Antes de Ir - Supercorp

1.7 - Não sei viver sem você

xxX Gente, essa parte final da história estou focando bastante na trilha sonora também. Se puderem ler ouvindo será essencial! Deem feedback se vocês estão gostando de tudo, obrigada por lerem até aqui, vocês são sensacionais. Esse capítulo é especial, esperem que gostem <3 Xxx

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LENA

Já fazem duas semanas desde o golpe do meu irmão na cidade. Ele havia tornado Nacional City quase que uma ditadura, alienígenas não tinham mais anistia ou liberdade de expressão, qualquer tipo de violência era respondida da mesma forma e Kara continuava hospitalizada. Estávamos migrando frequentemente de local porque procuravam a nova base do DOE o tempo inteiro. O primo de Kara nos ajudava sempre que podia pra pegar mantimentos escondido. A cada vez que tínhamos que nos mover de novo eu me perguntava quando todo esse pesadelo iria acabar. Se arrependimento matasse eu já estaria morta...

Quando Kara iria acordar? Quando eu iria poder dizer a ela que me arrependo de tudo, que a quero comigo não importa o que aconteça? Até quanto tempo vou ter que esperar ela voltar pra mim pra eu confessar o quanto não sei viver em um mundo que ela não esteja presente? A dor que eu sentia no peito não se comparava a nada, nem mesmo ao que eu achava que sentia quando ela me magoou. Eu fui tola, fui egoísta e não soube controlar as emoções. 

Eu estava apavorada, não conseguia sair de perto da minha loirinha. Tudo que eu desejava era tê-la de novo pra mim. Não iria perder as esperanças um minuto sequer, um segundo... ela iria acordar, sei que iria. Ela é forte, é mais corajosa que conheço, as coisas não podem acabar assim. 

Todos os dias eu fazia uma espécie de ritual ao acordar. Depois de tomar banho eu voltava a ficar com a Kara, a abraçava e dava um beijo em sua testa e lhe contava o que estava acontecendo. E sempre no final de tudo eu dizia que a amava, que eu queria que ela acordasse somente pra a gente poder ficar juntas, pra eu poder finalmente beijá-la e dizer tudo o que sinto por ela.

Que ela me tornou mais forte, ela fez eu lutar contra meu sobrenome nas horas mais sombrias da minha vida. Fez eu enxergar a verdadeira face de minha mãe e principalmente me convenceu que eu não era igual a ela. Lembrei-me de seus maravilhosos conselhos, sua voz ecoando na minha cabeça, queria tanto ouvir seu tom de preocupação, apaixonado ou bravo mais uma vez. Respirei fundo.

E assim como todo amor que eu confessava, ao final eu me via em desespero implorando por sua volta. Chorando e me derramando em lágrimas teimosas que insistiam em não me abandonar. Sentia o peso de ter entregado a fórmula de bandeja ao Lex, aquela situação era culpa minha e se ela nunca mais acordasse eu não iria saber conviver com isso.Por que eu tinha que ter ido até aquela briga? Eu fui tão estúpida, só servi de isca para os Luthor. 

 Com meus pensamentos acabei adormecendo com a cabeça em seu peito.

KARA

Acordei com a cabeça inchada, tudo girava ao meu redor, parecia uma ressaca. O estranho é que eu nunca tinha ficado bêbada. Olhei ao meu redor não parecia um hospital. Estava mais pra um escritório, porém a decoração estava totalmente branca: As paredes, as flores que enfeitavam a mesa, as cadeiras, o sofá, até o tapete era branco!

 Tentei me lembrar de como vim parar até aqui e nada. Era se como minha mente estivesse vazia, não havia lembranças, eu só não sabia quem eu era, mas me lembrava de um nome. Lena, era tudo que vinha na minha cabeça, quem era ela? Será que ela conseguiria me ajudar a me lembrar quem sou? Me senti tão sozinha por um segundo que arrepiou a espinha.

Fui dar uma olhada no escritório e parecia ser a cobertura, era bonito, tinha uma vista de uma cidade espetacular. Franzi o cenho, essa cidade, está na ponta da língua o nome, mas não consigo me lembrar! Por quê? Tentei usar a porta pra sair, estava trancada. Tentei arrombar com o ombro e não adiantou. Droga, pensei. O edifício era cobertura, se eu me jogasse com certeza iria morrer. Já estava ficando sem opções...