Capítulo 16

16 1 0
                                    

⚠️ Esse capítulo pode conter cenas impróprias para pessoas sensíveis

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

⚠️ Esse capítulo pode conter cenas impróprias para pessoas sensíveis

           ❁↤↤↤❁↤↤↤❁↤↤↤↤❁

Podia não ter forças nos braços para içar uma vela no meio de uma tempestade, mas reuni todas que tinha para forçar o trinco daquela porta emperrada e passar o cadeado. A chuva da noite anterior provavelmente ajudou a estufar a madeira fraca daquela porta, que agora agarrava ao chão e parecia desregulada. Não me dei ao luxo de me preocupar, o prisioneiro ali dentro carregava uma bola de ferro em uma das pernas.

Levaram alguns segundos para assimilar as idéias:

O prisioneiro ali dentro carregava uma bola de ferro em uma das pernas!!

Abri o olho mágico fechado por uma chapa de ferro rapidamente e o observei, mas Giovanni permanecia sentado, devorando sua maçã, sem demonstrar nem um mínimo interesse em arrombar aquela porta. Suspirei e fechei a abertura, limpando as mãos em minhas calças largas e sujas de graxa.

A noite ia se esvaindo pelo céu estrelado e o convés do navio, esvaziando. É claro que não era toda tripulação que descansava à noite, mas sua grande maioria, sim.

O capitão segurava o leme com suas mãos fortes, e os olhos fixos no mar quase roubavam a tonalidade daquelas águas escuras e misteriosas. Alguns poucos marujos, ou melhor, bajuladores do capitão, observavam o mar apoiados na amurada.

Bajuladores pois, escolher trocar o dia pela noite para "ajudá-lo", não parecia ser uma decisão voluntária. Deveria haver outra razão, algo como: "Quero provar o meu valor ao homem que comanda o navio, quem sabe não me torno um co-capitão?". Não entendi como alguém preferia dormir pela parte do dia, quente e barulhento, do que em uma noite tão fresca e silenciosa como aquela, então caminhei até o quarto, para descansar.

Quando abri a porta, rapidamente processei que talvez os homens que ficavam no convés a noite toda, tinham motivos para isso, motivos dos quais eu deveria ter imaginado antes: Dezenas de bruta-montes estavam no ambiente, andando pra lá e pra cá, aparentemente se (des)organizando para dormir naquele chiqueiro.

A sala fedia a suor, e a poluição sonora não era melhor. Eles gritavam uns com os outros, cantavam, e roncavam muito. Naquele instante, desisti da idéia de pregar os olhos por alguns minutos, se é que isso era possível em meio aquele caos, e fechei a porta. Agora entendia os homens no convés, observando o mar. Das duas, uma: Ou eles não eram amigos do capitão e só estavam ali para tirar proveito de uma soneca razoavelmente agradável durante o dia, ou também eram mulheres disfarçadas naquelas roupas largas e jamais dormiriam em uma sala como aquela.

Duvidava muito da segunda opção, já que uma mulher provavelmente não teria um bíceps tão definido e barba por fazer, espetando o rosto. Bufei, Nem ao menos voltaria aquele quarto apertado para pegar minha paleta de desenhos, então, teria que arrumar outra tarefa para permanecer acordada a noite toda.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 07, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A dama das floresOnde histórias criam vida. Descubra agora