Nosso longo mergulho no olhar um do outro,foi interrompido pelo grito estridente da mãe de Henrique,dona Marta.
-venham comer!-o soltei rápido.
-é melhor irmos-eles secou as mãos soadas na parte de trás do seu jeans e saiu do quarto,eu o segui.
Nós já estávamos na mesa esperando apenas o frango que Dona Marta havia ido pegar,Henrique me olhava curioso do outro lado da mesa,e isso me fez querer saber oque ele pensava,e sem perceber,arqueei uma sobrancelha estilo Larissa Manoela.
-prontinho-dona Marta colocou o frango sobre a mesa,e começamos a nos servir,eu estava faminto,mas iria me segurar para não acabar mastigando até o prato.
Comemos e terminado todos quase ao mesmo tempo,olhei meu celular e eram 20:28,o tempo tinha passado rápido,mas ainda estava cedo,Sophia,estava caindo de sono na cadeira ao lado da mãe,que foi obrigada a levar a garota para a cama
-foi um prazer ter você aqui,podem ver tv se quiserem,vou colocar ela na cama-
-o prazer foi meu,mas eu já estou indo embora-me levantei-a comida da senhora é muito boa-
-ahh que nada,sua mãe deve cozinhar muito melhor-suas palavras passaram rasgando,sei lá,doeu.Isso acabou me fazendo pensar em muitas coisas,eu nunca fui carregado no colo como Sophia,e nem experimentei a comida da minha mãe,será que ela cozinhava bem?
-mãe!-Henrique gritou e Sophia se assustou no colo de Marta,ameaçando um choro escandaloso,mas que foi abafado pela chupeta,colocada estrategicamente em sua boca per sua mãe.
-oque eu fiz?-Marta estava sem entender,e eu estava sem graça,não queria que ela ficasse constrangida.
-a comida da minha mãe é muito boa também-disse jogando um sorriso qualquer pra ela,mas meus olhos com certeza não passavam felicidade.
-bom eu vou indo,desculpe por não poder te receber tão bem,mas é que a Sophia dorme cedo-
-ah não tudo bom,foi muito bom-disse por fim,minha voz estava estranha,tinha a sensação de que uma bola estava na minha garganta.
-eu levo você-Henrique se levantou também assim que a mãe subiu as escadas.
-não precisa-ri,eu queria que ele me levasse em casa é obvio,mas não vou deixar isso tão na cara.
-anda logo-ele apontou para a porta pra eu sair primeiro,fechou a porta e veio atrás de mim.-foi mal pela minha mãe.
-ah não,não tem que se desculpar por isso,ela não sabia-eu não estava nem um pouco afim de tocar nesse assunto.
-quer ver uma coisa legal?-Henrique disse.
-duvido,eu moro aqui a mais tempo que você,conheço tudo aqui.-ri
-mas não é um lugar,olha só-ele se abixou e pegou um matinho num jardim pequeno da calçada-encosta no meio da folha-
Fiquei com medo,vai que era uma planta venenosa,mas mesmo assim encostei.
Levei um susto,assim que toque as folhas se fecharam num movimento rápido.-eita-soltei.
-legal né?meu pai que me mostrou isso quando eu era pequeno,não queria que ninguém soubesse dessa plantinha por que as vezes eu gosto de pensar que eu tenho poderes,e se só eu faço isso,acaba ficando mais real-ele riu.
-você é retardado.Gostei-falei e voltamos a andar chegando logo na porta da minha casa.
-toma pra você,como um símbolo da nossa amizade-ele me entregou a planta.
-obrigado-agradeci com um sorriso sem dentes.
Ficamos nos olhando como idiotas,e novamente veio aquela sensação,borboletas na barriga quase me faziam flutuar,ele deu um passo para mais perto de mim e eu quase desmaiei,mediu cada detalhe do meu rosto com os olhos e eu fiquei vermelho,meu coração bateu acelerado como se estivesse ansioso para aquilo,ele deu outro passo.Agora eu podia sentir sua respiração batendo em meu nariz,seu cheiro doce e amargo ao mesmo tempo,ele ergueu meu queixo com o dedo indicador e senti um selinho,seus lábios macios tocaram os meus de forma rápida como se ele estivesse apenas experimentando,ele se afastou e me olhou ainda segurando meu queixo,se aproximou novamente e pronto,nossas bocas se conectaram de forma angelical e lenta,como se tivéssemos todo tempo do mundo para aquilo,uma de suas mãos seguram minha cintura com força,provocando dor,me afastei e peguei fôlego.
-você tem gosto de frango-disse com as mãos nos peitos dele.Rimos.
-parece que eu te conheço a tanto tempo.-estávamos abraçados,com minha cabeça no seu peito e braços na cintura,com o rosto virado para a minha casa,as luzes de fora piscaram,isso significava que era hora de entrar.
-eu preciso ir-disse ainda no abraço e ele beijou meus cabelos,ainda bem que eu tinha lavado,credo.
As luzes piscaram de novo,agora mais rápido.
-eu já vou!-gritei.
-foi bom...isso todo...essa noite-ele riu sem graça coçando a nuca.
-foi sim-entrei em casa e meu pai via TV.-o senhor é muito chato.
-e você disse que era só um amigo-
Revirei os olhos e subi as escadas bufando.Só quero dormir,dia cheio.
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Crush Supremo
RomanceOBRA CONCLUÍDA. EM REVISÃO A adolescência é uma fase complicada, imagine quando você é uma adolescente gay? Pussy die pussy clean, pussy fresh viu meus amores.