Capítulo 1

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JungKook.

Hoje antes de sair de casa tive mais uma discussão com a minha mãe.

É sempre a mesma ladainha...
“— Por mais que hoje você tenha tudo, não pode se esquecer de suas origens... E blá blá blá.”

Eu sei o quanto me esforcei pra chegar até aqui, quantas noites de sono eu perdi estudando e quantas vezes senti falta de viver como um adolescente comum...

Eu não tinha tempo para ir às festas, aliás, nem amigos eu tinha pra me convidar para tais festas!

Eu era o nerd rejeitado da minha turma e sofri muito por isso.

Me isolava nos cantos escondidos para não ser agredido. Chegava em casa muitas vezes machucado e não fazia queixas aos meus pais. Tive que ser muito forte para sobreviver as maldades do mundo. Eu tinha um objetivo e nada me atrapalharia.

Hoje posso dizer que alcancei minha tão sonhada estabilidade financeira. Dei uma ótima casa aos meus pais e hoje, eles vivem de maneira confortável.

Eu não gosto de ouvir sermões, e minha mãe insiste, principalmente em me lembrar daquilo que quero esquecer, que é justamente de onde vim. Não gosto e nem quero me lembrar de tudo que vivi, das humilhações que passei pra conquistar o meu espaço.

Me formei com louvor em Engenharia e hoje aos 24 anos tenho uma Empresa e diversos funcionários.

Ainda moro com meus pais, talvez pela comodidade. Porém, estou no meu limite, então, vou procurar uma casa e irei morar sozinho.

O motivo da minha discussão com minha mãe? É o mesmo de sempre! Eu não me importo com ninguém, segundo ela.
Talvez não me importe mesmo!

Assim como eu consegui subir na vida, muitos também podem e meus pais insistem em fazer caridade com aquilo que eu suei para conquistar. Volta e meia estão eles para o nosso antigo bairro, para ajudar as pessoas e eu não concordo com isso.

Pode até parecer crueldade da minha parte, mas eu me esforcei muito, enquanto eles viviam acomodados com a vidinha medíocre que levavam e agora eu sou obrigado a sustentar um bando de folgados?

Eu não acho isso justo!

Desço do meu carro e entro na empresa, vejo os funcionários correndo desesperados para voltarem aos seus lugares. Sou muito exigente e não aceito funcionários passeando desocupados, não são pagos pra isso.

Sigo até o elevador sem sequer responder aos “Bom dia, Sr. Jeon!”

— Bom dia Sr. Jeon — diz a minha secretária, Eun Kyung — O senhor tem uma reunião às oito horas e também o jantar de negócios pra fechar um contrato com a Empresa Sr. Kim.

— Sim, Obrigado! — agradeço sem lhe dirigir o meu olhar, e entro em minha sala. Retiro o meu paletó e sigo para a reunião com os bajuladores.

Depois de horas reunido com os abutres volto para a minha sala de onde só saio novamente para ir pra  casa me arrumar, ainda tenho o tal jantar de negócios.

Entro em casa e meus pais não chegaram ainda, provavelmente estão por aí despreocupados, cuidando da vida dos outros.

Vou direto para o meu quarto tomo um banho demorado, visto meus terno Armani e vou para o jantar.

Entro no local do jantar e sou abordado por alguns repórteres.

— Boa noite Sr. Jeon! Estamos aqui para lhe agradecer em nome dos muitos que foram beneficiados pelas doações consideráveis que fez ao povo que vive na área onde houve a enchente no mês passado. Nos emocionamos por seus pais estarem ajudando aquele povo tão sofrido.

𝑺𝒐𝒎𝒆𝒐𝒏𝒆 𝒍𝒊𝒌𝒆 𝒚𝒐𝒖. (𝑱𝒊𝒌𝒐𝒐𝒌) ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora