Capítulo VII

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Henry: está pronta?
Anna: eu deveria?
Henry: deveria! São 1h30m de carro até chegarmos a Londres!
Anna: 30 minutos e você passa aqui.
Henry: Sim senhora.

Eu havia esquecido completamente que iria pra Londres com Henry hoje. Corri e troquei de roupa, o dia não estava tão frio e nem tão quente, eu realmente havia me acostumado com o clima da Inglaterra. Decidi colocar um vestido leve e florido que tinha. Calcei uma sandália de dedos e deduzi que era a coisa mais confortável que existia na minha mala. Passei os minutos restantes esperando Henry, que chegou aos trinta minutos certeiros.

- Você realmente é bom de tempo, hein? — Abracei Henry, que estava incrivelmente fofo com uma boina, suéter preto e calça. — Oi Kal! — Acenei para o mesmo, que estava sentado no banco de trás do carro de Henry nos olhando pela janela. —

- Eu sou pontual. — Ele sorriu sem mostrar os dentes. — Vamos?

- Claro.

            Achei estranho Henry vir na minha direção enquanto eu me dirigia a porta do seu conversível para abri-la. Me surpreendi quando o mesmo abriu para mim, agradeci. "Não é normal encontrar homens com tamanha gentileza." Pensei.

- E então, pronta para ficar 1h30m comigo e Kal?

- Mais preparada que nunca. — Henry sorriu e ligou o carro. Pude ver tia Johanna nos olhando pela janela do hostel. —

          Henry tinha um gosto meio peculiar para a música, não reclamei, as vezes é bom ouvir algo novo. Estávamos no carro ouvindo uma estação aleatória. Até que eu mexi no rádio e coloquei na BBC, Henry me olhou.

- BBC? O que você quer ouvir? Justin Bieber?

                     Demos uma risada.

- Eu quero ouvir algo que eu conheça. Quem sabe você também não conhece. — Dei uma piscadela. —

- Já que você vai passar o caminho inteiro rindo de mim se eu começar a cantar de novo, vamos mudar de assunto. O que você fazia em Miami além de ajudar seus pais?

                    Henry falou curioso.

- Sinceramente essa era a única coisa que eu fazia — ri. — Eu terminei os estudos cedo, eu nunca pensei em cursar uma faculdade, até porquê meu sonho sempre foi ser atriz.

- Fico feliz que está vivendo ele. — Ele encarava a estrada Mas ainda assim, prestava atenção em cada palavra que eu falava. —

- Sim, isso é incrível, se bem que realizei um pouco velha, mas o importante é que eu consegui.

- Eu também era muito azarado. Perdi o papel de Edward em Crepúsculo para o Robert Pattinson. Do Superman também havia perdido uma vez, mas eu acho que certas coisas precisam acontecer para melhores virem. Por muito tempo fui o ator mais azarado de Hollywood, hoje acho que não carrego mais esse título. — Ele riu. — Acho.

- Eu nunca trabalhei em nada além de teatro, na verdade, nunca nem se quer ganhei nada, o primeiro trabalho com remuneração foi esse.

- E você ainda tem que dividir com sua agente, não é?

- Que nada, ela é minha tia. Sempre ajudou minha família por muito tempo. Meu pai trabalhou duro para que eu entrasse em uma escola de teatro, sou muito grata a ele por isso. Mandei 60% do meu cachê para ele, para que passasse um tempo em casa. Eles têm um mercado bem simples no subúrbio de Miami, então não é tão fácil para eles. Trabalhar para si as vezes é pior que trabalhar para os outros.

London Boy | Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora