mãos. Um silêncio se estabeleceu entre as duas, que se encaravam profundamente e em alguns instantes, Eleanor se desculpou:

— Me desculpe Cass... Você não tem culpa...

— Fique tranquila, eu sei que a situação é ruim, mas, vai passar — A amiga a confortou enquanto dizia pausadamente.

  A mulher de longos fios alvorada permaneceu quieta por alguns instantes. Sentia, e podia ver, que algo hediondo vinha a seguir. Seu coração inquieto via por seus olhos. Eleanor tinha o dom de sentir, e não precisava de um par de mirantes para saber disso. Se sentia fincada no chão, sem poder agir, nem fazer nada a respeito, afinal, Quem acreditaria na astúcia de uma jovem plebéia?

A mesma fitou Cassandra por alguns instantes e sorriu, sentando-se novamente para ler, enquanto a amiga, em pé, organizava algumas frutas.

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   No castelo a situação não era tão diferente. O rei estava sentado no Jardim, que composto por, uma fonte, de pedregulhos, extremamente colorida e jovial, bancos de madeira processada e enormes paredes de pedra rústica com trepadeiras fixas, tornavam-se um ambiente extremamente aconchegante.

  O barulho de água da fonte acalmava o rei, e era tudo que ele precisava depois de chegar a conclusões tão decisivas como aquela. Virgínia chegou logo depois, e percebendo a presença de seu pai, sentou-se ao seu lado e pôs-se à ouvidos.

—  O reino entrou em crise minha filha, não temos mais renda suficiente para muitas coisas, inclusive empregar tantos criados que o castelo atualmente emprega.

Virginia permaneceu em silêncio, olhava para suas unhas sem dar muita importância para o assunto, até que seu pai desviou sua atenção com um comentário:

—  Já desempregamos muitos criados. Rachel, da cozinha, Liza e Jamilli da limpeza, Rodrigo dos telegramas, e Lancellot da Cavalaria — Ele suspirou

A princesa o encarou, sem poder demonstrar tamanha indignação se levantou e arrumou seu vestido. Com a maior leveza e parecendo ter domínio total da situação, indagou: .

— Cuidarei para que vosso reino não tenha maiores problemas meu rei.... Em breve poderemos readmitir todos aqueles que hoje se foram. — Forçou um sorriso, deu uma leve curvada, segurando as bordas do vestido e abandonou o local. Deixando Sebastian ali, encarando a fonte.

A dama das floresOnde histórias criam vida. Descubra agora