Viva ou Morta?

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Abro lentamente meus olhos sentindo uma enorme dor de cabeça, pisco algumas vezes até me acostumar com a claridade do quarto... espera, como vim parar aqui?... TATSU!!

Levanto bruscamente da cama, ao tocar meus pés no chão me desequilíbrio caindo logo em seguida.

M-- Que dor...

Escuto uma risadinha atrás de mim, viro rapidamente atormentado por não ter percebido sua presença... Ah..

T.-- Isso me lembra alguém. Você está bem?

Aquele ser pequeno de olhar frio se levanta da cama com o semblante sereno, o mesmo se inclina com a mão estendida para me ajudar a levantar.
Sorrio largamente o envolvendo num abraço apertado que logo é correspondido, com excessão do aperto.

T.-- Grudento como sempre... Aliás, por que saiu do colégio sem deixar rastros?

Suspiro pesadamente parando de abraçar aquele corpo quente e belo, desvio o olhar de sua face para a janela pensando em como devo conquistar seu perdão...

M-- Eu.. me desculpe!

Me curvo escutando Tatsu suspirar levemente, o olho reparando suas vestes... Heee??! E-essas são m-minhas roupas?!!? Que lindo! Que sexy! Ele ficou tão fofo!! Quero abraça-lo! Quero morde-lo!
Mordo meus lábios admirando o ser em minha frente..

T.--  Você não aparenta estar arrependido.

De fato, não estou demonstrando isso..
Tatsu lança um olhar sério insistindo me fitar para que eu responda sua pergunta... assinto com a cabeça entendendo o recado...

M-- Estava faminto. Estava começando a perder o controle, e só piorou quando você foi até a Mika, então tive que ir mais cedo. Me desculpe.

T.-- Por que não está comendo?

M-- Porque os suprimentos acabaram. Nós fizemos um acordo em não matar humanos e viver na sociedade se houvesse os suprimentos necessários todo mês, no entanto, acabou até mesmo nossa reserva, um mês atrás, e eles não mandaram nossa comida.. então meus familiares decidiram matar...

T.-- E você? Tem um mês que a reserva acabou, até agora não comeu nada?

M-- Eu.. eu não matei ninguém. Muito menos sua mãe, Tatsu! Eu fiquei muito fraco devido a falta de alimentos, então Tsumi me obrigou a comer.. e pensar que seria logo sua mãe...

Sinto lágrimas escorrem pelo meu rosto. Não consigo descrever minhas emoções, não consigo encara-lo...

T.-- P-por que está chorando? Eu não culpo vocês pela minha mãe. Vocês estão apenas fazendo o mesmo que os humanos: Alimentando-se. O que tem de mal nisso?

Quê...?

T.-- Agora vamos ou iremos chegar atrasados.

Tatsu sai do quarto lentamente. Espera... Ele por acaso dormiu comigo?? E-ele estava na cama antes, não!? Ahh~ ele é tão fofo!!

Tatsu on

Desço as escadarias indo em direção a sala onde Lost e Tsumi estavam sentados no sofá. A platinada lia um livro enquanto Lost comia uma maçã verde, ao perceber minha presença o moreno sorri minimamente. Tsumi suspira virando a página da folha e me olha...

Tsm-- Ontem você não comeu, certo? Sugiro que coma antes de ir trabalhar. Apesar que só temos frutas.

Assinto com a cabeça pegando uma das frutas sobre a mesinha de centro.
Hoje está maravilhosamente quieto essa casa... Olho Mikage que sai do quarto vindo em minha direção rapidamente, com seu típico sorriso no rosto.

Mai-- Tsumi, você viu minha-...

Maison me olha surpreso apertando fortemente suas mãos em um punho, Mikage por sua vez, muda completamente sua face alegre para sombria enquanto segurava firme meu pulso. Me viro indo até a porta junto com o platinado que, praticamente, havia me puxado, porém, paro ao escutar Maison me chamar.:

Mai-- Tatsu... me desculpe por.. t-ter te usado. E-eu–

T.-- Está tudo bem. Afinal,  vocês não são tão diferentes dos humanos. É isso o que eles mais sabem fazer de melhor.

Falo friamente ainda de costas, após segundos tomo a iniciativa de caminhar, Mikage me segue calado com o semblante pensativo.
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Hm? Fechado?
Paro em frente ao "Service Boy" que estava fechado. Vou até às portas do fundo escutando murmúrios e soluços, Mikage me olha desentendido antes de entrar no local... todos os funcionários pareciam estar consolando o dono. O platinado vai até um dos garotos buscando informações.

Me encosto na parede observando a cena, no entanto, sou interrompido por Nicolle; o 2° garoto mais popular do Service Boy. Sua fofura, aparência e atitudes amigáveis, além de ter dupla nacionalidade: francesa e japonesa, cativou perfeitamente o público.

N-- Ele perdeu a filha ontem, parece que ela tinha ido em um encontro e não voltou mais.

Creio que não havia lhe perguntado nada...
Suspiro olhando o garoto de cabelos laranja e olhos azuis atento ao homem que chorava, o pequeno sai para pegar lenços de papel e entregar ao dono, logo Mikage aparece ao meu lado com o rosto sereno

M-- Ele não irá abrir até que a filha dele volte.

T.-- Viva ou morta? Porque a filha dele foi o jantar de ontem. Fukami a matou.

M-- Ha? Como sabe que é ela?

T.-- Pela foto que ele está segurando e babando sobre a mesma.

Mikage solta risadinhas baixas encostando sua cabeça em meu ombro, faço movimentos insinuando para desencostar de mim, mas, ele apenas agarra meu braço...

M-- Só um pouquinho... estou me sentindo fraco...

Suspiro pesadamente.
As coisas ao meu redor estão se conectando rapidamente... O que está por vir? O que me espera?... Se me importo? Nem um pouco. O que acontecer; será.

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Gente, a história está ficando cansativa? Porque se estiver eu irei tentar ser mais rápida nas coisas, ou se não for isso me falem para que eu possa mudar, por favor.
A história é minha então não tem como eu saber se está cansativa, difícil de entender, ou entediante, então por favor, me falem se estiver chata. Obrigada.

A Insanidade no Amor [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora