Capítulo XIX

2.9K 256 28
                                    

- Eu que fiz.

- Impossível. — Examinei a pizza que Henry havia acabado de tirar do forno. —

- Eu estou falando sério, Anna. — Ele riu. — Eu sou um ótimo cozinheiro. Fiz mais cedo, caso você não fosse, eu aguentaria a mágoa com pizza.

- Espero que a sua pizza esteja tão gostosa quanto está bonita. — Dei uma leve tapinha no ombro dele. Meu celular tocou. —

- Alô? Oi mãe, como estão as coisas?

- Oi Anna, querida, eu não queria te ligar para te dizer isso... é que eu queria te pedir uma coisa.

- Mãe, pode falar. —Henry se aproximou de mim, fazendo um gesto para que eu colocasse o telefone no viva-voz. —

- Filha, eu e o seu pai não estamos indo muito bem. Fechamos o mês no vermelho. Será que você pode nos ajudar? Se não, eu vou entender.

      Naquele exato momento lembrei do dinheiro que havia dado a tia Johanna para que ela desse aos meus pais. Olhei pra Henry.

- Mãe? Tia Johanna entregou o dinheiro que eu pedi para que desse a vocês?

- A Johanna não está em Londres? Faz muito tempo que eu falei com ela, a última vez ela disse que estava em Londres ainda.

- Merda. Mãe, eu posso te ligar mais tarde? Preciso fazer uma coisa.

- Claro, filha.

- Espera! — Antes que eu desligasse o celular, Henry rapidamente o pegou da minha mão. — Oi, senhora Fitzgerald, tudo bem?

- Oi, quem é?

- Henry, sou um amigo da sua filha. De quanto vocês precisam para pagar tudo? Eu posso ajudar, só me dê o número da conta que transfiro o dinheiro.

Olhei para Henry enquanto ele falava com a minha mãe, não acredito que ele estava fazendo aquilo por mim. Tudo bem que o que ele iria dar para os meus pais não seria quase nada para ele, mas isso me deixou ainda mais encantada.

- Eu.... Eu não sei ao certo agora. Preciso fazer as contas... — Minha mãe estava confusa no celular. — Eu posso ligar amanhã?

- Claro, eu vou esperar a sua ligação. Anna vai passar meu contato, até amanhã então.  — Henry desligou o celular, e o olhei. —

- Não precisava fazer isso.

- Eu não ia deixar os pais da minha namorada passarem por isso sozinhos. — Ele sorriu. —

  Henry sorria tão quente, quando ele sorria, eu sentia raios da alegria me queimando. Mais um tempo ao seu lado e eu teria uma mutação, morreria de amor exposta a ele.

- Sua namorada? — O beijei. —

- Minha namorada. — Ele fez um gesto com as mãos que me fez rir. —

- Obrigada por isso. Por tudo, na verdade.

- É o mínimo que eu posso fazer por uma mulher incrível como você.

- Eu te acho o máximo, agora mudando de assunto — Afastei nossos corpos. — Tia Johanna disse que ia voltar pra Miami, mas mamãe disse que não a viu. E que a última vez que falou com ela, ela ainda estava em Londres.

- Então você acha que... — Interrompi Henry. —

- Não quero acreditar nisso, ela não seria capaz de fazer isso comigo. Ela é da minha família, é minha tia. Sangue do meu sangue, ela jamais faria isso. — Encarei o chão. —

London Boy | Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora