THIRTEEN

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Boa leitura!
(N/a: capítulo contendo conteúdo sensível, como violência e transtornos de ansiedade. Por favor, é fictício, mas tome cuidado.)

 

  
 

 
  
 
 

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"Estava novamente prestes a desistir quando sentiu impulsos nervosos em sua pele, parecendo um... Abraço."

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Um novo dia havia começado, brilhante e acalentado pelo sol que saía não muito forte por entre as nuvens que logo indicariam um pequeno sereno ao final da tarde. Mi Hi andava calma pelas ruas pouco movimentadas naquela manhã em direção à escola, com seus fones de ouvido conectados em uma clássica qualquer de Mozart, para tentar animar sua alma. Infelizmente não estava funcionando dessa vez. Mesmo que se sentisse um pouco mais aliviada por ter colocado tanto pra fora no dia anterior nas cartas – ia mais cedo para a escola somente para deixar sua correspondência na arquibancada para seu garoto misterioso, JH –, ainda havia algo dentro de si que continuava ardendo como brasa, de uma forma muito ruim. Um sentimento de sufocamento, como se estivesse acorrentada em uma pedra próxima à praia, e a maré fosse subindo lentamente até molhar os cálidos pés.

Tentou não pensar nisso até adentrar o grande portão. Beethoven começou uma melodia triste e melancólica, intensificando o aperto que a menina sentia, fazendo com que apertasse seus dedos até que os nós deles ficassem brancos, sua cabeça latejasse e seus passos se tornassem mais pesados. Ainda assim, com pouco tempo chegou na quadra e aproveitou que ainda era cedo e não havia ninguém para finalmente tentar respirar de verdade.

Iria ter uma crise, sabia disso.

Focou em apenas deixar ali sua correspondência e esperar que as lentas aulas passassem por seus olhos. Só queria voltar para casa e fingir que não haviam dores a serem sentidas, partituras a serem estudadas ou bolos a serem entregues. Queria a paz que sabia que nunca teria.

Sentou-se em seu lugar na sala de aula e por ali ficou até que o sinal tocasse e as primeiras aulas da manhã dessem início. Como sempre sozinha e invisível, preferia assim a ter que dizer algo ou olhar diretamente para alguém. Já havia deixado de ser timidez, havia se tornado medo, Mi Hi sentia medo das pessoas, inclusive de si mesma. Sua mente poderia ser muito cruel quando queria e isso a assustava muito, não conseguia controlar os pensamentos que a assombravam e por vezes tinha vontade de gritar e se enterrar para que as vozes surdas se calassem. As mesmas vozes que estavam gritando em sua mente nesse mesmo momento e a impedindo de prestar atenção em geografia.

Como um último alívio, o sinal do fim das primeiras aulas a tirou de sua sombra por breves minutos, que foram aproveitados para comer um sanduíche ainda na sala e (infelizmente) sair para pegar os livros que usaria nas próximas aulas do dia. Com passos rápidos, Mi Hi já se encontrava em frente ao seu armário, o 612. Abriu-o, organizando primeiro os livros que ali estavam antes de pegar os que precisava, história e geometria.

Aquele ato comum do dia a dia não parecia tão mais comum depois do acontecido de algumas semanas. Ah, o garoto desastrado que havia derrubado seus livros fazia agora parte de suas memórias, tão como as risadas perversas que ouviu sendo dirigidas a ele, aquilo foi cruel demais. Olhou para o chão, exatamente para o mesmo lugar, lembrando-se daquele dia. Se percebeu pensando em Hoseok mais do que devia nos últimos dias, será que ele estava bem?

612 - Jung Hoseok (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora