Capítulo XI

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- Você que enfiou a língua na minha boca primeiro. - Ele falou incrédulo. -

- Era só um beijo técnico, né? - Sério que eu estava tentando justificar isso? -

- Beijo técnico não tem língua, Anna. - Ele arqueou uma sobrancelha. -

- Não sei... - Fiz cara de paisagem. - não sabia disso...

                Ele sorriu e se virou. Me deixando sozinha em frente ao banheiro. Pra mim aquilo era cem por cento técnico, entrei no banheiro e vesti minha roupa. Agora eu era a Anna normal, não a Catherinne. Mandei uma mensagem pra tia Johanna para que viesse me buscar, em poucos minutos ela chegou.

- Como foi hoje? - Ela me entregou um casaco. -

- Um pouco estranho, mas foi bom. Você fez o que te pedi? - A questionei, que demorou alguns segundos pra responder. Ela tinha esquecido, como sempre. -

- Eu esqueci. - Ela cruzou os braços. -

- Tia, você não me contou que eu teria de expor meus seios no filme. - Eu abri a porta do carro, ela me olhou rapidamente. -

- Você não leu o livro? - Ela me olhou incrédula. -

- Eu não pensei que fosse ser tão intenso igual o mesmo, geralmente eles tiram coisas mais pesadas, ? - Coloquei o cinto e tia Johanna ligou o carro. -

- Essa é a única cena de nudez, tá? - Ela continuou encarando a estrada. -

               Eu sabia que aquela não era a única cena de nudez, conheço tia Johanna. Eu só conseguia pensar em um motivo para o Henry vir me perguntar se eu havia beijado ele de verdade ou não. Que saco. Isso lá é coisa de perguntar para um parceiro de cena? Claro que foi técnico. Pensei comigo mesma. Talvez só um pouquinho técnico. TÁ BOM, TALVEZ 50% TÉCNICO E 50% VONTADE DE BEIJAR. Qual é, eu não tenho contato com ninguém há meses, desde que o idiota do meu ex namorado sumiu e não deu notícia de vida. Nem para mim, nem para os pais dele.

- No que está pensando? - Tia Johanna parou o carro e entregou a chave pro manobrista. -

- Em nada, só algumas coisas que aconteceram recentemente. - Fomos em direção ao elevador. -

- Tudo bem então. - Ela deu de ombros, o elevador parou em um andar e uma garota de no máximo dezessete anos entrou, ela me encarou por alguns segundos. Assim que o elevador fechou, ela se virou para mim.-

- Errr... desculpa, você é a Anna Fitzgerald? - Ela me cutucou de lado, me virei para ela. -

- Sim, sou eu. Quem é você? - Sorri. -

- Caramba, eu sou muito fã de "a queda de um anjo" eu achei que você ficou linda como Catherinne, sabe, você é tão bonita pessoalmente quanto nas fotos, você é de verdade muito linda. - ela analisava cada parte do meu corpo. - você vai ser uma Catherinne incrível.

- Muito obrigada. É muito bom ouvir isso, fico feliz. - Ela puxou o celular do bolso. -

- Tira uma foto comigo? - Ela já estava com a câmera aberta, não tinha como negar. Os olhos dela brilhavam. -

- Claro. - Tirei uma selfie com a mesma, que agradeceu e desceu dois andares depois. - Que fofa.

- Isso vai ser tão normal que você nem imagina. Portanto nem pense que você vai ter a mesma vidinha de antes. - Tia Johanna estava certa, agora eu iria ter de lidar com pessoas querendo tirar fotos comigo ou me abraçando no meio da rua. -

- Como o Henry lida com isso? - Coloquei o indicador do queixo enquanto saía do elevador. -

- É por isso que você está tão pensativa? É culpa do Henry? - Tia Johanna girou a chave do quarto dela. -

London Boy | Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora