|Capítulo 8 | V

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V.

O sexo no chuveiro foi rápido.

Eu ensaboei meu corpo e Sam fez o mesmo. Então, ele parou por um instante e observou a água levar a espuma dos meus mamilos, e isso fez seus olhos ficarem sonhadores.

Em seguida, ele usou o sabão para deslizar facilmente a mão pelo seu pau enquanto eu tirava o shampoo dos cabelos. Assim que que abri os olhos, ele me atacou. Em pouco tempo eu estava de cara para a parede, inclinada para frente, minha bunda empinada para o alto e recebendo seu comprimento em estocadas rápidas e pecaminosas. Eu gozei primeiro. Samwel veio logo em seguida quando escutou o meu gemido miado. Ele apertou os dentes, murmurou "Eu amo olhar a sua bunda enquanto você toma o meu pau" e rosnou sua libertação para fora, em cima de minhas nádegas.

Isso foi quente.

E agora eu estou dolorida.

Deliciosamente dolorida.

Foram quantas vezes? Três? Quatro desde ontem? Há uma sensação engraçada lá em baixo quando eu caminho até o quarto enrolada em uma toalha.

Eu adentro meu quarto, sentindo a presença dominante de um homem bonito (e nu) às minhas costas. Sigo em direção ao closet, mas paro quando o interfone toca na cozinha. Nesse mesmo momento, o celular de Samwel grita uma música eletrônica do outro lado da cama, em cima de mesa de cabeceira.

Ele me olha com um ar frustrado e eu entendo o que ele quer dizer. "A bolha estourou e a realidade está chamando".

Eu não gosto disso.

Ele passa por mim e alcança o aparelho, verificando a tela. Acho que é um número conhecido, porque logo em seguida ele atende.

— Oi cara.

Eu me afasto e corro até a cozinha, segurando a toalha branca em um punho para ela não escorregar.

O aparelho silencia quando eu o atendo.

O porteiro avisa que Flavio está de volta ao prédio assim que meu ouvido encosta no objeto. Eu não sei porque eles ainda insistem em me comunicar a entrada do meu assistente, ele frequenta esse apartamento tanto quanto eu, era de se esperar que eles se acostumassem com a sua presença, mas é política do prédio anunciar qualquer pessoa que não seja um morador.

Merda, eu preciso me vestir, penso assim que desligo.

Merda, Flavio ficará surpreso ao encontrar Sam no meu apartamento (com os cabelos molhados e vestindo as mesmas roupas de ontem), penso em seguida.

— Filipe está lá em baixo. Ele vai me dar uma carona — Samwel diz enquanto puxas suas boxers pelas pernas musculosas e me observa voltar para o quarto. — Eu tenho que resolver algumas coisas do carro. O que era no interfone?

Oh.

Ele já vai embora?

— Flavio chegou. Nós vamos decidir como lidar com toda essa coisa de imagem. Talvez esteja na hora de contratar uma assessoria de imprensa.

Ele acompanha com os olhos os meus passos até o closet.

— Você vai me dizer o que irá fazer quando que decidir?

Uhum. Claro — escolho algumas peças e volto até a cama, jogando um vestido amarelo florido sobre os lençóis junto com a lingerie. — Eu só quero saber até onde toda essa história pode ir. Eu realmente sou muito verde nesse tipo de assunto, não faço ideia do que pode ajudar ou prejudicar a minha imagem. Acho que ficaria mais tranquila se algum especialista me desse um panorama geral da situação, assim a gente pode decidir como agir, se nós vamos falar abertamente sobre isso ou se devemos esperar. Eu ficaria menos preocupada com isso.

Por Trás das Aparências (RETIRADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora