Eu simplesmente não estava acreditando que aquele era meu irmão, Roni e eu estávamos na sala ás 17:00 da tarde assistindo casos de família e isso era engraçado, a gente começou a se ignorar do nada e do nada voltamos a ser irmão também, tem chuvas que vem pra limpar.
O som da porta batendo atrás de nós era nítido, mas só Roni olhou para trás, eu decidi continuar ali, olhando para a tv e fingindo demência.
Eu errei, eu sei e me arrependo muito, devo desculpas ao meu pai assim como ele me deve desculpas, mas eu estou cansado de ver ele bêbado.
O som dos seus passos subindo as escadas me deixou aliviado e logo depois um barulho de alguma coisa caindo, Roni se levantou e subiu as escadas descendo depois de alguns minutos após colocar meu pai no chuveiro.
- ele está arrependido-Roni disse encarando a tv.
- eu também estou, mas não vou falar com ele hoje, não é o momento.-
- está certo-
O programa terminou e Roni dormia jogado no sofá com as pernas no meu colo, me levantei rápido com a intenção de acordá-lo e foi oque aconteceu, ele ergueu a cabeça assustado olhando ao redor.
- você está bem? - perguntou com os olhos arregalados.
- estou- sorri. - vai pra cama.
Subi as escadas e Roni seguiu para o seu quarto, entrei no meu quarto devagar lembrando daquele fatídico dia, observei a bagunça do lado de fora e tomei coragem para limpar tudo.
Tirei a parta, os vidros e limpei o sangue,arrumei meu material para o dia de amanhã e dei uma olhada no meu pai, ele estava dormindo e isso me aliviou de certa forma.
Coloquei meu celular pra despertar e vi que havia algumas mensagens de Alice avisando que ninguém ia para escola e perguntando se eu estava bem, pedidos de desculpas de Henrique sobre não poder ir na festa mas não respondi ninguém, e eu ainda continuo com a mania de não salvar os números.
O som do despertador é torturador e irritante mas necessário, me levantei e me arrumei, saindo sem comer.
Para a minha surpresa Henrique e a tal da Eduarda estavam na minha porta.
- olha só, são 6:00 da manhã e eu não estou com paciência pra ouvir desculpas suas então...-
- cala a boca- Henrique me interrompeu num beijo, doce e feroz, que me fez levitar e me acalmar, eu estava com saudades de tê-lo por perto.- essa é Eduarda como você já sabe, e ela não é minha namorada, é minha prima, e vai morar comigo pois seus pais faleceram e ela não tem mais parentes próximos, eu não fui a festa porque ela chegou do nada e não podia deixar ela sozinha e ela explodiu o microondas.-
- ah eu, bom, ai eu me sinto um idiota, desculpe por ontem Eduarda, eu estava passando por um dia difícil sabe. - sorri sem graça e morto de vergonha.
- sem problemas, eu te entendo- ela me devolveu o sorriso sem graça e fomos os três para escola juntos, oque foi estranho e engraçado, Eduarda escondia bem, assim como eu a dor que sentia pela perda dos pais.
A escola estava um caos, os alunos estavam animados apesar do dia frio, nublado e chuvoso.
Lucas atravessava o corredor e congelou seu olhar sobre mim, ele estava diferente, ainda era um idiota, mas estava diferente, talvez eu estivesse errado sobre ele estar mudando a Jhenni, talvez a Jhenni esteja mudando ele.- olá- Alice disse animada caminhando junto com a gente até me abandonar na porta da minha sala.
- eu vou pra minha sala beijos e no intervalo conversamos- Alice se despediu.
- vou levar Duda na secretaria para saber qual é a sala dela-
- ok- falei e entrei na sala.
A aula passou devagar e eu precisava conversar com Alice, sobre as coisas estranhas que tem acontecido.
- oi - Pamela, a garota de cabelos coloridos apareceu do nada me fazendo quase derrubar meus salgadinhos.
- oi - sorri.
- está tudo bem?-
- uhum- menti, óbvio.
- oi Cã- Alice apareceu pulando no meu ombro.
- oi Ali -
- cadê o Henrique?-
- eu não sei, ele sumiu junto com a prima dele desde quando chegamos- só ai que o sonso que no caso sou eu, se tocou que Ali e Pam não se conheciam.
- ah essa é Pâmela do 2° ano e essa é Alice do 3° - as apresentei e nos sentamos num banco gelado na cantina.- esquenta, esquenta, esquenta- Alice gemeu assim que se sentou.
- acho que finalmente realizei meu sonho de ter a bunda durinha, juro, minha bunda está congelada meninas- disse as fazendo rir, mas Pam parou assim que o trio de babacas entrou no recinto.
- mas são uns idiotas mesmo, não sei como fomos amigos deles por todo esse tempo- Alice disse, ela também havia brigado com Jheni, a Jheni parece que saiu brigando com todo mundo e afastando aqueles que mais gostavam dela, éramos o trio perfeito.
- o cabelo dela tá ressecado, acho que ela deveria parar de pintar as pontas de rosa- disse fazendo cara de nojo.
- eu gosto do cabelo dela- Pâmela soltou.
- amiga, estamos falando mal dela- Alice olhou para Pam e estalou os dedos.
- ah é, ela é mesmo muito...alta?- Pam disse me fazendo olhar para Alice e soltamos risos, Pam sorriu também.
- você é ótima- falei ainda sorrindo.
- ora, ora, ora, se não são os três patetas.- Eric falou enquanto os três chegavam perto.
- ora, ora, ora, se não são o Patati e o Patata- Alice retrucou.
- faltou eu?- Jheni sorriu.
- você é o sapato do Patati- Alice respondeu recebendo a minha gargalhada.
- vamos sair daqui- Jheni saiu seguida pelos garotos.
- vocês viram isso?- Pam disse confusa.
- a roupa dela?- perguntei.
- não, Lucas não disse nada, nem um pio sequer-
Pam tinha razão, Lucas estava estranho mas eu não me importava com ele, se ele morresse não serviria nem pra adubo.
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Crush Supremo
RomanceOBRA CONCLUÍDA. EM REVISÃO A adolescência é uma fase complicada, imagine quando você é uma adolescente gay? Pussy die pussy clean, pussy fresh viu meus amores.